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Feira de Maio de Azambuja arranca esta Quarta-Feira |
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O certame que assinala 200 edições, remonta a 1819
está de regresso de 30 de maio a 3 de junho. Novos espaços para estacionamento, a aposta na gastronomia e enoturismo concelhio, e o regresso de uma feira dedicada à maquinaria agrícola serão apenas algumas das novidades. |
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Miguel António Rodrigues
Nuno Filipe 28-05-2019 às 18:42 |
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A vila de Azambuja recebe de 30 de maio a 3 de junho mais uma edição da Centenária Feira de Maio. O certame conhecido por ser a feira “mais castiça das festas ribatejanas” assinala este ano 200 edições, um número bastante redondo e que acarreta “mais responsabilidade” segundo o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa, ao nosso jornal.
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Para o autarca, as infraestruturas existentes, nos dias de hoje, são muito mais significativas do que nos primórdios do certame quando este começou como uma feira de comercialização de cavalos para o exército português, lembrando a evolução da feira até aos dias de hoje, desde as varas de eucalipto às atuais tronqueiras.
O autarca refere que o certame deste ano é melhorado em várias áreas, mas que devido ao fato desta ser uma feira “tradicional” não há grande margem para inovar. Luís de Sousa destaca os diversos espetáculos que se realizarão, vincando que este certame serve para divulgar “o nosso concelho fora de portas” e ao mesmo tempo ajudar o comércio local “já que trazemos cá todos os anos, milhares de pessoas”. “Temos de lhes dar algo de que gostem, mas temos de saber receber bem, algo que Azambuja, faz como ninguém”. O presidente da Câmara destaca a aposta na publicidade em meios pouco habituais, como os comboios e autocarros, “para darmos a conhecer a nossa festa e trazer mais gente à Azambuja”. O presidente da Câmara vinca que o caráter tradicional não dá muita margem para alterações, mas este ano à mercê do Feriado da Espiga temos mais um dia de esperas “em colaboração com a União das Tertúlias de Azambuja”. Ao Valor Local, Luís de Sousa salienta que as largadas e as corridas de toiros a cavalo são para si os pontos altos do certame, mas vinca que a feira no seu todo é importante e por isso há sempre pontos de interesse que vão das tertúlias, aos pavilhões das empresas do concelho, passando pela Praça das Freguesias até aos divertimentos. Sobre a tauromaquia, o autarca refere ter “pena” que a Praça de Toiros Ortigão Costa tenha apenas uma ou duas corridas por ano. O autarca que anunciou a construção de um Pavilhão Multiusos no Campo da Feira, bem junto à Praça de Toiros, frisa a sua preocupação “pela pouca rentabilidade da mesma”. “Numa terra em que todos somos aficionados, não devia de existir apenas uma corrida por ano”. “Não digo todos os dias, mas de três em três meses ou de seis em seis meses”, reforça o autarca que diz estranhar a existência de tantos aficionados durante as esperas de toiros “mas que depois não vão às corridas”. Com duzentas edições, a Feira de Maio tem todos os anos inúmeros visitantes. São milhares os forasteiros que durante os habituais cinco dias passam pelo certame. Com eles acresce o número de viaturas e a escassez de locais para estacionar. Este ano, a autarquia resolveu criar mais dois espaços. Um à entrada norte e outro à entrada sul. Luís de Sousa salienta que estes parques gratuitos estarão bem identificados e iluminados. O presidente da Câmara de Azambuja refere que esta medida serva para aumentar a segurança dos utentes na Estrada Nacional 3, já que muitas vezes são às centenas as viaturas estacionadas nas bermas entre Azambuja e a Sugalidal. O autarca refere que esta medida de segurança é importante, tanto mais que serve para evitar situações perigosas e ao mesmo tempo criar uma solução mas cómoda de estacionamento. PUB
Turismo e Atividades Económicas em destaque O vereador do Turismo e Economia da Câmara Municipal de Azambuja António José Matos refere que como é hábito vão ser montadas duas tendas para servirem de casa à mostra das atividades económicas e à Praça das Freguesias. António José Matos recorda que o certame terá alguma evolução, desde logo a começar com o direcionamento de algumas empresas que em 2018 estiveram presentes, mas que este ano vão estar antes na segunda edição da “Azb Emprego”. A aposta vai ser este ano mais focada “no turismo, na nossa gastronomia e no enoturismo”, defende o vereador, nomeadamente, com a iniciativa:“ Azambuja Terra do Torricado” que terá também uma componente “muito forte” nas tasquinhas da Praça das Freguesias. Para o vereador é necessário “criar produto” já que o concelho tem muitas potencialidades, mas estas ainda não estão exploradas devidamente. Mas a Economia também será destaque. Nesse campo o vereador refere a presença do recém-anunciado “HubsLisbon”, porque é uma “grande aposta do município” assim como o setor económico e o artesanato, anunciando também “o reforço de lugares na Praça das Freguesias”. Há, no entanto, alguma inovação no que toca às questões ambientais. António José Matos anuncia a substituição dos habituais copos de plástico mais frágeis, por outros mais duros e reutilizáveis, já que no próximo ano, “os copos que estamos habituados a ver nas ruas depois das esperas de toiros, vão ser proibidos de acordo com uma diretiva europeia.” Nesse campo, o vereador refere que os copos serão usados nos respetivos locais, “mas podem ser levados para casa, até dizem Feira de Maio, e fica de recordação”. Os mesmos têm um custo de 50 cêntimos. Nos espetáculos, o destaque passa pela fadista Cuca Roseta, cuja atuação será no Páteo do Valverde “porque é mais intimista” refere o responsável pelo Turismo que salienta também os espetáculos que decorrerão no jardim urbano e junto à escola secundária, com destaque para a atuação da Banda do Centro Cultural Azambujense. No sábado dia 1 de junho atuará Áurea e uma banda “com um estilo muito jazz”, refere o autarca. Azagrin – Feira Agro Industrial de Azambuja está de regresso
Silvino Lúcio, vereador da Câmara Municipal de Azambuja, anunciou ao Valor Local o regresso da Azagrin. Este é um certame que já não se realizava há perto de 18 anos, tendo desaparecido sensivelmente quando foram instalados os pavilhões das atividades económicas dos sócios, convidados, e inscritos da Acisma, e o artesanato. Depois deste interregno, o vereador Silvino Lúcio que tem o pelouro das feiras e mercados diz estar convicto que este regresso poderá ser definitivo. Segundo Silvino Lúcio, “foi encontrado um espaço que fica num terreno imediatamente antes do local dos divertimentos” e que este poderá vir a ser um “fator de dinamização para o local”. A Azagrin era um certame de exposição onde estavam expostos tratores e maquinaria pesada ligada à agricultura. Nos velhos tempos da feira, fábricas como a Ford e até a Opel, usaram aqueles locais para expor e mostrar novidades em termos automobilísticos naqueles anos. Isto foi algo que foi desaparecendo, com o fim das duas empresas, mas também com a requalificação do Campo da Feira e a chegada dos dois pavilhões. O autarca revela que o local vai contar com exposição de viaturas ligeiras, de trabalho, tratores, alfaias agrícolas, e viaturas elétricas e híbridas fazendo lembrar a antiga Azagrin mas com alguma inovação. O espaço junto aos divertimentos, perto da Escola Secundária, será este ano renovado, e o vereador fala na criação de dois pórticos, um para servir de entrada principal da feira, e um outro que fará a divisão do espaço das atividades equestres para a zona dos divertimentos. O autarca refere ainda que será colocada uma lona desde a primeira entrada até ao local dos divertimentos, com motivos alusivos às freguesias do concelho de Azambuja, com o intuito de dinamizar e dar a conhecer um pouco mais o território. Com tudo isto, o responsável salienta que toda a logística é de facto complicada, e que “tal não seria possível sem os trabalhadores e trabalhadoras do município” que durante estes dias têm por missão montar as tronqueiras para as esperas, montar a praça das freguesias e a restante feira. Uma das missões do município é assegurar que existem condições de segurança e higiene alimentar na Praça do Município. Para tal, Silvino Lúcio refere que a autarquia leva a cabo um plano com os técnicos do município e com os responsáveis de uma empresa do ramo para que nada falte. O autarca salienta que todas as regras são seguidas à risca, e que a ASAE até já colaborou com a autarquia para criar as condições necessárias. Silvino Lúcio recorda um episódio em que a ASAE avisou que vinha à feira sem dizer qual o dia, e uma vez em Azambuja “fez as suas recomendações”. “Sei que dias depois voltaram, sentaram-se, comeram e pediram a fatura e referiram que estava tudo bem”, desabafa o autarca que refere que a autarquia tem criado condições para a confeção das refeições sem reservas. |
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