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Covid 19-Empresas de Azambuja podem encerrar de novo se prevaricaremA garantia foi dada pelo Secretário de Estado Duarte Cordeiro ao Valor Local
Miguel António Rodrigues
11-05-2020 às 13:58 |
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As autoridades de saúde estão a acompanhar de perto o desenrolar dos acontecimentos nas empresas de Azambuja, depois da Avipronto ter registado 101 casos de trabalhadores infetados com Covid-19. Mas caso sejam desencadeados novos casos, a garantia é para encerramento imediato, referiu Duarte Cordeiro, coordenador Covid para a região, ao nosso jornal.
Esta manhã cerca de 30 das 35 empresas do setor da logística de Azambuja, compareceram numa reunião convocada pela Câmara de Azambuja e pelo Governo para dar conta do ponto da situação. Duarte Cordeiro, Secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e coordenador do Covid para a região de Lisboa e Vale do Tejo, salientou que este encontro serviu para articular procedimentos entre as empresas e autoridades de saúde, mas reforçou que existe uma monitorização por parte das autoridades. Em conferência de imprensa, Duarte Cordeiro disse que o Governo está preocupado com a forma como os trabalhadores das logísticas viajam nos comboios e anunciou "uma reunião com a CP para tentar encontrar medidas que melhorem a circulação dos passageiros" depois de serem conhecidas as imagens divulgadas pelo Valor Local de inúmeros trabalhadores "amontoados" nas carruagens até ao local de trabalho, nomeadamente, no apeadeiro do Espadanal. PUB
"Ficámos com a ideia que as empresas estão atentas e a ter cuidado no que toca à aplicação das recomendações das autoridades de saúde".
O secretário de Estado refere que "é tempo de passar uma imagem pedagógica de que as empresas devem ter um comportamento preventivo" e sublinha ter essa noção, nomeadamente, no que toca à "distribuição dos trabalhadores por turnos". Duarte Cordeiro referiu numa pergunta efetuada pelo Valor Local que as empresas podem vir a encerrar de novo, caso não cumpram as regras e reforça que as mesmas têm obrigação de o relatar às autoridades de saúde "para que possamos atuar de forma mais célere possível". "Não nos pouparemos a nenhum esforço se tivermos de testar todos os trabalhadores numa empresa se um der positivo" reforça o governante. Avipronto regressou hoje ao trabalho O presidente do grupo onde se insere a Avipronto, Luís Vieira garante que a empresa está a cumprir as normas de funcionamento. O responsável garantiu em declarações ao jornalistas que "já antes do dia 26 de março que tem feito testes aos trabalhadores". O responsável salienta que, nesta altura, estão a operara apenas 30 trabalhadores num universo de cerca de uma centena que não estão infetados com o Covid-19. Luís Vieira salienta que a empresa tem regras próprias e que todos os trabalhadores passam por várias fases de higienização até chegarem à de abate e embalamento. O responsável garantiu que elementos da Direção Geral de Alimentação e Veterinária estão "em permanência na empresa e verificam todos os procedimentos em termos de de segurança e higienizacão das instalações e não há nenhum produto que saia sem essa inspeção". Ao Valor Local, o responsável sublinhou que todos os trabalhadores são agora alvo de medições de temperatura, sejam trabalhadores do quadro ou contratados através de empresas. Luís Vieira vincou entretanto que já está prevista a relocalização de trabalhadores de outras unidades para Azambuja. 
Presidente do grupo Avipronto, Luís Vieira
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