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Francisco Palhota: Fundador do Clube Taurino Vilafranquense e antigo bandarilheiro é agora artesãoÉ ainda uma referência do mundo da tauromaquia. Já deixou as praças de toiros mas continua a manter a paixão pela festa brava
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Miguel António Rodrigues
17-07-2019 às 13:22 |
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Aos 72 anos, Francisco Palhota é ainda uma referência do mundo da tauromaquia. O antigo bandarilheiro vilafranquense que esteve na origem da fundação do Clube Taurino, já deixou as praças de toiros mas continua a manter a paixão pela tauromaquia e pela festa brava.
Nos dias que correm, dedica-se ao artesanato, a construir peças ligadas à tauromaquia, nomeadamente, troféus que são oferecidos nas corridas de toiros, nas mais prestigiadas praças desde o Campo Pequeno à Praça Palha Blanco. Nascido em Salvaterra de Magos, o artesão prepara para o próximo ano uma exposição dos seus melhores trabalhos, algo que vai acontecer durante o Mês da Enguia, um dos certames mais conhecidos daquele concelho. Em entrevista ao Valor Local, Francisco Palhota, diz que o artesanato começou por brincadeira. O artesão que era serralheiro de profissão, viu nascer o gosto por esta arte de forma espontânea e daí até à execução das peças que, hoje, embelezam muitas casas de aficionados, foi apenas um “pulinho”, constata. Foi já na reforma que Francisco Palhota entrou a sério nesta vida do artesanato aproveitando a sua “inspiração”, mas também “a paixão e o gosto pela festa”, refere ao nosso jornal. Francisco Palhota vinca que a sua inspiração vem do dia-a-dia. “Posso ir na rua a andar e vem-me à ideia qualquer coisa, anoto num papel e começo a elaborar a peça”, mas ressalva que a paixão pela Festa Brava, está na origem de todas os trabalhos que já fez. Tendo por base a madeira, Francisco Palhota também usa outros materiais. Ora manda cortar mármore a uma empresa, ora pede a um amigo para soldar um ferro. O antigo bandarilheiro diz não ter amarras nos seus trabalhos e isso está à vista, nomeadamente, nos troféus que exibiu ao Valor Local. Francisco Palhota já fez mais de meia centenas de trabalhos. Em dez anos muito evoluiu, mas nem mesmo esse número de peças lhe traz dificuldades na hora de encontrar mais uma forma original de construir um novo trabalho. Mas por detrás deste trabalho que agora Francisco Palhota usa como complemento da reforma, estão dias de muito trabalho nas arenas de norte a sul de Portugal. O bandarilheiro refere que essa “é uma vida maravilhosa”, desde que “os contratos sejam cumpridos” e diz ter muitas saudades desses tempos. No passado ficam dois anos com o cavaleiro Frederico Cunha, três temporadas com António Portugal, e com o Maestro José Júlio durante dois anos. |
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Francisco Palhota atuou em Espanha e França, mas lamenta nunca ter ido ao México. Ainda assim recorda com saudade algumas corridas que fez na Praça Palha Blanco em Vila Franca de Xira, em que a responsabilidade era acrescida– “ Porque aqui toda a malta me conhecia e tinha de estar bem. Deixava os nervos em casa”. Já na sua terra de nascença, Salvaterra de Magos, Francisco Palhota lembra-se que ouvia algumas “bocas” no bom sentido, dado que também ali era a sua casa.
“Arrima Palhota” diziam os salvaterrenses ao bandarilheiro, o que, confessa, lhe “dava algum alento”. “Era especial”, refere o antigo bandarilheiro que lembra um “susto” na Figueira da Foz com o Victor Mendes, mas sem consequências. No seu currículo está ainda a origem do Clube Taurino de Vila Franca de Xira. O antigo bandarilheiro lembra que há mais de 40 anos os aficionados locais não tinham um local para se reunirem, fazendo-o nas tertúlias particulares. Lembra Francisco Palhota que “o primeiro contato foi com o Jorge Domingos no café do tareco, e a partir dessa altura os bandarilheiros juntaram-se todos, e começámos a fazer limpeza na casa que hoje é o Clube Taurino”, mas que, na altura, era um armazém. Francisco Palhota recorda a participação dos amigos da Tertúlia Cirófila “que se juntaram a nós, e a obra foi para a frente”. |
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