Centro de Saúde do Cadaval vai finalmente avançar
A obra será construída em terreno situado junto à designada “Central de Camionagem”, na vila do Cadaval, o qual foi cedido pelo Município do Cadaval
16-09-2016 às 11:05
Na presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, realizou-se no dia 14 de setembro, no Cadaval, a assinatura do contrato-programa para a instalação de uma nova Unidade de Saúde na sede de concelho. O protocolo de cooperação, assinado entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a Câmara Municipal do Cadaval, contempla um investimento a rondar os 720 mil euros, que pretende, até final do próximo ano, vir a dar resposta a cerca de oito mil utentes do Cadaval e Vermelha.
O contrato-programa para a construção do novo Centro de Saúde do Cadaval foi firmado por José Bernardo Nunes, presidente da Câmara Municipal, e Rosa Valente de Matos, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). O protocolo assinado estabelece os termos em que as duas entidades colaboram para levar a bom porto a instalação da nova unidade, que se perspetiva venha a constituir uma melhoria significativa dos cuidados de saúde prestados à população local. A obra será construída em terreno situado junto à designada “Central de Camionagem”, na vila do Cadaval, o qual foi cedido pelo Município do Cadaval, assumindo a ARSLVT a totalidade do investimento de construção do equipamento, estimado em perto de 720 mil euros. Para José Bernardo, a presente assinatura «irá permitir à autarquia avançar com o concurso e com a obra de construção do novo Centro de Saúde do Cadaval, que dará lugar a uma moderna Unidade de Saúde para servir a zona central do concelho». O edil revelou-se satisfeito na concretização deste passo, na medida em que a melhoria das condições de saúde da população tem constituído uma prioridade da sua ação como presidente de câmara. Agradecendo o empenho do Governo, o autarca não deixou de evidenciar a necessidade de colocação de mais médicos no concelho, realçando tratar-se de um território rural e com uma população significativamente idosa e bastante dispersa. Lembrando que «o concelho foi, durante muitos anos, servido por uma equipa de médicos competentes», José Bernardo apelou ao ministro e à presidente da ARSLVT que tivessem em consideração «a necessidade de estabilidade e de relação de confiança entre os médicos e os utentes das nossas unidades de saúde». O presidente da Câmara lembrou ainda o facto de o concelho ser servido, a norte, pela Unidade de Saúde de Figueiros e, a sul, pela Unidade de Saúde do Vilar. «A nível central, é servido pela Unidade de Saúde da Vermelha e pelo atual Centro de Saúde do Cadaval, que faz a coordenação», explicou. «Com a nova Unidade de Saúde, temos consciência que a Unidade de Saúde da Vermelha será encerrada e, embora isso nos custe, temos consciência que as distâncias podem ser facilmente vencidas, até porque a nova unidade terá muito melhores condições. Agora, é necessário que seja garantido o número mínimo de médicos e que todos os habitantes do concelho tenham e saibam qual é o seu médico de família», salientou. Na ocasião, José Bernardo deixou o compromisso de que o município se empenhará no cumprimento do acordo, para que, em colaboração com ministério e ARS, a nova unidade possa vir a funcionar até final do próximo ano. Por seu turno, Adalberto Fernandes referiu a vontade do Governo de, durante a sua legislatura, «devolver o Serviço Nacional de Saúde aos portugueses», naquela que foi a véspera de este completar 37 anos de existência. Concordando com o presidente da Câmara, o ministro da Saúde afirmou, também, a necessidade de «afastar os cidadãos dos hospitais» e de quebrar essa dependência «incorreta e inadequada», referindo que «Portugal é o país da OCDE com maior número de urgências hospitalares.» O governante defendeu, assim, a importância de «ter o enfermeiro e o médico de família ao pé das pessoas», seja nas unidades fixas ou móveis de saúde. O ministro garantiu por isso, ao presidente da Câmara, o «entusiasmo e empenho do Governo e da ARSLVT» na resolução desta questão. Adalberto Fernandes deixou, também, a vontade de que a obra se realize no mínimo tempo possível, esperando que a mesma possa vir a inaugurar dentro de um ano. Pediu ainda à população do Cadaval «que acolha a nova geração de médicos que virá, de forma a estabelecer-se aquilo que é essencial entre um cidadão e um médico de família, que é uma relação de confiança».
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