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Concheiros de Muge recebem mais uma campanha de escavações arqueológicasTrata-se do maior complexo mesolítico da Europa
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21-08-2019 às 18:58
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Uma equipa do Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano da Universidade do Algarve, que integra os arqueólogos Célia Gonçalves, João Cascalheira, Lino André e Nuno Bicho, encontra-se a efetuar escavações no concheiro do Cabeço da Amoreira, localizado em terrenos da Casa Cadaval, em Muge.
As escavações incidem na área central e na zona circundante ao Concheiro e têm como principal objetivo a obtenção de dados novos e mais pormenorizados sobre os modos de vida daquelas que foram as últimas comunidades de caçadores-recoletores do Centro de Portugal, há cerca de 8 000 anos. Contam com o apoio de um grupo de voluntários norte americanos, inseridos num programa do Earthwatch Institute, uma organização sem fins lucrativos que tem como missão envolver os cidadãos de todo o mundo em pesquisas científicas de campo. A equipa, que ao longo dos últimos anos se tem mantido em atividade naquele local, em particular nos meses de verão, contou com a colaboração da Câmara Municipal e da Casa Cadaval, a nível logístico e de alojamento, arrancou com os trabalhos no início do mês de agosto, sendo que já foram encontrados inúmeros artefactos em osso, pedra e adornos feitos em concha.
Os Concheiros de Muge foram descobertos em 1863 pelo geólogo Carlos Ribeiro e constituem o maior complexo mesolítico da Europa. Correspondem a “colinas artificiais” onde se estabeleceram sazonalmente comunidades de caçadores-recoletores que faziam da apanha de moluscos uma das suas principais atividades de subsistência. Notícias Relacionadas: Concheiros de Muge- Enterramentos precursores da modernidade |
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