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(C/Vídeo)
​Rancho Aveiras de Cima: O Mestre da Cana Rachada 

Filipe Carapinha está neste grupo há 13 anos e já fez 272 instrumentos a partir da matéria prima que é a cana
Sílvia Agostinho/Miguel A. Rodrigues
08-11-2018 às 20:41
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O tocador de cana rachada é uma das figuras que mais chama atenção nos ranchos ribatejanos. No Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aveiras de Cima também é assim. Filipe Carapinha é um dos executantes deste instrumento artesanal. No seu caso foi o próprio que apanhou a cana num caniçal em Aveiras de Baixo. É portanto um produto cem por cento local. Mas só dão boas canas rachadas aquelas que antes de terem sido arrancadas se situavam perto de um curso de água. A boa irrigação dá canas mais fortes e resistentes. Há também uma altura mais propícia para apanhar a cana: quando não está nem muito seca nem muito verde. O meio-termo é o ideal.

Filipe Carapinha que está há 13 anos no rancho de Aveiras de Cima, já fez 272 canas para este grupo. José Luís Pratas também do rancho dá a conhecer que nas atuações, principalmente no estrangeiro, o rancho dá especial destaque à cana rachada, pela sua singularidade e porque à primeira vista quem pensaria que poderia produzir um som tão carismático. Nas suas atuações, a performance produzida pelo som da cana rachada já valeu um terceiro lugar no acompanhamento musical num festival internacional de folclore decorrido em Palma de Maiorca. Conseguiram ainda um primeiro lugar num concurso do Inatel com este instrumento.

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O grupo de Aveiras de Cima possui entre 45 a 50 elementos, sendo que 15 sabem tocar cana rachada. É Filipe Carapinha quem é incumbido do fabrico do instrumento. “O senhor Filipe é o grande mestre”, acrescenta o seu colega. Já toca cana há 62 anos. E acrescenta neste ponto Filipe Carapinha: “Quando estou no grupo de Aveiras sou conhecido como o mestre da cana, quando atuo noutro grupo aqui do concelho, no de Casais dos Britos, chamam-me o rei da cana”.

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A zona do Ribatejo, a partir de Santarém para baixo, é das mais ricas quanto à incorporação da cana rachada nos seus grupos. A tradição tem passado para as gerações mais jovens. O grupo faz questão de ir deixando algumas canas quando visita outros ranchos para que a tradição não se perca.

Não é difícil aprender a tocar cana rachada, “é preciso é ter gosto em aprender”, diz o executante. No caso de Filipe Carapinha aprendeu com 17 anos, hoje tem 79. “Como em tudo há que ter ouvido musical, e neste caso há indivíduos com mais queda para a percussão do que outros”, acrescenta José Luís Pratas.

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