Francisco Rei dá nas vistas no canto do fado em Azambuja
Como bom ribatejano, Francisco, começou pelos fados que falam dos toiros
Nuno Filipe
21-11-2015 às 19:30 Ser fadista nasce connosco, é o que nos diz o jovem Francisco Rei, um dos jovens valores que desponta na escola de fado do Centro Cultural Azambujense. Francisco, de 18 anos, diz-nos que o fado surgiu na sua vida um pouco por acaso, apesar da influência dos avós, pois desde sempre ouviu a avó cantar, mas não havia na sua casa uma cultura de fado.
No entanto ouvindo na rádio, vendo na tv, foi ganhando o gostinho até que há cerca de três anos, surgiu a possibilidade de entrar na escola de fado e desde aí nunca mais parou. Quando lhe perguntamos qual a importância de uma escola para a formação de um jovem fadista, responde: “bastante”, desde “a dição ou a forma de dizer, o ritmo do fado, o saber se é um fado como mais ou menos sentimento, tudo isto se aprende”. Mas atenção, tudo isto são técnicas para aperfeiçoar, pois ser fadista não se ensina, isso é algo que nasce connosco, faz questão de salientar. Como bom ribatejano, Francisco, começou pelos fados que falam dos toiros, os fados que retratam esta zona, mas já começa a ter repertório próprio tendo por base o fado tradicional. (Francisco, diz-se um tradicionalista sendo Alfredo Marceneiro a sua referência maior), com poemas da sua autoria e de António Pedro Corça, assim como, tem também alguns escritos por Joaquim Nogueira Marques, um poeta que também escreve para a sua madrinha de fado, Margarida Soeiro. Alem desta referência que é o “Ti Alfredo”, do qual se orgulha de conhecer os netos e de se deliciar a ouvir histórias sobre a lenda do fado nasceu no Cadaval, Francisco também é grande apreciador de João Braga, João Ferreira Rosa, Teresa Siqueira, sendo que dos mais jovens, gosta por exemplo de Hélder Moutinho, Marco Rodrigues ou Carminho. Apesar do fado ser a sua forma de estar vida, Francisco não se vê a viver desta arte. Ainda há pouco tempo venceu um prémio escolar na área da ciência, estando agora no primeiro ano de engenharia agrónoma e pensa que será essa a sua vida. Uma coisa que o jovem fadista não entende, é porque é que ele é o único rapaz da sua geração a cantar o fado, diz-nos que em Azambuja, raparigas existem muitas. Rapazes é só ele.
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