Clientes da Águas do Ribatejo criam associação para que as faturas não voltem a “descambar"
Empresa é acusada de má fé por parte de um grupo de consumidores
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| 09 Dez 2020 09:06
Sílvia Agostinho A Águas do Ribatejo reuniu-se com um grupo de cidadãos que através das redes sociais e da comunicação social tem dado eco do seu descontentamento face aos acertos repercutidos nas últimas faturas da empresa intermunicipal. O Valor Local registou o testemunho de alguns desses clientes como Paula Fidalgo e Francisco Rodrigues (ouça as entrevistas à Rádio Valor Local no ficheiro áudio abaixo) que falam em faturas com valores exorbitantes que chegam aos 1000 euros fruto dos meses, de março a agosto, em que não houve contagem real devido à pandemia.
O movimento de cidadãos organizou-se e em reunião com a empresa intermunicipal apresentou propostas no sentido de tornar a atividade da empresa “mais transparente” na sua relação com o consumidor. Manuel Inácio, cliente da empresa que serve sete concelhos ribatejanos, conta ao Valor Local que há cada vez mais gente “a queixar-se das faturas”, após o recomeço das contagens reais, com as tarifas “a saltarem de escalão” no que os consumidores apelidam de um “exercício mal feito e lesivo”. O munícipe do concelho de Almeirim – que tem sido um dos porta vozes dos consumidores dos restantes concelhos – diz mesmo que “não vê uma saída” para solucionar o problema criado. O grupo deu a conhecer algumas reivindicações que tiveram eco nos administradores da empresa como a criação do provedor do cliente, mas também a criação de uma espécie de piquete para as ditas “situações anómalas” ou seja “sempre que seja emitida uma fatura que possa divergir em muito daquilo que é o consumo habitual será feita uma triagem junto do cliente para se perceber o porquê desses valores”. Contudo pouco ou nada haverá a fazer quanto às faturas já emitidas com valores que se revelaram como “escandalosos” na opinião dos clientes ouvidos pelo Valor Local – “A empresa garantiu que não haverá cortes de água e está disponível para fazer planos de pagamento”, resume Manuel Inácio. Por outro lado, o grupo de cidadãos, que estará prestes a constituir-se como associação, pretende que as estimativas por parte da empresa deixem de basear-se nos últimos dois meses de consumo real, para se passar a fazer uma média dos últimos doze meses – “Porque imaginando que nesses dois meses as pessoas consumiram pouco, os acertos acabam por ser maiores”, dá conta. Contudo a empresa manteve-se firme quanto aos seus procedimentos: “A forma como eles explicam as estimativas é penalizadora porque não prescindem de as fazer dessa maneira, ou seja não retiram uma vírgula à taxa de saneamento nem à taxa de resíduos sólidos urbanos, que com estes acertos subiram em flecha principalmente para os munícipes de Almeirim e Coruche”, devido à adesão à Ecolezíria. OUÇA O ÁUDIO
Na reunião foram ainda abordados temas como a correção das fugas de água pela empresa mas também o facto de os novos contadores, sempre que há uma interrupção no abastecimento, continuarem a debitar, independentemente de a água não correr nas torneiras – “É preciso que os consumidores olhem para os seus contadores quando faltar a água para darem conta desse tipo de situações”.
Em conclusão e apesar da reunião promovida – “nada apaga a má imagem dada pela empresa que agiu de má fé perante os clientes, mas cabe à empresa mudar a fotografia se quiser, desde que forneça um melhor serviço”. Uma associação está mesmo nos planos dos consumidores “porque não podemos adormecer caso contrário a situação volta a descambar”. O Valor Local contactou a empresa que afirma que faz as leituras com base no histórico dos clientes, já quanto aos acertos refere que os escalões de consumo são ajustados ao período em questão de forma “a não penalizar os consumidores”, com “homogeneização dos valores com a sua distribuição pelos meses em que houve estimativa”. Uma explicação que não terá convencido estes consumidores ouvidos pelo Valor Local. Comentários
As águas do ribatejo nao tem consideracao nenhuma pelos consumidores mandam contas impossiveis de pagar a pessoas reformadas, que a conta da água é maior que a reforma,recusam se a aferir os contadores que sempre desfavorecem os consumidores e afirmam que estao certos porque o dinheiro que roubam fica no cofre dessa direcao podre. Tenham mais consideraçao pelo consumidor Devemos pagar apenas o que consumimos Obrigado Manuel Fernandes 9/12, 16:05 |
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