A Cimpor de Alhandra espera um crescimento da faturação para este ano. A empresa que viu cair no mercado nacional as suas vendas, apostou tudo na exportação para o norte de África, nomeadamente, para a Argélia, África Ocidental e América Latina, considerados mercados emergentes.
A taxa de exportação está a compreender “bons resultados”, segundo adiantou ao Valor Local, Luís Fernandes diretor da Cimpor - Portugal. É por isso que o administrador refere que em 2014, o mercado bateu no fundo, mas espera que a empresa venha a recuperar entretanto.
Segundo Luís Fernandes, a fábrica de Alhandra “dada a sua localização e a proximidade em relação aos principais portos, está muito vocacionada para a exportação” tendo elevado essa fasquia em 2014.
Para este ano, o administrador espera manter o mesmo índice de faturação e produção, sendo que atualmente reconhece que o mercado nacional está a dar sinais positivos, embora saliente ser difícil o mercado voltar aos números verificados em 2001.
Todavia, a empresa tenta manter-se junto da comunidade praticando também ações relacionadas com a responsabilidade social da mesma. São conhecidas as suas piscinas na vila de Alhandra, aliás das mais antigas daquele concelho, e “a importância que a fábrica tem para aquela região, não só devido aos postos de trabalho como também devido às suas políticas ambientais”.
Luís Fernandes salienta que a fábrica tem tentado minimizar o impacto ambiental na comunidade. O administrador vinca: “A empresa tem estado na linha da frente dos investimentos ambientais em todas a fábricas”.
Mais recentemente com o foco da legionella em Vila Franca de Xira, a Cimpor passou ao lado da polémica. Luis Fernandes refere que a empresa esteve sempre atenta e serena “até porque temos poucos equipamentos eventuais potenciadores de um foco de legionella”.
Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, destacou igualmente a importância da fábrica para o concelho. O autarca lembrou que no passado “tínhamos uma Cimpor que criava problemas ambientais muito graves para a vila de Alhandra, como se recordam”. “Entretanto a empresa adotou filtros de manga e outros, que permitiram que hoje já se vejam os telhados com a sua cor natural, porque no passado só se via uma película cinzenta”, referiu.
Mário Cantiga, presidente da União de Freguesias de Alhandra, Calhandriz e São João dos Montes, também concorda. O autarca destaca que a convivência entre a empresa e as populações nem sempre foi pacífica, mas refere que nos dias de hoje, “a má convivência está ultrapassada”, preferindo referir os “benefícios” que a empresa também traz à região e à sua freguesia.
Miguel A. Rodrigues
27-07-2015
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