Cinema documental em destaque nos concelhos da Lezíria do Tejo
"Waves of youth" levou a sua arte junto dos mais jovens da região
| 18 Nov 2021 18:12
Sílvia Carvalho d'Almeida No âmbito de um projeto intermunicipal na Lezíria do Tejo tem decorrido a residência artística da associação Waves of Youth. Azambuja foi um dos concelhos percorridos por uma residência artística. A iniciativa pretendeu levar os jovens da região a conhecer o cinema documental, a descentralizar a arte, e a difundi-la por localidades em que o acesso à cultura é mais escasso.
A associação, fundada em plena pandemia de Covid-19, surgiu porque todos os seus membros, na casa dos 20 anos, e antigos colegas do curso de Cinema Documental da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, pretendiam trabalhar juntos na vertente de documentário, e criar “arte pela arte”, ao contrário dos vídeos corporativos e de produto, que fazem a nível particular para “pagar as contas”. Este convite da CILT foi então uma oportunidade para formalizar o projeto e continuar a trabalhar na região ribatejana. Os jovens aprendizes de cineasta puderam aprender as bases do cinema documental, sendo que os dias seguintes foram dedicados ao projeto de uma curta metragem, que eles mesmos planearam, tendo em conta os planos de filmagem e o guião, entre outros fatores. As personagens eram um ferreiro e três artesãos, um de canas rachadas, outro de harpas, e uma artesã de macramé. A ideia, segundo Pedro Mourinha, foi a de mostrar “o que se está a perder”, referindo-se às artes e ofícios retratados, especialmente ao macramé, que é uma “arte milenar”. O estilo não foi de entrevista, mas sim de “recolha de histórias e momentos relacionados com o seu trabalho”. Estes jovens querem demonstrar que é possível, fazer cinema em Portugal, ainda que os apoios sejam escassos, e o valor do orçamento de estado para a cultura seja cerca de 1%. Esta iniciativa, que já passou por Santarém, Rio Maior, Coruche, Benavente, “tem sido bastante produtiva”, segundo nos conta Miguel Canaverde. “Não se trata apenas de filmar, mas de estar em contacto com a comunidade que compõe cada município, e que à semelhança dos adolescentes que frequentam a residência, têm sido muito recetivos e a esta ideia”. |
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