Escola Grandella em Tagarro é um estorvo para empresa que a ocupa à borla desde 2008
Empresa ainda quis ser ressarcida das obras mas desistiu. Bolina também já foi intimada a despejar as instalações da EPAC na sede de concelho.
| 13 Jun 2021 19:31
Sílvia Agostinho A Escola Almeida Grandella em Tagarro vai ser devolvida à Câmara de Azambuja. Em reunião de Câmara, o vereador da CDU David Mendes questionou sobre qual o ponto de situação deste imóvel. Em 2008 foi firmado um contrato em regime de direito de superfície para 99 anos com uma empresa de fatos de banho, a Ocean Othon – Investimentos Turísticos SA, atualmente insolvente. Era presidente de Câmara, Joaquim Ramos, falecido em março deste ano. A empresa fez obras neste espaço que é uma das cinco escolas Grandella do país, mas logo depois quis passar as instalações e sem dar disso conhecimento à autarquia. À época o blogue Estado Velho denunciou a existência de um anúncio na internet para cedência do espaço o que causou um grande burburinho naquela altura, com a Câmara a ser obrigada a intervir juridicamente.
Luís de Sousa, atual presidente da Câmara, referiu que nesta altura a empresa está disponível para entregar o mais depressa possível as chaves à Câmara. Há muito tempo que não se vê vivalma por aquelas instalações que permanecem desocupadas. Numa primeira fase, a empresa disse que queria ser ressarcida dos investimentos, mas nesta altura já está disponível para fazer as malas em definitivo. O protocolo deverá ser extinto entretanto. Do tempo de Joaquim Ramos permanece apenas o contrato com a Bolina, mas esta empresa cervejeira já há muito que deixou de ter atividade nas instalações da EPAC, em Azambuja, também cedidas em direito de superfície. A empresa foi de abalada para novas instalações em Lisboa no ano passado. A placa identificativa da empresa ainda está na EPAC. A MMCL Cervejeiros assentou arraiais em Azambuja em 2014 com o objetivo de produzir cerveja naquelas instalações sem ter de pagar renda. Recuperou o edifício, mas teria de dinamizar uma espécie de museu da cerveja junto das escolas que nunca o fez. Segundo apurámos ainda não retiraram o material do interior das instalações. O presidente da Câmara adianta ao Valor Local que o gabinete jurídico está a tratar deste assunto já tendo sido intimada a empresa a devolver as chaves para que o município possa reaver o edifício. O autarca que apenas liderará o executivo até ao último trimestre do ano, não coloca de parte que possa servir de novo para interesses privados quer uma quer outra instalação, mas ainda nada está decidido nesse sentido. Deixe a sua Opinião sobre este Artigo
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