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Editorial: "A Liberdade de Imprensa no 25 de Abril"



"Foram mais de 40 anos amordaçados a um medo que ainda hoje está patente nas mesas de café, em casa, e nos locais públicos, nomeadamente, junto das populações mais velhas que sofreram na pele os medos e a repressão de um regime"


Miguel António Rodrigues
30-04-2019 às 11:18


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No ano em que a Revolução dos Cravos celebra 45 anos, a imprensa dita livre tem assumido um papel cada vez mais importante na investigação e esclarecimento da opinião pública. Goste-se ou não se goste de determinado jornal, certo é que casos como o “Processo Casa Pia”, “Sócrates” ou mais recentemente os escândalos da IURD, têm saltado para as primeiras páginas dos jornais e aos poucos desvendado verdades que cada um de nós sabia, mas sempre duvidou no seu íntimo.

O que é certo é que a imprensa livre, tem tido um papel fundamental no “rasgar” de certas mentalidades e “medos” que amordaçam, embora de forma inconsciente, a população à volta de temas mais ou menos fraturantes.

Foram mais de 40 anos amordaçados a um medo que ainda hoje está patente nas mesas de café, em casa, e nos locais públicos, nomeadamente, junto das populações mais velhas que sofreram na pele os medos e a repressão de um regime que terminou a 25 de abril do ano de 1974.

As novas gerações são mais destemidas. Usam outros meios para comunicar, embora muitas das vezes não saibam os limites da verdadeira democracia. A nossa liberdade começa onde acaba a do outro e vice-versa, mas esta parece ser uma situação desconhecida para muitos que usam as redes sociais sem pensar nas consequências das acusações que fazem a outros cidadãos.

Este será no futuro o desafio para as populações. As redes sociais disseminam-se pelo mundo, e embora tenham também aspetos positivos, são elas também muitas vezes nocivas à sociedade.

Aprender a lidar com este fenómeno e apelar à autorregulação de cada um será no futuro, algo que terá de passar pela consciência de todos. Não sendo eu adepto de que se criem leis para limitar a liberdade de expressão, concluo que tal fenómeno só acabará quando das duas uma: Existir uma consciência na sociedade de que certas acusações necessitam de fundamento, ou, as plataformas possam criar mecanismos de validação. Algo que me parece impossível para já num futuro próximo, em que a tecnologia ficou ao preço da chuva, e onde todos podem ter um página de Facebook, um site, ou simplesmente acesso a fóruns televisivos ou radiofónicos, sem qualquer filtro prévio.

Por cá fazemos a nossa parte na denúncia dos problemas que nos aparecem. Foi assim com a reportagem com a cidadã britânica a residir em Aveiras de Cima, em 2018, foi assim noutros casos em que demos a voz à população sem nunca perder o foco de ouvir ambas as partes na mesma notícia. Dar a cara por um problema que nos afeta nem sempre é fácil para o cidadão, que não quer implicar outros poderes ou vozes maiores, por medo, por receio de perda de um posto de trabalho, por medo de represálias ou exclusão social. Sendo esse medo, um fator que torna ainda mais difícil o nosso trabalho. Falta fazer um pouco de 25 de abril nesse aspeto. 

Aliás este é o nosso propósito. O Valor Local não é um jornal sensacionalista, e observa sempre os dois lados da questão. Talvez por isso, seja muitas vezes pressionado a não editar certos conteúdos, porque ao contrário de outros pseudoprojectos não temos uma agenda escondida.

Assim, fazemos jus à nossa liberdade de imprensa. Mantendo-nos livres de qualquer pressão, venha ela de onde vier, preferindo perder algum imediatismo, a publicá-las sem observar todos os aspetos da mesma.

Sobre este propósito, cabe-me esclarecer também que o Valor Local não tem o Facebook como fonte. É certo que a rede social é um bom instrumento de trabalho, mas nem sempre é possível identificar a origem da conta.


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No futuro é importante selecionar as fontes. Só assim podemos livrar-nos das notícias falsas ou das falsas notícias, que inundam a nossa imprensa, fazendo com que o dia 1 de abril seja todos os dias, manipulando assim os jornais e os leitores.
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Por tudo isto e muito mais, o 25 de abril foi importante. Os lápis azuis acabaram. Já existe forma de dar a volta a isso. 

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