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Era um
sábado, dia 25 de Novembro de 1967, eram umas vinte horas da noite
encontrava-me dentro de uma carruagem de um comboio na estação do Barreiro,com
destino a Vendas Novas onde ia namorar com a minha futura esposa, Chovia que
Deus dará, o comboio não partia. só mais tarde seguiu viagem. chegando já altas
horas a casa dos meus futuros sogros. Não sabia o que se estava a passar,
nomeadamente em Quintas . Alenquer Alverca. só na manha de Domingo , me
apercebi da gravidade da situação quando um GNR de Vendas Novas foi a minha
procura dada a preocupação da minha mãe, não sabendo nada de mim e vivendo mais
de perto tamanha calamidade ficou preocupada e telefonou para que a GNR me
procurasse e assim ficar mais descansada. Na segunda Feira então fui dar com um
panorama desolador. trabalhava nas OGMA em Alverca no Hangar 10 no F104G era só
lama só lama . por detrás do H10 passa um rio que desagua no Tejo vi corpos de
pessoas mortas, nas margens desse rio . disseram-me que havia corpos na pista
mas esses já não tive a coragem de os ir ver. Foi um trabalho árduo feito pelos
trabalhadores, da limpeza das OGMA e recuperação de muito material. Foi mesmo
um arregaçar de mangas.
António Pereira
13-4-2015
António Pereira
13-4-2015