Fábio Morgado serve “Discos a Pedido” aos fins de semana na Rádio Valor Local
Cada semana, em destaque, uma determinada variante musical
|15 Fev 2021 10:28
Sílvia Carvalho d'Almeida Fábio Morgado considera-se mais um curador de música do que propriamente um DJ. Atualmente com o programa “Discos a Pedido” na Rádio Valor Local ao Sábado e Domingo entre a meia noite e as duas da manhã, diz que o seu percurso nesta área se deveu a muito “autodidatismo e instinto”.
O sonho de infância de se tornar juiz fê-lo ingressar no curso de Direito. No entanto, rapidamente se apercebeu de que queria ser advogado. A música nunca deixou por isso de ser um hobby. É da opinião de que “a vida devia ter uma banda sonora com música a tocar a toda a hora”, e uma vez que isso não acontece, “o mais que se pode fazer é selecionar a música que se quer pôr a tocar a cada momento, por exemplo, quando se está a trabalhar, quando se está em casa, ou em viagem”, atividade que sempre gostou muito de fazer. O advogado de 32 anos fez parte de uma orquestra filarmónica na adolescência, e tem familiares ligados à música. O pai que “sempre foi músico”, contribuiu para que desenvolvesse este gosto. O irmão, é produtor musical. Para além disto, conta-nos que em sua casa “sempre se ouviu dos mais variados estilos como rock, pop, reggae.” Foi apenas “por piada” que, depois de acabar o curso de advocacia, encomendou um controlador que lhe permitiu dar os primeiros passos como DJ. Estreou-se numa festa da Juventude de Arruda dos Vinhos, para a qual foi convidado para fazer a abertura. A partir daí os convites não pararam de surgir. Recorda especialmente uma ida ao Bar 36 no Bairro Alto, em Lisboa, que é considerado a meca do Hip Hop, no entanto, a maioria dos seus espetáculos tem sido em Arruda dos Vinhos. Fábio diz-nos que é certamente o “DJ mais barato que existe”, pois, uma vez que se trata de fazer algo por prazer, ou seja, passar as canções que mais gosta de ouvir, nunca consegue “cobrar nada pelos espetáculos”. Como nos conta, durante o primeiro confinamento da pandemia de Covid-19, fez uma seleção musical para os que se encontravam em casa, mas foi na Rádio Valor Local que teve a oportunidade de ter um nível de alcance maior ao nível de ouvintes. O que o distingue da concorrência, é que cada programa musical “é dedicado a determinada vertente musical". “Numa semana temos os anos 60, e se for preciso, na semana seguinte temos Hip Hop de 2000.” Isto dá-lhe a oportunidade para investigar, o que lhe “dá muito gozo fazer”. Há “muita variedade, e tenta-se chegar” ao maior número de pessoas possível. Segundo nos diz, a experiência está a correr “muito bem”. Fábio é eclético nos seus gostos. Os seus estilos musicais favoritos são o jazz, o hip hop, o rap americano e português, música dos anos 60 e 70, o soul, o funk e o disco. Sendo advogado e também autarca, garante que o seu dia não tem mais de 24 horas. Esclarece que se trata antes de “aprender a conjugar muito bem o tempo”, e de abdicar de algumas atividades como ver televisão, ou por exemplo “fazer coleções de selos.” Sendo uma atividade que lhe “ocupa algum tempo”, assegura que não é tempo perdido, antes pelo contrário, é tempo que ganha a “adquirir conhecimento, nomeadamente musical”. |
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