ETVO: GEOTA queixa-se de informação ainda muito vaga por parte da Valorsul
João Dias Coelho esteve no especial da Rádio Valor Local e falou sobre a possibilidade de instalação de uma Estação de Tratamento e Valorização Orgânica em Arranhó
|03 Jul 2022 18:30
Sílvia Agostinho João Dias Coelho, presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), durante o programa “Hora Extra Especial” que a Rádio Valor Local levou a efeito uns dias antes do referendo, sublinhou que a criação de uma nova ETVO terá mesmo de ser uma realidade por força da diretiva europeia que foi transporta para o decreto-lei 102-D/2020, de 10 de dezembro. O dirigente da GEOTA refere que não obteve informação suplementar por parte da Valorsul quanto a este projeto porque ainda “estão a estudar localizações”, bem como outros aspetos de que se vai revestir a ETVO “como a tecnologia a ser empregue”, ou seja “ainda estão na fase dos estudos preliminares”.
A ETVO da Amadora que foi construída nos primeiros anos da década de 2000 não chega para a demanda do tratamento do lixo orgânico, pelo que num dos 19 concelhos terá de surgir, inevitavelmente, um equipamento semelhante, e que será sempre mais evoluído do que um aterro ou a opção pela queima dos resíduos. “Uma ETVO não vai tratar resíduos perigosos e à partida se estiver bem construída não trará problemas à saúde pública, até porque estamos a falar de restos de comida, grosso modo”, refere, salvaguardando que a demasiada proximidade que este projeto teria em relação às casas de apenas 100 metros é um senão na sua opinião. João Dias Coelho acrescenta que nenhum projeto com esta envergadura deixará de ter uma avaliação de impacte ambiental. Mesmo na componente dos maus cheiros refere que podem ser usadas tecnologias bastante eficientes na diminuição dos odores, “com uma estação de desodorização conforme existe na instalação em Mafra da Tratolixo”. Outra componente importante, onde quer que venha a ser instalada a ETVO neste ou noutro concelho da Valorsul, é a existência de um estudo de ventos, para se perceber a sua orientação. Por outro lado, importa saber como será a compostagem, nomeadamente, se a hipótese será em túnel fechado como acontece em Mafra. O nível de exigência na taxa de reciclagem nos resíduos urbanos no nosso país aponta para 60 por cento até 2030, com deposição no máximo de 10 por cento de resíduos em aterro até 2030 “o que será muito difícil pois estamos a depositar 56 por cento de lixos urbanos em aterro, e há que fazer um trabalho muito intenso nestas políticas”. |
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