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Ciclovias no concelho de Benavente deverão estar prontas em 2020As bicicletas foram adquiridas pelo município em 2016 e aguardam pelo momento em que começarão a ser utilizadas
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Sílvia Agostinho
08-07-2019 às 10:13 |
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Foram apresentados os projetos para concurso público das duas ciclovias a serem implantadas no concelho de Benavente. Numa das últimas reuniões de Câmara, foi dado a conhecer também o projeto que visa a criação de bolsas de estacionamento na transição da Rua Dr. Ruy D’Azevedo em Benavente com o parque ribeirinho para 72 novos lugares.
Prevê-se ainda a colocação de mobiliário urbano e substituição da iluminação na zona de estacionamento, bem como construção de muro de suporte. No total tem um custo avaliado em 336 mil euros + IVA. Numa resposta à oposição, Carlos Coutinho referiu que não está prevista a instalação de parquímetros nesta nova bolsa de estacionamento. As novas ciclovias deverão ser inauguradas em 2020, e não em 2019 conforme chegou a ser avançado. No que respeita à ciclovia de Benavente, o projeto como de resto já tinha sido dado a conhecer ao Valor Local, na edição de dezembro último, pelo presidente da Câmara, Carlos Coutinho, contempla a ligação entre o complexo municipal das piscinas, no centro da vila sede de concelho, percorrendo a Estrada Nacional 118 até à zona industrial, numa extensão estimada de dois quilómetros. Já em Samora Correia, o troço de ciclovia a ser construído ligará a rotunda da Torre no Porto Alto, na Estrada Nacional 118, à chamada rotunda do Belo Jardim, num total de três quilómetros. A ciclovia de Benavente está orçada em 430 mil euros e a de Samora em 351 mil euros. O custo do projeto rondou os 50 mil euros. Carlos Coutinho sublinhou as mais-valias que pretende com estes projetos que acabaram por não merecer a aprovação dos fundos comunitários nesta fase, tendo o município optado por um projeto menos ambicioso. O vereador do PSD, Ricardo Oliveira, criticou foi o facto de a ciclovia em Benavente apenas acompanhar um dos lados da estrada, ficando o outro descaracterizado, “quando não está cheio de ervas porque a Infraestruturas de Portugal raramente procede ao corte de vegetação”. Por outro lado, “a ciclovia vai apenas até ao Intermarché quando deveria terminar na zona industrial mais à frente”. O vereador do PS, Pedro Pereira, criticou igualmente a proposta –“ Parece-me poucochinho este projeto. Começámos tarde, e assim vamos continuar. Na Barrosa há uma mini ciclovia que está às moscas, e esta vai pelo mesmo caminho”. Carlos Coutinho sublinhou que “os montantes disponibilizados não permitem ir mais além”, pelo que espera que no próximo quadro comunitário de apoio “se possa avançar neste domínio das ciclovias”. As bicicletas da polémicas O projeto neste concelho é acompanhado da disponibilização de bicicletas de uso partilhado que o município já adquiriu, tendo sido esta uma política criticada pela oposição, porquanto essa compra foi feita em 2016. Pelo que por esta ordem de ideias quando as ciclovias forem inauguradas as bicicletas já levam com quatro anos de estaleiro. Carlos Coutinho referiu, que a verba apenas estava disponível na altura. O custo foi de 74 mil 500 euros para 24 bicicletas. Este é também um projeto do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). “São intervenções que melhorarão ainda os acessos de forma mais estética aos principais centros urbanos do concelho”. O autarca refere que estas ciclovias estão mais direcionadas para uma “ideia de acessibilidade”, mas “queremos também investir nas ciclovias relacionadas com o lazer” com ligação a outras zonas mais rurais do concelho, disse ao Valor Local. |
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A proliferação deste tipo de alternativa de mobilidade “soft” um pouco por todo o país, tendo em conta a forte comparticipação dos fundos comunitários, faz questionar acerca do real interesse que as populações possam vir a colocar nas ciclovias, mas na opinião de Carlos Coutinho esta é também uma questão cultural, e que faz sentido quando se “apela tanto aos hábitos de vida saudáveis”, mas “esperamos que sejam efetivamente usadas”, referiu ao nosso jornal em dezembro último. A segurança, refere, também está a ser levada em conta dado que as ciclovias serão construídas paralelamente à principal estrada que atravessa o concelho. Quanto às bicicletas, estarão ao dispor da população nas zonas dos centros históricos do concelho (também alvo da ação do PEDU-PAMUS), e nas de maior concentração de equipamentos e serviços. Notícias Relacionadas Destaque de Edição: Ciclovias Quebra-Cabeças |
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