Empresas obrigadas a reparar caminho que liga às pedreiras de AlenquerNesta altura, a Câmara Municipal aguarda pela apresentação de um projeto
Sílvia Agostinho
30-01-2019 às 17:14 A Proteção Civil de Alenquer continua a manter encerrada a estrada que liga a Estrada Nacional 518 à Aldeia do Bairro, zona de laboração de pedreiras. Nesta altura, a Câmara Municipal de Alenquer aguarda pela apresentação de um projeto por parte das empresas com atividade extrativa no local, com vista à recuperação do caminho, e a suas expensas.
A tragédia de Borba ocorrida a 19 de novembro com o colapso da estrada municipal 255, onde cinco pessoas acabariam por perder a vida no seu atravessamento, junto à atividade de extração de pedreiras de mármore, veio soar todas as campainhas. No caso de Alenquer, e da via em causa, o troço encerrado atravessa a Serra de Ota e não oferece condições para a circulação automóvel. Pedro Folgado, presidente da Câmara Municipal de Alenquer, refere que neste momento encontra-se a aguardar pelo projeto, que será validado pela autarquia. O autarca crê que esta é uma situação que não se deverá arrastar por “muito mais tempo”. As condições meteorológicas têm atrasado o desenrolar das obras, mas de acordo com o autarca, deverão arrancar a breve trecho. A inclinação é um dos fatores que está a ser estudado, porque a estrada deve conhecer um trajeto “um pouco mais abaixo”. Pedro Folgado não esconde que o que aconteceu em Borba acelerou o processo nas pedreiras em Alenquer, pese embora “já tivesse sido detetado ali um problema”. Recorde-se que em reunião de Câmara, a CDU questionou da existência de crateras abertas, sem se ter em conta os devidos planos de recuperação”, e incitou a Câmara a fazer pressão junto do ministério da Economia no sentido de serem apresentados relatórios com mais regularidade. A Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do concelho de Alenquer (ALAMBI) tem alertado para o facto de as empresas do setor extrativo que laboram no concelho não terem apresentado ao longo dos anos os respetivos planos de recuperação paisagística. Folgado refere que esta questão não foi falada na reunião tida com as diferentes empresas.
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