Estacionamento pago é rentável para os municípios
Em Alenquer, só nos primeiros seis meses obteve-se 30 mil euros de receita. Azambuja continua a estudar o dossier e o Cartaxo também. Miguel António Rodrigues 08-10-2015 às 17:35 O estacionamento pago tem sido em algumas localidades um fator importante de receita para os municípios ao mesmo tempo que tenta disciplinar o parqueamento. Na nossa região, os concelhos de Vila Franca de Xira, Arruda dos Vinhos, Alenquer e Cartaxo, têm esse mesmo serviço, qua ainda assim vai possibilitando algumas receitas, ao mesmo tempo que vai criando dores de cabeça aos automobilistas, que têm de encontrar uma alternativa grátis, o que em muitos casos, se situa fora das localidades ou do epicentro das mesmas.
É o que acontece por exemplo em Alenquer, onde o estacionamento pago nas principais ruas da vila, e junto aos Paços do Concelho, obriga os condutores a procurarem alternativas em parques onde a sinalização não abunda, faltando segurança ou um piso alcatroado. Desde que assumiu o mandato, Pedro Folgado e a sua equipa, voltaram a colocar os parquímetros em ação. Tal veio a disciplinar o estacionamento abusivo e por incrível que pareça, fez com que num dia de semana, existissem locais de estacionamento disponíveis na vila, coisa que não acontecia anteriormente. Na vila de Alenquer, existem atualmente cerca de 1100 lugares, sendo que, 250 são pagos, o que corresponde a 23% do total de lugares disponíveis. De acordo com informação do município de Alenquer, no só no primeiro semestre deste ano, a Câmara assegurou cerca de 30 mil euros de receita. Todavia e pese embora o fato de muitos pagarem estacionamento, ainda há quem tente fugir ao seu pagamento, sendo que por essa via o município arrecadou perto de 5.600 euros, valor esse que resultou as coimas passadas pelos fiscais da Câmara de Alenquer. Contudo, os equipamentos que estão de volta ao serviço praticamente desde 2013, também precisam de manutenção, e nesse âmbito a empresa que procede ao serviço, cobrou perto de 13 mil euros. Segundo Dora Pereira, vereadora com este pelouro na Câmara de Alenquer o balanço do serviço é positivo, embora reconheça que tal é uma questão “complexa e não consensual”. Ao Valor Local, a vereadora esclarece que esta apreciação não está relacionada com a questão económica da medida, mas com questões relacionadas em cadeia com a “implementação de posturas de trânsito e a fiscalização permitir disciplinar o estacionamento na vila de Alenquer”. Ao nosso Jornal, a vereadora vinca que não está prevista qualquer alteração de tarifas para o próximo ano, mas ressalva que “estamos atentos e sempre disponíveis para implementar medidas que possam ir de encontro às expectativas da população”. Para a vereadora “ não há sistemas perfeitos e há sempre aspetos passíveis de melhoria” a anuncia a avaliação da possibilidade “de tornar gratuito um período inicial do estacionamento”. Cartaxo ainda a estudar as melhores hipóteses Já no que toca ao município do Cartaxo. O município não respondeu às questões colocadas pelo Valor Local, tendo enviado uma súmula de posições de Pedro Ribeiro, presidente da Câmara. A nota do gabinete de imprensa remete para uma reunião a 20 de maio onde foi apresentada à população uma nova proposta de regulamento de trânsito, que ainda está em fase de elaboração, aludindo que a mesma proposta será dada a conhecer aos munícipes e à comunicação social aquando da sua conclusão. Em causa está o tarifário a pagar e o regulamento de estacionamento, em algumas zonas nobres, como a Rua Batalhoz e zonas limítrofes, sendo que este mesmo regulamento vai incidir sobre o estacionamento à superfície e no único estacionamento subterrâneo junto aos paços do concelho e que ainda é de utilização gratuita. Em aberto, está a entrega “da exploração do estacionamento a uma empresa destinada a permitir uma entrada rápida de dinheiro nos cofres da Câmara”. Em apreciação no site do município, está de resto um documento, elaborado por uma empresa da especialidade, que prevê por exemplo a redução dos lugares pagos, para menos de metade. O documento prevê “três níveis de taxas para zonas diferentes” que tem em conta a rotatividade para o comércio, uma outra para serviços públicos e finalmente um outro local que corresponde ao parque subterrâneo com 188 lugares disponíveis e possibilidade de avenças mensais. Azambuja insiste no parqueamento pago Desde que foram construídos por alturas da Expo98, os parques de estacionamento junto à linha de comboio, que estes têm sido apontados como lugares preferenciais para afastar da vila o estacionamento abusivo. O assunto foi muitas vezes abordado, e todas as autoridades locais entenderam que essa é a melhor forma de evitar com que as pessoas que trabalham em Lisboa, deixem os seus veículos dentro da vila todo o dia, roubando lugares de estacionamento e impedindo as cargas e descargas. Luís de Sousa, presidente do município de Azambuja, vinca por seu lado que esta é uma questão que continua na ordem do dia, e que a Câmara está a fazer todos os esforços para em breve avançar com o estacionamento pago, e assim disciplinar os condutores, ao mesmo tempo que liberta lugares na vila. O presidente da Câmara vinca que teve recentemente uma reunião com a CP, onde esse assunto foi abordado. Luís de Sousa avança que a empresa tem parcerias com algumas câmaras e portanto afiançou ao Valor Local que está a aguardar o envio de dossiers nesse sentido. Segundo o edil, também o estacionamento junto à linha não será gratuito. A CP garante a parceria, ao mesmo tempo, que garante também preços mais baratos e alguma vigilância para quem deixe ali os seus veículos parqueados. Já quanto às principais ruas da vila, a Engenheiro Moniz da Maia e Victor Cordon, o município garante que o estacionamento pago vai mesmo avançar, mesmo contra algumas vozes que sabe que serão discordantes. Luís de Sousa salienta que o comércio está a ser acautelado e por isso já se reuniu com a Associação Comercio e Industria do Município se Azambuja (ACISMA) de forma a acautelar o bom funcionamento do comércio local. O autarca refere que este serviço será útil, até porque no dia-a-dia, as pessoas “querem vir à câmara, ao banco ou ao comércio e não têm lugar de estacionamento”. A Acisma está de resto em concordância com o município. Todavia, Daniel Claro, porta-voz da instituição salienta a necessidade da primeira hora ser grátis, para que esta medida não seja contraproducente e afete as famílias, nomeadamente, para quem deseje almoçar nos restaurantes locais. |
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