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Concelho de Vila Franca deu apoio alimentar a mais 135 famílias durante a pandemiaA juntar aos 1690 agregados que já eram alvo de ajudas
Sílvia Agostinho
11-06-2020 às 18:47 |
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Durante a pandemia, houve um acréscimo de pedidos de ajuda no que respeita aos bens alimentares no concelho de Vila Franca de Xira.
As ajudas do município são articuladas, ou surgem em complementaridade com as facilitadas pelo Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC), o banco alimentar e as cantinas sociais, no âmbito das diversas IPSS’s parceiras do concelho. A distribuição do apoio alimentar é assegurada em todas as freguesias e nesta fase da Covid-19, o número de pedidos e de famílias apoiadas tem vindo a aumentar (ver quadro abaixo). No total foram apoiados mais 135 agregados familiares em situação de emergência a juntar aos 1690 já existentes. A autarquia descreve, ao Valor Local, que é promovido um apoio mensal ao nível da ajuda alimentar, através da distribuição de um cabaz com produtos alimentares e bens de primeira necessidade. Todas as situações sociais que recorrem aos serviços para solicitar apoio alimentar são avaliadas, e inseridas numa base de registo comum na Plataforma Ação Social Interface Parceiros (ASIP) que permite a todos fazer o cruzamento das pessoas apoiadas. Durante o estado de pandemia, uma nova resposta foi criada pelo Banco Alimentar Contra a Fome, a “Rede de Emergência Alimentar do Banco alimentar”. Esta é uma resposta limitada no tempo até estar ultrapassada a situação de emergência COVID 19. O pedido de apoio à rede de emergência alimentar é feito online, através inscrição das necessidades pelos próprios, familiares ou amigos, numa plataforma informática. Posteriormente o pedido é encaminhado para um ponto de entrega dos alimentos próximo da sua residência que tem banco alimentar, é avaliado e distribuído mensalmente. Mas casos houve em que os agregados que se encontram a receber as refeições escolares para os seus filhos, pediram comida também para o resto da família. Esta resposta, refere o município, passou a existir, no momento, em que a autarquia aprovou as medidas de apoio às IPSS´s com o valor dos 50 por cento das refeições totais a fornecer às escolas. No período do estado de emergência, os munícipes pediram este tipo de apoios através das linhas telefónicas da loja do munícipe e do email da divisão de saúde e solidariedade, mas também diretamente às juntas de Freguesia e Segurança Social, “que de forma articulada têm respondido a todos os pedidos”, acrescenta a autarquia. Só os técnicos da divisão de saúde e solidariedade atenderam e apoiaram 107 agregados familiares em situação de emergência. As principais problemáticas estão relacionadas com os fracos recursos económicos e os apelos traduzem-se essencialmente em pedidos de apoio alimentar; pedidos de apoio económico para pagamento de rendas/alojamentos devido à insistência dos senhorios e despesas de manutenção dos agregados. Durante este estado de emergência têm solicitado este apoio, sobretudo: idosos com baixos rendimentos; agregados familiares com dificuldades económicas e com filhos a cargo e layoff e desemprego; agregados familiares com desemprego de um dos elementos consequência da pandemia; famílias monoparentais; situações de imigrantes indocumentados e desempregados, e sem qualquer outro meio de subsistência, elenca a autarquia.
Relativamente a este e a outros apoios, e com o objetivo de promover a intervenção social integrada, atuando ao nível das vulnerabilidades e potencialidades locais, está implementado no concelho desde o ano 2016, o Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social Integrado (SAASI) que se traduz no atendimento e acompanhamento social descentralizado nas seis freguesias do concelho, com 42 entidades parceiras (IPSS’s) e coordenado pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e o Instituto da Segurança Social. Destina-se a todos os munícipes que se encontrem em situação de vulnerabilidade social. “É um projeto enquadrado na Rede Social e que tem como objetivo potenciar a criação de respostas mais adequadas aos problemas sociais, rentabilizando os meios e recursos existentes, eliminando sobreposições de atuação, permitindo um melhor planeamento dos serviços, minimizando assim, situações de exclusão social e pobreza, no sentido de alcançar o bem-estar social da população. Este atendimento visa uma resposta mais justa, adequada e rápida às situações de maior necessidade, em prol de um concelho mais coeso”, enfatiza a autarquia. Centro Acolhimento Sem abrigo Foi ainda criado um centro de acolhimento de pessoas sem-abrigo em Vila Franca de Xira, que neste momento conta com um total de seis pessoas, algumas das quais vindas de outros concelhos. No local há sete camas, bem como outras comodidades tendo em vista proporcionar algum conforto aos sem-abrigo. Helena de Jesus, vereadora da Coesão Social, diz que no total há 13 pessoas sinalizadas como sem abrigo, mas nem todas quiseram permanecem no centro de acolhimento. Nesses casos foi sinalizada a Segurança Social, e esses casos deram entrada, entretanto, no tribunal |
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