Ecolezíria na linha da frente na compostagem doméstica
Cinco equipamentos para os concelhos servidos pela empresa que está na vanguarda
|27 Dez 2021 15:45
Miguel António Rodrigues O Ministro do Ambiente e Ação Climática apadrinhou simbolicamente na freguesia de Glória do Ribatejo, no concelho de Salvaterra de Magos, a inauguração de cinco centros de compostagem para a área de influência da Ecolezíria.
São unidades que vão estar ao serviço das populações servidas pela empresa municipal Ecolezíria, nas freguesias de Glória do Ribatejo/ Granho, e Muge em Salvaterra, Pontével no concelho do Cartaxo, Benfica do Ribatejo no município de Almeirim, e na vila de Alpiarça. O Ministro, João Pedro Matos Fernandes, acompanhado da Secretária de Estado, Inês Santos, salientou o empenho das autarquias da região nesta matéria, que têm vindo a ser um ponto importante no combate às alterações climáticas do Governo. O Ministro salientou que a empresa Ecolezíria, acaba por ser “um exemplo” e continuará a ser um exemplo nos tempos mais próximos destacando o empenho e o trabalho desenvolvido “no cumprimento das metas naquilo que é a sua estrutura económico-financeira” salientando “a proximidade relativamente ao comum do cidadão e a aposta contínua na educação ambiental e sensibilização para estas matérias em concreto”. O ministro não poupou elogios à Ecolezíria, que citou mesmo como um exemplo a seguir no resto do país. Para João Pedro Matos Fernandes, “estamos aqui perante uma das poucas empresas em Portugal que cumpre as metas estratégicas ambientais. E isso deixa-me muito orgulhoso”. João Oliveira, presidente da Junta de Freguesia, destacou o trabalho e a importância que este centro de compostagem significa para a sua freguesia. O autarca referiu que o mesmo representa um passo em frente, e mostrou-se orgulhoso nesta matéria na região. Também Carlos Coutinho, o presidente da empresa, e presidente da Câmara de Benavente, sublinhou a importância deste ato e recordou o trabalho realizado pela Ecolezíria no que toca ao meio ambiente. Coutinho recordou que entre os municípios que compõem a empresa, “são produzidas cerca de 63 mil toneladas de resíduos urbanos. Dessas, 57 mil toneladas correspondem a resíduos indiferenciados, e calculamos que cerca de 20 mil toneladas devem corresponder a biorresíduos”. Faca aos números apresentados, Carlos Coutinho diz estar consciente do caminho “exigente que temos pela nossa frente para atingir as metas que estão definidas”, recordando que estão criadas e definidas ações para conseguir corresponder às exigências e às metas. Helder Esménio, presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, destacou igualmente o trabalho desenvolvido pela autarquia no que toca ao ambiente. Na recolha de lixo, o autarca reforçou a aquisição de duas viaturas de recolha “para substituir as mais antigas”. De modo a “conseguirmos aumentar a operacionalidade dos serviços e assim conter o aumento das tarifas dos resíduos sólidos”. Ao Valor Local, o ministro do Ambiente destacou o trabalho que existe pela frente no que toca à compostagem em Portugal. João Pedro Matos Fernandes destacou que para já são poucas as empresas que têm cumprido as metas do PERSU – Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos, que são cada vez mais exigentes “porque a sociedade é cada vez mais exigente com a gestão que fazemos dos nossos resíduos e com a consciência que temos de ter quanto a isso. Na Ecolezíria, é muito evidente que existe esse espírito”, referiu o ministro. Para João Pedro Matos Fernandes, “os resíduos têm de ser encarados como recursos, estando a Europa e o mundo com uma crise de matérias-primas, isso é até muito sensível e evidente”. O ministro sublinhou que existe “o estímulo certo vindo de fora para que nos valorizemos ao máximo nos desperdícios” e por isso acrescenta “que a compostagem é um processo muito importante”. O ministro enfatizou os números já apontados por Carlos Coutinho relativos aos resíduos que vão para aterro e destacou que “no limite devemos mesmo querer que sejam reduzidos ao máximo, até porque se há coisa que em Portugal não abunda, são terrenos férteis” e por isso defende que toda a matéria orgânica recolhida na compostagem “colocada no solo com consciência é essencial para podermos regenerar o solo”. |
|
Leia também
Eis que nascem como cogumelos... os parques solares na regiãoVão passar a fazer parte da paisagem da nossa região. Assim como o Oeste é dominado por eólicas, o Ribatejo, com Azambuja à cabeça, e o município oestino de Alenquer vão liderar este processo. Salvaterra de Magos é uma espécie de concelho piloto para o que podemos esperar, embora os parques já existentes não se comparem com os que estão previstos para a margem direita do Tejo
|
De Azambuja, a Benavente, de Vila Franca a Alenquer e só para dar este exemplo, as queixas dos utentes dos centros e extensões de saúde repetem-se: é cada vez mais difícil arranjar uma consulta. O quadro foi piorado com a pandemia, mas há situações que já vêm de trás
|
Os promotores do parque fotovoltaico na Torre Bela definem a passagem de linhas de muito alta tensão do projeto por cima da aldeia, que convive há décadas com este tipo de realidade e não quer ser sobrecarregada. Segundo os moradores, cerca de 25 pessoas da aldeia, com menos de 60 anos morreram de cancro nos últimos 15 a 20 anos
|
Vertical Divider
|
Notícias Mais Populares
Socorristas da Cruz Vermelha hospitalizados durante uma ocorrência Central Fotovoltaica da Iberdrola agora de pedra e cal no concelho de Alenquer Vila Franca Centro fechou há seis anos mas os problemas continuam Série “Glória” da Netflix deixou sabor agridoce na terra O percurso imparável da médica Lurdes Queimado que hoje é investigadora de topo nos Estados Unidos |