CEO do ano é de Azambuja
No âmbito de um concurso promovido pela agência de recrutamento Adecco
Sílvia Agostinho
12-09-2016 às 16:04 Pedro Mateus, de 28 anos, de Azambuja venceu o concurso de gestor de topo do ano de uma das mais conhecidas empresas de recursos humanos, a Adecco. A concorrência não era pouca dado que o desafio foi lançado a 50 agências da empresa. No total concorreram 54 600 jovens em todo o mundo, que podiam ou não estar ligados à Adecco, sendo que Pedro Mateus foi o vencedor a nível nacional, competindo com 573 portugueses.
A terminar um mestrado em Gestão, Pedro Mateus refere ao Valo Local que a experiência foi “fantástica” por lhe permitir adquirir várias competências no que se refere à componente da liderança, processos de decisão, conhecimento do mercado. O jovem gestor está a fazer um estágio no departamento financeiro da Adecco, e não esconde que tomou o gosto por esta experiência, e quem sabe no futuro poderá mesmo vir a ser o CEO da empresa em Portugal. Para já a próxima etapa passa por uma ida à Suíça, onde o diretor geral da Adecco escolherá o vencedor deste concurso no âmbito dos 50 apurados por cada um dos países. Um dos seus principais desafios durante a competição baseou-se no conhecimento do mercado, que confessa não era o seu forte. A empresa tem como uma das principais áreas o trabalho temporário e o recrutamento. “Uma das principais dificuldades da Adecco baseia-se em encontrar as pessoas certas para determinado trabalho. Há emprego disponível mas como as exigências dos clientes são por vezes demasiado específicas torna-se difícil encontrar o perfil de trabalhador certo”, constata. Uma das sugestões que deu durante as reuniões de trabalho, durante o concurso, relacionava-se com a hipótese da Adecco ter uma carteira de candidatos pronta a satisfazer as necessidades dos clientes. Nesse sentido, “procurei aconselhar uma aproximação também junto das universidades, tendo em conta que a marca Adecco ainda não é muito conhecida”. “Muitas vezes confundem-nos com a empresa das reclamações”, reflete. O mercado das agências de trabalho temporário aos olhos da opinião pública nem sempre é bem visto, e Pedro Mateus confessa que antes de ingressar na Adecco também ia com essa ideia, contudo refere que no caso da empresa onde estagia, “há um respeito pela legalidade, em que os compromissos monetários são cumpridos”, mas “de facto há quem esteja no mercado para espremer as margens comprometendo o cliente”, conclui. Sobre as razões de ter sido escolhido como CEO do ano em Portugal, Pedro Mateus considera que as suas principais qualidades vão desde a atração pelos desafios e pelas novidades, mas também o sentido de humor. “O resto tem de perguntar a quem me escolheu”, graceja. Com uma experiência multifacetada, o CEO do ano já esteve na força aérea, deu aulas numa escola básica, trabalhou na Sugal em Azambuja, e frequentou um estágio na hotelaria – “Gosto de experimentar várias áreas”. Desde março a trabalhar numa empresa que liga de perto com o público-alvo dos desempregados, Pedro Mateus não hesita em avançar com uma posição bem definida sobre uma parte desta realidade – “Por vezes quem está desempregado não se mostra ativo. Há quem não compareça a entrevistas previamente marcadas e prefira ir usufruindo do fundo de desemprego.”
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