Ecolezíria deixa cair recolha porta-a-porta
Projeto pioneiro abandonado. Câmaras do Cartaxo e Benavente aludem aos elevados custos que teriam de ser suportados pelos consumidores
|29 Nov 2022 09:45
Sílvia Agostinho Depois de ter sido anunciado, em 2019, o lançamento de um projeto pioneiro de recolha de resíduos porta-a-porta entre os concelhos que compõem a Ecolezíria – Almeirim, Alpiarça, Coruche, Benavente Salvaterra de Magos e Cartaxo, em que este último serviria de município piloto de todo o projeto, eis que se dá o retrocesso e foi anunciado, agora, que aquele objetivo já não vai para a frente.
Em reunião de Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, presidente da autarquia, referiu que a recolha tem um custo acrescido de cerca de trinta euros por tonelada e, de acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e a política do utilizador/pagador, esse custo teria de ser refletido nos valores cobrados aos munícipes e, portanto, os seis municípios que integram a Ecolezíria “entenderam que, face à situação que o país atravessa e à debilidade financeira das famílias, não deveriam imputar um custo daquela natureza, que significaria um aumento do custo dos resíduos em cerca de 60 por cento”. Referiu, ainda, que a empresa não avançou com a colocação das ilhas ecológicas, dado que envolveria “um investimento bastante elevado” pois cada uma custa cerca de sessenta mil euros. O município pretende agora avançar sozinho na recolha porta-a-porta nos centros históricos, enquanto projeto-piloto. A vereadora do PSD, Sónia Ferreira, comentou a desistência da Ecolezíria deste projeto assinalando que os factos em causa são uma demonstração de falta de estratégia da empresa intermunicipal. Na Rádio Valor Local, João Heitor, presidente da Câmara do Cartaxo, pronunciou-se sobre este aspeto aludindo aos “gastos dispendiosos” que seriam necessários para fazer essa recolha”. A Ecolezíria, segundo o autarca, preferiu nesta fase e tendo em atenção aquilo que é a estratégia para o tratamento dos biorresíduos até 2025 “submeter, antes, uma candidatura ao Fundo Ambiental que consistirá à posteriori na atribuição de baldes com tecnologia de ponta”, destinados à coleta domiciliária de biorresíduos, que possuem filtros que conseguem eliminar os maus cheiros dos lixos. Acredita que o porta-a-porta é o futuro, mas também “é preciso incutir uma outra disciplina nos cidadãos”. |
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