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Chefe de Divisão dos Recursos Humanos na Câmara de Benavente acusada de perseguir funcionáriosPalmira Alexandre esteve no centro da polémica durante a última sessão camarária
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Palmira Alexandre (na foto), chefe de divisão de gestão administrativa e recursos humanos, na Câmara de Benavente é acusada de estar "a semear a discórdia" entre trabalhadores do município. A questão foi levantada pela oposição PS e PSD na última reunião de Câmara. A funcionária municipal é acusada de ter assumido uma postura de censura ao andar a tomar notas num caderno do que se passou num plenário de trabalhadores, o que terá causado mal-estar entre os funcionários municipais.
O vereador do PS, Pedro Pereira, acusou o executivo liderado por Carlos Coutinho de privilegiar os funcionários da mesma cor política do município, a CDU. "Sei de funcionários que se queixam de perseguição e este episódio do plenário e da chefe de divisão é só mais um exemplo disso", a que se junta "o facto de as notas de avaliação estarem a gerar uma grande onda de descontentamento entre os funcionários". "As pessoas saem da Câmara e já não querem regressar, como muitos quadros superiores. Diziam que o grande destabilizador era eu, enquanto funcionário, mas já saí há mais de um ano e o clima não mudou", referiu. O autarca concluiu - "Não é com jantares de Natal que mostramos preocupação com os nossos trabalhadores". Também Ricardo Oliveira, do PSD, evidenciou o seu desacordo com as supostas atitudes da chefe de divisão durante o plenário - "Os trabalhadores sentiram-se vigiados e controlados". O presidente da Câmara, Carlos Coutinho, negou a existência de presssões, prova disso "é que nesta autarquia os trabalhadores são livres de se reunirem e debaterem aquilo que acham que pode estar menos bem e que necessita de ser melhorado no seu local de trabalho". O autarca repudiou as palavras dos vereadores da oposição negando qualquer tentativa de pressão ou de fiscalização. Já quanto às notas de avaliação interna dos trabalhadores, deu conta dos constrangimentos do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação na Administração Pública (SIADAP) que impõe diversos limites na progressão das carreiras dos funcionários tornando-se por isso um instrumento penalizador mas em relação ao qual "a Câmara nada pode fezer". O vice-presidente da Câmara, Domingos dos Santos, acrescentou que teve oportunidade de esclarecer alguns funcionários mais descontentes com o sistema de avaliação que se reuniram consigo e foram depois encaminhados para os recursos humanos. |
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Sentindo-se visada, a chefe de divisão tomou da palavra para se defender alegando que mais cedo ou mais tarde "a verdade virá ao de cima", e que dorme "sempre de consciência tranquila". Paula Alexandre referiu que tomou notas porque faz parte das suas rotinas de trabalho tirar apontamentos, e que nunca perseguiu trabalhadores. A funcionária deixou ainda um alerta aos seus detratores nas redes sociais - "Desistam. Posso até mudar de Câmara. Sairei deste lugar se não estiver em condições de aqui trabalhar com pessoas que não reconhecem as minhas competências".
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