David Mendes aponta o dedo a Comissão de Acompanhamento das Águas
Em causa António Nobre também eleito da CDU
Sílvia Agostinho
24-06-2016 às 17:07 Os ânimos subiram de tom durante uma das últimas reuniões de Câmara de Azambuja, quando o vereador da CDU David Mendes deu conta da não atualização das tarifas de água e saneamento da Águas da Azambuja (ADAZ) tendo em conta o decréscimo esperado com a fusão dos sistemas e que tinha sido também anunciada pela Câmara Municipal. O vereador foi mesmo mais longe e disparou até em direção ao seu colega de partido, António Nobre que faz parte da comissão de acompanhamento das águas – “Mas que raio anda a fazer o representante da autarquia nesta comissão?” evocou.
De acordo com os cálculos de David Mendes, a ADAZ está a aproveitar-se de alguma forma das circunstâncias, de tal maneira que a Entidade Reguladora de Águas e Resíduos (ERSAR) já fixou tarifas que deviam ser acatadas para os municípios, e em Azambuja são em alguns casos superiores a 25 por cento, como acontece na taxa de recursos hídricos. David Mendes lançou o repto para que a Câmara instigue de imediato a concessionária a atualizar os valores. Em declarações ao Valor Local, Luís de Sousa referiu que o novo tarifário que foi aprovado em assembleia municipal no ano passado ainda não entrou em vigor. Ao que parece a empresa mãe da ADAZ, Aquapor, estará com dificuldades junto da banca, “e só agora conseguiu um empréstimo”. Diz Luís de Sousa que a ERSAR está a par do problema, mas não consegue adiantar para já mais dados. António Jorge Lopes, vereador da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, quis participar na discussão, lançando também mais uma acha para a fogueira – “A intervenção do vereador David Mendes demonstra que estamos perante um exercício já com os olhos postos nas eleições autárquicas e que tenta mascarar a presença de um alto quadro do partido comunista local nesta comissão de acompanhamento e no negócio das águas”. “O PS e o PCP são os principais culpados do que está a acontecer nesta matéria”. António Jorge Lopes estranhou contudo que o aditamento ainda não esteja assinado, “o que vai em sentido contrário ao que a Câmara sempre sustentou de que era imprescindível que estivesse assinado em 2014, senão vinha aí uma indemnização de milhões de euros”. “A Caixa Geral de Depósitos demorou a dar o aval, e só por pressão nossa e do Tribunal de Contas conseguimos chegar a um fim”, informou Luís de Sousa David Mendes não foi de meias medidas e confrontou o vereador da Coligação – “A CDU votou contra o contrato, e só passou porque estava lá uma deputada do PSD que se absteve e que tinha responsabilidades, e por isso não venha cá com histórias e mentiras têm perna curta”. Ressalvando, “que a CDU sempre esteve contra, e o PSD sempre esteve calado”.
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