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Clima de cortar à faca entre vereadores  causa embaraços ao PS de Benavente



Retirada de confiança política a Florbela Parracho esteve iminente mas também há militantes que querem que Pedro Pereira saia imediatamente de presidente da concelhia


Sílvia Agostinho
03-05-2019 às 12:13


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As mais recentes trocas de acusações entre os vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal de Benavente (CDU), Pedro Pereira, também líder da concelhia socialista, e Florbela Parracho, estão a deixar os militantes do partido sem mãos a medir no sentido de colocarem água na fervura. Uma das principais polémicas estalou quando o marido da vereadora concorreu a uma de duas vagas abertas pelo município para fiscal da Câmara. Pedro Pereira não hesitou em considerar que aquele era um concurso aberto à medida, apesar de Pedro Soares não ter sido o selecionado. Na reunião de Câmara pública de um de abril, Pedro Soares não se inibiu de confrontar Pedro Pereira acusando-o de ter encetado uma campanha contra a sua pessoa. 

A relação entre os dois eleitos que nem sempre conheceu melhores dias acabou por piorar consideravelmente, ao ponto do também líder da concelhia ter emitido um comunicado onde condena a dificuldade que, no seu entender, a eleita tem demonstrado entre "conjugar a sua função de vereadora e a de trabalhadora no município", ao "misturar interesses pessoais, familiares, profissionais e políticos". Segundo o que apurámos, diversos militantes dias antes terão pedido a retirada de confiança política à vereadora, que por sua vez já se assumiu como candidata às eleições na concelhia, que se realizarão dentro de um ano.

​Já depois desse facto, e noutra reunião, Florbela Parracho fez questão de sublinhar que não podia fechar os olhos ao lapso de Pedro Pereira que se esquecera do facto de ser membro da direção dos bombeiros de Samora e votou favoravelmente um apoio para aquela associação, não pedindo escusa, o que poderia dar perda de mandato. Os demais eleitos na Câmara revogaram aquele ponto para não comprometerem a posição do eleito, porque se tratara de um mero esquecimento, mas a colega recusou-se. Pedro Pereira não desarmou e até disse que não se importava que não fosse revogada a deliberação porque o apoio era logístico e não financeiro e como tal, segundo as suas palavras, o seu lugar na vereação não estava em risco. 

Florbela Parracho não esconde que a forma como o seu colega vereador apresenta os assuntos e conduz a sua ação de forma crispada nas reuniões de Câmara não se enquadram na sua forma de estar, e que o descontentamento entre as hostes socialistas é notório. "As ações ficam para quem as pratica e não comento mais!"

A vereadora, ouvida pelo Valor Local, confessa que ficou surpreendida ao ter recebido no domingo de Páscoa o comunicado do PS, que antes já tinha ido parar aos media. "Pedi explicações junto do vereador e presidente da concelhia para me apresentar os factos que levam àquelas considerações, mas sem resposta". "Se ele queria tirar a confiança política que assim o fizesse, mas nada me chegou quanto a essa ata do PS, e nada me tem sido respondido, assim como, não responde a outros militantes".
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Florbela Parracho diz mesmo que uma parte significativa dos militantes está consigo e por isso pretende assumir uma candidatura. Sobre a questão que envolveu o seu marido não considera que isso enfraqueça o partido. "Eu também sou trabalhadora na Câmara, e o assunto do meu marido é pessoal". Quando confrontada com a ida de Pedro Soares a uma reunião de Câmara, e ao facto de se ter dirigido a Pedro Pereira, se isso também não passava a ser uma questão política, diz tão só - "Ouça não vou falar do meu marido, é um munícipe como outro qualquer. Também sou trabalhadora na Câmara e isso não tem impedido que eu faça questões e confronte o município como vereadora".

A autarca conta que Pedro Pereira lhe deixou de falar tendo em conta os acontecimentos, e face a este quadro de mal-estar apenas refere - "Vou continuar a trabalhar como sempre fiz, da minha parte não há qualquer problema". Já Pedro Pereira não quis prestar esclarecimentos à nossa reportagem sobre o estado de coisas.

Por parte da concelhia do PS local, Silvestre Raposo, porta-voz, transmite ao nosso jornal que, neste momento, o partido tenta recuperar-se das ondas de choque no conflito entre os dois autarcas, tendo em conta os atos eleitorais que se aproximam e também a preparação para as autárquicas 2021. O militante socialista considera extemporânea a vontade de Florbela Parracho em se candidatar à concelhia, embora ache que cada um dos vereadores tenha muitos apoiantes, e nesse caso estejam a jogar taco a taco. Mas considera que, no futuro, o presidente da concelhia não tem de ser obrigatoriamente o candidato à Câmara, "até é desejável que assim não seja, como de resto é o que acontece noutras concelhias". 

Até lá, o extremar de posições não se avizinha como fácil de ultrapassar - "Há militantes que querem à força que Pedro Pereira saia já da concelhia com a marcação de novas eleições, mas também há militantes que não concordam que questões pessoais sejam tratadas em plenários municipais (caso do marido da vereadora)"

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