Coligação Nova Geração
David Ferreira assume postura disruptiva e aposta na Economia Na corrida à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, o candidato que encabeça uma coligação liderada pelo PSD critica a postura da sua antecessora e nesta entrevista dá conta dos seus principais objetivos para o novo mandato
|07 Ago 2021 10:11
Sílvia Agostinho/Miguel António Rodrigues David Pato Ferreira aposta na Economia e David Pato Ferreira, 29 anos, gestor de projeto abraçou o desafio do PSD e é o cabeça de lista por aquele partido que em coligação com o CDS-PP, MPT e PPM concorre à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira nestas autárquicas.
Apesar de o PSD se ter coligado nos últimos anos com o PS, partido que tem vindo a ganhar as eleições em Vila Franca desde os anos 90, de forma a permitir o governo da autarquia, David Pato Ferreira quer encabeçar uma candidatura disruptiva e não se coíbe de criticar a sua antecessora, Helena de Jesus por ter tido uma postura passiva no município, “porque houve uma margem de trabalho político que podia ter sido mais trabalhado”. “A postura que teremos após as eleições com mais ou menos votos será certamente diferente”, declara numa crítica a Helena de Jesus. O desporto é uma das áreas em que pretende apostar e como tal pretende contribuir para que o novo estádio da União Desportiva Vilafranquense seja uma realidade. A obra tem um custo de 2,6 milhões de euros, mas na sua opinião deve ser “antes um complexo desportivo que sirva ainda o Alhandra e as modalidades” e que seja “mais do que solução coxa e eleitoralista”. No que se refere a uma das problemáticas do concelho, o Vila Franca Centro, que fechou há escassos anos, e que é preocupação de todas as forças política, David Pato Ferreira, não defende a sua implosão como chegou a sugerir Rui Rei, presidente da concelhia laranja. Para o candidato o modelo de gestão do centro nasceu torto, porque a preferência foi por venda das lojas aos comerciantes, que agora continuam a pagar IMI mas sem acesso ao interior do edifício – “A Câmara deve em articulação com os lojistas tentar vender em bolo o conjunto de lojas que ali temos, através da constituição de uma comissão nesse sentido”. Recorde-se que o edifício está entregue à banca nesta altura. Mais tarde o Vila Franca Centro podia servir para serviços diversos e habitação na opinião de David Pato Ferreira. Já no que respeita ao investimento na aquisição da Escola da Armada em como forma de requalificação do eixo Vila Franca/Alhandra, acredita que a sua revitalização poderia assentar em espaços de coworking, cluster empresarial, “de características tecnológicas ou não”, relacionado “eventualmente com engenharia aeronáutica”, mas também “com componente de habitação”. O ensino superior é outro desiderato de David Pato Ferreira para a Armada. O candidato pondera que a longo prazo o município possa sair da unidade administrativa (NUT II) em que se encontra de forma a poder captar mais fundos estruturais “Infelizmente somos o concelho coitadinho da Área Metropolitana de Lisboa, mas sobretudo devido à nossa falta de estratégia. Não compreendo por que razão é sempre mais valorizado o eixo Lisboa- Cascais e não o eixo Lisboa- Vila Franca”. Em termos práticos elenca algumas das medidas que pretende colocar em prática como um fundo de apoio às pequenas e médias empresas do concelho, nomeadamente, start-ups; criação do Programa + Emprego em parceria com as IPSS do concelho; promoção do comércio local. O candidato quer ainda criar um Hub Local Teck para projetos de inovação. Levar a cabo um fórum empresarial regional é outro dos seus desígnios bem como um Business Cluster no concelho. ASSISTA AO VÍDEO DA ENTREVISTA NA RÁDIO VALOR LOCAL
No campo ambiental, o candidato dá a entender que gostava de implementar uma rede de transportes amiga do ambiente, com recurso ao transporte elétrico, e com isso aumentar o número de postos de carregamento. Descarbonizar é a meta. Mas também livrar o concelho do epíteto de município do lixo “com centenas de fotos de resíduos em ilhas ecológicas a abarrotar”.
Acerca da muito falada urbanização Vila Rio na Póvoa de Santa Iria e o facto de estar construída, para muitos em leito de cheia, não é um bicho de sete cabeças para o candidato porque vê neste empreendimento uma forma de valorizar o concelho. Concebida para famílias de classe média alta, tem dado que falar. A urbanização contempla um total de 606 frações destinadas a habitação e comércio. |
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