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Estacionamento pago em Azambuja continua a gerar discussão
Já em 2010, a Câmara fez uma tentativa em quase tudo semelhante à que neste momento está na ordem do dia, da qual se aguarda o desenlace
Sílvia Agostinho
​20-09-2018 às 12:32
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Continua na ordem do dia a questão do estacionamento pago na sede de concelho em Azambuja. Depois da notícia do Valor Local que dava conta do facto de o estacionamento também passar a ser tarifado no parque junto à CP após obras de beneficiação do espaço, a questão foi levantada na última reunião de Câmara tendo em conta que a autarquia estará a equacionar a tarifa de um euro por dia para os utentes da CP, algo que pode vir a ter um impacto de 22 euros por mês no caso de quem trabalha de segunda a sexta nas localidades servidas pelos comboios da CP, nomeadamente, a sul do concelho.
 
Luís de Sousa referiu que tudo está em aberto ainda quanto ao que se pode vir a seguir quanto a preços, já que o projeto ainda está em papel e a ser alvo de um estudo. Estará a ser pensado um cartão para residentes naquela zona da vila em que o estacionamento no novo parque a surgir junto à CP será gratuito. Contudo o autarca voltou a salientar o parque junto à Praça de Touros que não será taxado. Os parquímetros ao longo das ruas Vítor Cordon e Engenheiro Moniz da Maia serão instalados com preços semelhantes aos praticados em municípios vizinhos, com a possibilidade de os primeiros 15 minutos serem grátis.
 
Já em 2010, a Câmara fez uma tentativa em quase tudo semelhante à que neste momento está na ordem do dia: melhoramento do parque da estação com gestão privada e a atribuição de um preço fixo por dia ou mês para os utilizadores da CP, e a instalação dos parquímetros nas duas principais artérias da vila. Para sabermos o que correu mal à época que levou ao abandono do projeto, o anterior presidente da Câmara Joaquim Ramos responde a três perguntas do Valor Local, (ler coluna ao lado)

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​Três perguntas a Joaquim Ramos, antigo presidente da Câmara
 
1. Em 2010 e através da EMIA a Câmara Municipal estaria prestes a adjudicar a concessão à Tecnovia do estacionamento pago na vila de Azambuja, o que fez parar todo o processo à época?
 Em 2010 a EMIA chegou a negociar essa concessão com a Tecnovia – que, aliás, foi a única empresa concorrente ao concurso público lançado para o efeito. É claro que qualquer adjudicação teria que ser confirmada pela Câmara e pela Assembleia Municipais, é o que diz a lei a respeito de concessões. O que se abriu foi um processo de negociações com a Tecnovia, partindo de dois princípios básicos:  eles, Tecnovia, construiriam os dois parques ao lado da estação, com alcatroamento, marcações, iluminação, acesso à estação e portaria. Seria fixada uma tarifa mensal – salvo erro falou-se em 10 €/mês- para os utentes da C.P., que são quem efectivamente enche Azambuja de carros estacionados durante todo o dia. O segundo princípio era a instalação de parquímetros no casco antigo da Vila, com tarifas mais elevadas para dissuadir as estadias de longa duração, mas salvaguardando que haveria um lugar de estacionamento por residente na zona tarifada.
O que aconteceu na verdade é que os comerciantes começaram a exigir também um lugar de estacionamento, os moradores que tinham dois carros: dois lugares de estacionamento e, quando se fizeram as contas, o número de estacionamentos que tinham que ser reservados era maior que o número dos que existiam!

2. É dito, à época, pela oposição que para haver uma taxa de rentabilidade agradável para a empresa teria de se fazer aumentar com preponderância os valores a pagar pelos munícipes/utilizadores do estacionamento, foi essa uma das razões para que não se tivesse ido para a frente?
Que me lembre, a Oposição não era contra o princípio. Toda a gente reconhecia que era preciso tomar medidas para tirar o estacionamento de longa duração do interior da Vila. Seria benéfico para tudo, especialmente para o comércio local. Manifestavam-se era contra a forma como seria feito. O PCP, por ideologia, naturalmente, achava que devia ser tudo feito pela Câmara e de borla. O PSD andava um bocado a tatear sem saber para que lado cair, mas sempre a fazer barulho com o assunto.
Mas na verdade não foi pela Oposição que a ideia caiu. Foi pelo que disse em cima. Não havendo lugares para tarifar no interior da Vila – na zona central há poucos e os que há seriam reservados a comerciantes e moradores -, as receitas da Tecnovia seriam apenas as dos parques exteriores à CP. Como nós, Câmara, considerávamos que as tarifas nesses parques teriam que ser baixas, a empresa considerou que iria perder dinheiro face aos investimentos que teria que fazer e desinteressou-se do assunto.

3.Tendo em conta a sua experiência a resolução do problema na sede de concelho passa por que soluções?
 Eu penso que a resolução passa exatamente pelo que estava planeado. Não vejo outra alternativa. Não me venham cá com histórias de posturas municipais a proibir mais do que uma hora de estacionamento aqui e ali e hordas de fiscais a passar multas tipo EMEL. Só tarifando o casco velho da vila sem contemplações para reivindicações absurdas é que se resolve o problema. E criando condições de estacionamento com segurança nos parques anexos à CP. Sei que a atual Câmara está em contactos com a CP ou a REFER com este objetivo. Parece-me um bom caminho, mas acho sinceramente que se deveria dar uma carácter empresarial a qualquer estrutura que gerisse o estacionamento da Vila – à semelhança, aliás, do que se faz nas cidades e vilas portuguesas que têm sistemas de estacionamento tarifado eficazes.
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