Fábrica das Palavras conseguiu cativar mil novos inscritos no primeiro ano
A nova biblioteca pretende assumir-se cada vez mais como um pólo cultural na região de Lisboa Sílvia Agostinho 27-09-2015 às 19:49 A 20 de setembro de 2014, era inaugurado o novo edifício da biblioteca de Vila Franca de Xira, agora batizada de Fábrica das Palavras. Após um ano e prosseguindo o ensejo de se tornar num ex-libris cultural do concelho, e não só, é tempo de balanço, que a autarquia, ao Valor Local, considera como “extremamente positivo”.
O vereador da Cultura, Fernando Paulo Ferreira reflete que essa conclusão é possível aferir tendo como ponto de partidas “as novas vivências que o equipamento e a sua localização têm proporcionado à população da cidade, que desfruta hoje do passeio ribeirinho de um modo mais completo, ou seja, a existência da Fábrica das Palavras permite à comunidade uma interação com o rio Tejo e as lezírias”. É por isso um local que permite momentos de pausa, mas também de fruição cultural. Apesar de todo o glamour que o espaço oferece, a verdade é que em várias ocasiões, a oferta cultural não conseguiu congregar uma audiência em número à altura de alguns dos autores convidados pelo departamento de programação cultural do espaço. O vereador recusa falar em “resistência cultural”, e prefere falar na “imperiosa necessidade de combatermos os – ainda - fracos índices de literacia que, registando uma evolução acentuada de há cerca de 40 anos a esta parte, são ainda preocupantes a um nível nacional”. Significa isto que os públicos são facilmente atraídos para uma sessão cujo autor lhe seja “familiar”, seja por promoção mediática ou editorial, e já não tanto para outros que, apesar das provas dadas em termos de uma carreira literária consolidada e de qualidade, não integram, atualmente, os escaparates das livrarias. “A cultura é um mundo tão vasto e, simultaneamente, tão poderoso ao nível do despertar de consciências, construção de pensamento crítico, abertura de horizontes que, a nosso ver, não se coaduna com a contagem de público numa sessão determinada”, prefere concretizar desta forma o município que coloca, antes, o acento tónico no ecletismo da oferta: “O importante é levar aos nossos públicos um conjunto de ofertas de caráter diversificado”. “Se hoje tivermos 20 pessoas e amanhã 50 ou 100, é claro que faremos sempre uma leitura atenta às nossas propostas, mas não deixaremos cair o nosso grau de exigência e ecletismo, porque é este, a nosso ver, o caminho para a construção de públicos da Cultura.” Tendo em conta a nova estrutura física, o acervo foi recheado com novas obras, indo ao encontro das preferências do público-leitor e, por outro, das obras (livros, cd’s e dvd’s) de edição recente Ao longo do último ano, foram adquiridos cerca de 200 novos títulos No espaço de um ano a biblioteca recebeu cerca de mil novas inscrições, 46 por cento da cidade de Vila Franca de Xira, 34 por cento de outras cidades e localidades do território concelhio, os restantes 20 por cento de diversos pontos do país, desde Leiria a Évora por exemplo. A Fábrica das Palavras pretende assumir-se cada vez mais coo um pólo cultural na região de Lisboa. A localização privilegiada, a par de uma “programação cultural pensada e estruturada para os públicos de todas as idades e um horário de funcionamento alargado (encerra apenas à segunda-feira e oferece espetáculos variados, da música jazz aos concertos de música erudita, do cinema para crianças às conferências temáticas, das zonas de biblioteca à zona de cafetaria) com uma vista fantástica e única sobre o Tejo e a lezíria, constituem motivos suficientes para uma visita.” O futuro da nova biblioteca está já ao virar da página, e por isso a autarquia pretende “continuar a apostar numa oferta cultural de qualidade e num serviço de referência em termos da nossa rede de bibliotecas, que é hoje devidamente reconhecido pelos seus pares a nível nacional; indo ao encontro de outros públicos, sejam os que residem fora do concelho, sejam os que, até hoje, não se encontram ainda despertos para as portas que a Cultura pode abrir.” |
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