A cidade do Cartaxo recebe de 19 a 24 de Junho mais uma edição das “Festas das Gentes do Cartaxo”. A iniciativa que está na 9ª edição vai decorrer num clima de austeridade local, com o município cartaxense em contenção e com a própria associação a fazer “das tripas coração” para levar a bom porto as festas de 2015.
De acordo com Fernando Custódio Borges, presidente da comissão administrativa das festas, o orçamento deste ano ronda os 15 mil euros, um valor que não tem sofrido alterações nos últimos anos, e que pelo andar da carruagem, promete ficar por mais alguns anos.
Fernando Custódio vinca que as receitas da publicidade das festas têm decaído, ainda assim, vão valendo alguns patrocínios, como são os casos do Crédito Agrícola do Cartaxo que patrocina um dos toiros, ou da própria junta de freguesia – única entidade que patrocina financeiramente os festejos.
Feitas as contas, as “Gentes do Cartaxo” quase têm de pagar do próprio bolso para que os festejos não deem prejuízo, já que a Câmara do Cartaxo, apenas ajuda com mão-de-obra e a logística inerente ao certame.
Aliás as festas das “Gentes do Cartaxo” são um certame organizado apenas por voluntários, conforme explica Fernando Borges. A associação que passa por uma crise diretiva, procura agora encontrar novos corpos dirigentes, para conseguir formar uma direção.
O atual presidente da comissão administrativa que era até há bem pouco tempo presidente da assembleia geral da associação, destaca que “pegou na associação” pela “paixão” às festas da terra e que, à semelhança de outras coletividades do concelho do Cartaxo, também tem dificuldades em encontrar pessoas disponíveis para a causa.
Por falar em causa, as Gentes do Cartaxo, procuram apoiar questões relacionadas com a solidariedade social. Um desígnio que até ao momento não conseguiu ser cumprido, já que existe dificuldades de ordem financeira para que a associação cumpra este objetivo maior. Todavia e enquanto isso não acontece, as “Gentes do Cartaxo” estão focadas nas festas da terra, que nos últimos anos, têm granjeado novos públicos e fomentado o aparecimento de várias tertúlias à volta do recinto das esperas de toiros.
Essa é aliás, uma das questões que mais cor tem trazido às festas do Cartaxo. Fernando Borges vinca que essas novas tertúlias compõem “o ramalhete” e que isso tem sido um fator dinamizador do certame.
As festas das “Gentes do Cartaxo” apostam como habitualmente este ano nas esperas de toiros, na mesa da tortura e na música, ao mesmo tempo, que algumas tasquinhas vão fazendo petiscos vários para os visitantes que passam pelo Cartaxo.
De acordo com Fernando Custódio Borges, presidente da comissão administrativa das festas, o orçamento deste ano ronda os 15 mil euros, um valor que não tem sofrido alterações nos últimos anos, e que pelo andar da carruagem, promete ficar por mais alguns anos.
Fernando Custódio vinca que as receitas da publicidade das festas têm decaído, ainda assim, vão valendo alguns patrocínios, como são os casos do Crédito Agrícola do Cartaxo que patrocina um dos toiros, ou da própria junta de freguesia – única entidade que patrocina financeiramente os festejos.
Feitas as contas, as “Gentes do Cartaxo” quase têm de pagar do próprio bolso para que os festejos não deem prejuízo, já que a Câmara do Cartaxo, apenas ajuda com mão-de-obra e a logística inerente ao certame.
Aliás as festas das “Gentes do Cartaxo” são um certame organizado apenas por voluntários, conforme explica Fernando Borges. A associação que passa por uma crise diretiva, procura agora encontrar novos corpos dirigentes, para conseguir formar uma direção.
O atual presidente da comissão administrativa que era até há bem pouco tempo presidente da assembleia geral da associação, destaca que “pegou na associação” pela “paixão” às festas da terra e que, à semelhança de outras coletividades do concelho do Cartaxo, também tem dificuldades em encontrar pessoas disponíveis para a causa.
Por falar em causa, as Gentes do Cartaxo, procuram apoiar questões relacionadas com a solidariedade social. Um desígnio que até ao momento não conseguiu ser cumprido, já que existe dificuldades de ordem financeira para que a associação cumpra este objetivo maior. Todavia e enquanto isso não acontece, as “Gentes do Cartaxo” estão focadas nas festas da terra, que nos últimos anos, têm granjeado novos públicos e fomentado o aparecimento de várias tertúlias à volta do recinto das esperas de toiros.
Essa é aliás, uma das questões que mais cor tem trazido às festas do Cartaxo. Fernando Borges vinca que essas novas tertúlias compõem “o ramalhete” e que isso tem sido um fator dinamizador do certame.
As festas das “Gentes do Cartaxo” apostam como habitualmente este ano nas esperas de toiros, na mesa da tortura e na música, ao mesmo tempo, que algumas tasquinhas vão fazendo petiscos vários para os visitantes que passam pelo Cartaxo.
Comerciantes com pouca fé nas festas
Longe parecem ir os tempos em que o comércio do Cartaxo lucrava com o calendário da feira dos Santos ou das demais festas. Ouvimos alguns comerciantes das casas mais antigas da Rua Batalhoz que não atribuem grande importância às Festas das Gentes do Cartaxo no que respeita aos seus estabelecimentos. Sendo que as obras do parque de estacionamento ainda vieram piorar o cenário.
Longe parecem ir os tempos em que o comércio do Cartaxo lucrava com o calendário da feira dos Santos ou das demais festas. Ouvimos alguns comerciantes das casas mais antigas da Rua Batalhoz que não atribuem grande importância às Festas das Gentes do Cartaxo no que respeita aos seus estabelecimentos. Sendo que as obras do parque de estacionamento ainda vieram piorar o cenário.

Frederico Guedes (Drogaria Guedes) – “As festas não trazem grandes benefícios, para além de que com as obras, esta zona do comércio tradicional ficou completamente desprotegida e estagnada. Temos uma luta diária com poucos resultados. Cortaram uma estrada que dava acesso direto ao coração comercial da cidade, o que é o equivalente a apertarem-lhe o pescoço. Sou muito bairrista e ribatejano, e faço questão de participar nas festas, mas sou franco: Penso que, apenas, influenciam positivamente alguma restauração. Contudo, até tenho ouvido dizer que as próprias festas podem estar em risco, ou porque as pessoas não aderem ou porque não há poder de compra. A nossa terra está muitíssimo estagnada, e não estou a ser pessimista.”

Paulo Lambéria (Casa Brincheiro) – “Penso que as festas não têm grande repercussão no comércio, apesar de terem um impacto positivo no Cartaxo e no concelho. Contudo, vivemos em tempos de “omeletes sem ovos”, e sem dinheiro não podemos esperar muito das festas, que se desenrolam da parte debaixo da cidade, enquanto a zona comercial fica no lado oposto, e quando o comércio está fechado. O centro da cidade esteve demasiado tempo fechado ao trânsito, devido às obras do parque estacionamento, e os clientes desabituaram-se de vir a esta zona.

Maria José (Século XVII) – “O fluxo de visitantes concentra-se sobretudo na parte debaixo da cidade. Quando a Feira dos Santos passava por aqui, saíamos mais beneficiados. Antigamente as senhoras vinham com os maridos ao Cartaxo, estes seguiam para as touradas e elas ficavam pela Rua Batalhoz a fazer compras. Com esta festa não tiramos quaisquer proveitos. As novas obras só prejudicaram. Deveriam ter construído o parque de estacionamento na zona da Praça de Touros. Foi teimosia e vaidade do antigo presidente. Sou apreciadora das festas, pelo fato de ser cartaxeira e ribatejana, mas já não tenho paciência para sair de casa e ver os touros a correr.”

Opinião:
João Franco, de 63 anos e habitante do Cartaxo, partilhou com o Valor Local a sua opinião em relação às Festas do Cartaxo que se aproximam.
Esteve presente apenas na primeira edição desta festa anual pois gostava mais da Festa do Campino: “Os toiros vinham do campo pela estrada, o que tornava a entrada dos animais na cidade muito mais bonita, e nesta Festa já não é possível observar isso”.
Um dos grandes problemas da cidade prende-se sobretudo com “questões financeiras mas também da própria vontade das pessoas”. Porque “sem dinheiro e vontade não há regalias” diz-nos João Franco. Para além disso, na sua opinião, uma das mais fortes características do Cartaxo prende-se com a circunstância de ser considerada “a Las Vegas do Ribatejo” o que cativava a atenção de forasteiros e, atualmente, o mesmo não se verifica.
Miguel A. Rodrigues/Sílvia Agostinho
19-06-2015
João Franco, de 63 anos e habitante do Cartaxo, partilhou com o Valor Local a sua opinião em relação às Festas do Cartaxo que se aproximam.
Esteve presente apenas na primeira edição desta festa anual pois gostava mais da Festa do Campino: “Os toiros vinham do campo pela estrada, o que tornava a entrada dos animais na cidade muito mais bonita, e nesta Festa já não é possível observar isso”.
Um dos grandes problemas da cidade prende-se sobretudo com “questões financeiras mas também da própria vontade das pessoas”. Porque “sem dinheiro e vontade não há regalias” diz-nos João Franco. Para além disso, na sua opinião, uma das mais fortes características do Cartaxo prende-se com a circunstância de ser considerada “a Las Vegas do Ribatejo” o que cativava a atenção de forasteiros e, atualmente, o mesmo não se verifica.
Miguel A. Rodrigues/Sílvia Agostinho
19-06-2015
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