Falta de condições de trabalho no Arquivo Municipal de Vila Franca
Presidente da autarquia deixa a promessa de que ainda neste mandato o arquivo vai conhecer nova casa
Miguel António Rodrigues
20-03-2016 às 22:00 O Arquivo Municipal de Vila Franca de Xira é por estes dias um local triste e onde as condições de trabalho já conheceram melhores dias. Numa visita de trabalho no âmbito de uma pesquisa, o Valor Local constatou as dificuldades porque que passam as funcionárias daquele espaço. Desde o amontoado de documentos às ratoeiras espalhadas um pouco por toda a sala, o arquivo municipal de Vila Franca necessita mesmo de melhores dias.
O espaço que é alugado, já serve de arquivo vai para mais de trinta anos e por isso a necessidade urgente de obras para preservar a história local é premente. Em declarações ao Valor Local, Alberto Mesquita, presidente do município, diz ter conhecimento das dificuldades dos funcionários. Questionado sobre a existência de ratos, o autarca não se mostrou surpreendido, mas afiançou que este espaço é uma das prioridades até ao final do mandato. O autarca esclarece que o município está “a trabalhar para encontrar uma solução o mais depressa possível”; e lembra que está em curso uma remodelação e consequente melhoramento dos espaços de trabalho, e por isso anuncia que “o arquivo encabeça essas preocupações que temos de resolver”. Para já Alberto Mesquita não avança com a localização exata do novo espaço. Mas ao Valor Local garantiu que “o arquivo será colocado num outro local”. A relocalização do arquivo municipal não implica que algum do acervo deixe de estar nas atuais instalações “pois terá de ser trabalhado e inventariado”, mas de facto “o arquivo vai ainda neste mandato passar para outras instalações, com outras condições e para preservar os documentos que fazem a história da nossa História”. Alberto Mesquita anuncia, por outro lado, as intenções do município em requalificar todo o quarteirão onde está o edifício do Arquivo Municipal. “Temos de encontrar outras soluções de construção que ali se possam vir a fazer. Será um trabalho de fundo porque estamos a falar de alguns edifícios que estão degradados, pelo que muitos deles terão mesmo de ser demolidos para mais tarde se encontrarem outras soluções”. Alberto Mesquita vinca, entretanto, que a requalificação do quarteirão está num horizonte mais alargado, garantindo que pontualmente os serviços “têm vindo a trabalhar em pedidos que nos chegam”, nomeadamente, a nível das acessibilidades necessárias para o local.
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