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(C/Vídeo) Obras da “Águas da Azambuja” atingem
​2,5 milhões de euros em novas condutas

Paulo Oliveira, administrador, fala dos investimentos e dos desafios para o futuro quando a concessão,sempre muito polémica, está a chegar aos 10 anos em Azambuja
Sílvia Agostinho/Miguel António Rodrigues
05-12-2018 às 21:31
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Estão a decorrer as muito aguardadas obras da concessionária “Águas da Azambuja” que visam a substituição das condutas numa obra que se prolonga desde Alcoentre e Aveiras de Baixo, sendo que um dos grandes objetivos passa por acabar com as roturas e as falhas de água na freguesia de Aveiras de Cima. Em entrevista ao Valor Local, Paulo Oliveira, administrador da “Águas da Azambuja” (ADAZ), refere que o processo tem sido moroso, porque em dada altura foram necessárias as devidas autorizações por parte da Infraestruturas de Portugal. Desde 2016 que este investimento na rede estava anunciado pela empresa que já vai em mais de dois milhões e meio de euros.

Nesta altura, a empresa tenta terminar da melhor forma a parte da obra que está a ser finalizada em Alcoentre, faltando apenas compactar o tout-venant depois de abertas as valas, tendo em conta um cenário de poeira e de lama verificado. Há também uma obra em frente ao cemitério da localidade em causa que vai fazer uma ligação até ao reservatório. A obra atravessa a 366 entre estas freguesias numa “obra grande com muitos quilómetros de conduta”. Com a remodelação e tendo em vista um dos principais fins que é colocar termo às faltas de água nas torneiras na freguesia de Aveiras de Cima, a empresa está ainda a ligar, o que Paulo Oliveira designa por, “várias origens de água”.

A concessionária “encontra-se a aumentar os diâmetros dos ramais” também com a substituição de condutas de modo a garantir que a água “possa vir de Casais da Lagoa para Aveiras bem como de Alcoentre para Aveiras”, dá conta. No fundo “o sistema passa a ter um dinamismo que neste momento não possui”. Sendo que a partir do momento em que a água possa ser distribuída no concelho de Azambuja, o sabor deverá ficar melhorado, ao contrário do que acontece com a presente captação, via Estação de Tratamento de Água (ETA) de Vale da Pedra, onde apesar de a água ser segura desagrada “aos nossos clientes”.

Em declarações ao Valor Local, na sua edição passada, o vereador com o pelouro das águas e saneamento, Silvino Lúcio, referiu que as situações de faltas de água na torneira poderão ser resolvidas nos primeiros meses do ano. Paulo Oliveira não contesta esse prognóstico feliz, mas avisa que as roturas podem acontecer porque a reabilitação não estará totalmente feita devido à morosidade da obra, “mas face às redundâncias no sistema não serão suficientes para que a água falte nas torneiras”.

Sendo o quadro de Aveiras de Cima tão urgente, Paulo Oliveira, refere que no início da concessão – que no ano que vem atinge uma década no concelho de Azambuja – apostou-se sobretudo em obras de expansão ligadas à parte do saneamento. A obra agora a decorrer é de reabilitação, e ficou agendada para este cronograma de um ano. Atualmente, a empresa está também a apostar na telegestão com monitorização de todos os reservatórios com o fim último de controlar ao máximo as perdas de água, que neste momento rondam os 20 por cento. Um valor dentro da média de eficiência nacional mas que Paulo Oliveira deseja que possa baixar. A média do grupo Aquapor, empresa mãe da ADAZ, ronda os 17 por cento. Com a obra em curso, e com a diminuição das roturas em Aveiras de Cima, as perdas de água deverão baixar. 

​Em 2015 e depois de muitas negociações, foi aprovado o novo aditamento ao contrato celebrado entre a Câmara e a empresa, cuja entrada em funcionamento a nível das tarifas foi implementado em 2016. A ADAZ alegava défice. Volvidos dois anos, Paulo Oliveira faz um balanço positivo do modelo económico. Já quanto aos lucros, não serão os mais positivos do ponto de vista dos acionistas, tanto mais que “a Taxa Interna de Rentabilidade foi baixada e o intervalo de tempo entre a aprovação do contrato e a sua aplicação ainda demorou um ano e meio o que condicionou ainda mais esse equilíbrio”.

A empresa esteve muitas vezes debaixo de fogo por não comunicar, e com isso propiciar menos clareza na sua atuação no concelho. Paulo Oliveira reconhece que nos primeiros anos a ADAZ focou-se demasiado nas questões técnicas- “fazer obra, melhorar as perdas de água e entregar as faturas a tempo e horas, e a comunicação ficou para segundo plano, reconhecemos”.

Sendo uma empresa privada a operar um setor que ainda é público na maior parte do país, e quando há poucos anos as faturas da água eram relativamente baixas na generalidade do território nacional, Paulo Oliveira é taxativo: “Há duas formas de ter faturas baixas, uma é fazer com que o consumidor não cubra os gastos da operação de captação e distribuição, mas com consequente prejuízo noutras áreas de gestão de uma Câmara, de uma empresa ou do Estado. A outra é não fazer investimento, mas a qualidade do serviço não será a mesma. É impossível fazer investimento no concelho como estamos a fazer, de vários milhões de euros, e isso não ser repercutido na fatura ao cliente”. 


​Muito aguardada foi a entrada em funcionamento da entidade que em alta fornece a água à ADAZ, por via da extinção da Águas do Oeste, porque em vista encontrava-se a possibilidade de as tarifas baixarem para a concessionária, e deste modo para os consumidores, sendo o mesmo aplicável à congénere em alta para o saneamento – Águas do Tejo Atlântico. Em diversas reuniões do executivo, o vereador da CDU, David Mendes, alegou que isso não está a acontecer, por causa da fórmula do contrato celebrado entre a autarquia e a ADAZ, e como tal os azambujenses não estarão a usufruir dessa benesse. Paulo Oliveira dá a sua versão – “São muitas as variáveis que entram em jogo, desde logo a inflação, os impostos, e os custos que também não são refletidos de imediato, salvo erro são de junho a junho, depois não quer dizer que quando baixe 10 por cento, se reflita 10 por cento no consumidor ou mesmo quando sobe 10 por cento, também seja esse valor, pode ser muito menos.

​Neste momento posso até dizer que subiram estes custos para nós em relação à entidade em alta. Se as pessoas tiverem uma diminuição de dois por cento, estamos a falar se calhar de uns 50 cêntimos e não se nota. As pessoas têm sempre a ideia de que a água é cara e essas componentes são sempre percecionadas dessa forma, ao contrário das telecomunicações por exemplo”.


Quase a atingir os 10 anos de permanência no concelho de Azambuja, esta empresa faz um balanço positivo – “Ainda bem que neste caso a memória é fraca, porque muita coisa mudou, só em obra, saneamento e abastecimento, já investimentos 3,5 milhões de euros desde o início da concessão, mais 2,6 milhões euros nas obras em curso, fora os restantes custos de investimento – software, telegestão, instalações, etc.” O investimento global da concessão é de 8,5 milhões de euros no plano de investimento inicial para a concessão.

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