Diretor financeiro da "Águas do Ribatejo" 
é o novo presidente da comissão de acompanhamento da "Águas da Azambuja"

Miguel Carrinho é o nome escolhido
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Depois de um processo que demorou praticamente  um ano, eis que finalmente foi anunciado o nome que sossegou para já as hostes políticas de Azambuja, e que vai presidir à comissão de acompanhamento do contrato de revisão das águas e saneamento de Azambuja, Miguel Carrinho.

O também diretor financeiro da Águas do Ribatejo tem um percurso quase desconhecido, quando comparado com o nome inicialmente destacado para a função, Cunha Marques, considerado uma das vozes mundiais do setor, mas altamente repudiado pelos vários partidos políticos da oposição de Azambuja. A  Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra chegou mesmo a referir-se ao mesmo como "uma raposa no meio de um galinheiro". Na base das críticas, o facto de ter estado na escolha da Aquapor para gerir o sistema em baixa de Azambuja, que na opinião da oposição se tem revelado como uma "opção fatal" que só tem "prejudicado os interesses do município". O professor do Instituto Superior Técnico viria a por o lugar à disposição, depois das muitas críticas que lhe foram dirigidas. O presidente do município, Luís de Sousa, hesitou durante algum tempo em manter este nome ou chamar um nome diferente.

Miguel Carrinho constitui-se para já como uma surpresa. Chegou há pouco tempo ao setor, em 2009, aquando da entrada em funcionamento da Águas do Ribatejo, não isento de algumas críticas. A imprensa regional à época,( o Mirante), em dezembro de 2009, fazia uma notícia que dava conta da entrada de três filhos de presidentes de câmara na então recém criada empresa intermunicipal, neste caso, Miguel Carrinho é filho de Sérgio Carrinho, antigo presidente da Câmara da Chamusca, município que também integra a empresa em causa.

Licenciado em gestão de empresas pela Universidade de Coimbra, Miguel Carrinho, para além de diretor financeiro da Águas do Ribatejo (AR), (depois de ter passado pela comunidade intermunicipal), é também a cara do projeto “Watersense” (biosensor que monitoriza as águas subterrâneas) implementado na AR, distinguido com o prémio Eureka em 2012, e também no âmbito da “European Projects Association” na iniciativa “European Projects Awards”.Miguel Carrinho vai auferir 250 euros por mês ao serviço do concelho de Azambuja nesta comissão. Valor bastante mais abaixo dos honorários que Cunha Marques pediu (cerca do dobro) tendo em conta o seu currículo internacional.

A revisão do contrato das águas entre a "Águas da Azambuja" e a Câmara Municipal é um dos dossiers quentes do município, e resta saber se Miguel Carrinho, a par do deputado da CDU António Nobre, que é também uma cara nova nesta comissão (o qual substitui o também muito criticado advogado Jorge de Faria Lopes, do gabinete de advogados da Câmara) conseguirá levar a bom termo ou não um processo que é tudo menos  pacífico, com a concessionária a pedir aumentos na casa dos 21 por cento; com a ERSAR por um lado a elogiar a concessão de Azambuja e por outro não hesitando em chumbar o aditamento ao contrato por duas vezes, a que se soma a existência de um sistema intermunicipal (Águas do Oeste) amplamente criticado pela Câmara e não raras vezes pela Águas da Azambuja com processos de injunção a decorrer em tribunal. Resta saber também o que se pode esperar desta comissão (que tem ainda como terceiro nome o representante da concessionária Enrique Castiblanques), tendo em conta a evolução da reforma dos sistemas em perspetiva com a verticalização do setor em Portugal.  

Sílvia Agostinho
06-05-2015
 

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