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Grande Guerra em exposição na Escola Secundária Damião de Goes

Um postal enviado de França, um pequeno dicionário de português francês, uma caderneta militar, uma capa de um livro, uns binóculos usados na guerra, uma telha e balas vindas do campo de batalha estão entre o espólio
Sílvia Agostinho
03-06-2018 às 19:30
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Os cem anos da I Guerra Mundial também passam por um espaço de exposições na Escola Secundária Damião de Goes, em Alenquer. Em articulação com a Liga de Combatentes procedeu-se a uma recolha de utensílios e objetos que atestam a passagem de antigos combatentes do concelho pelo cenário da Grande Guerra. Ao mesmo tempo a exposição conta com ilustrações da participação portuguesa neste conflito bélico que terminou em 1918, e que durou quatro anos.

Armindo Silva, presidente do Núcleo de Vila Franca da Liga de Combatentes, evidencia alguns objetos e fotografias como a passagem do General Gomes da Costa às trincheiras. O embarque das tropas para França foi capa de revistas ilustradas portuguesas da época. Pormenores como a venda de capacetes miniatura no âmbito do 9 de abril, data da batalha de La Lys, acontecimento de má memória para as tropas portuguesas, estão também em destaque. Nesse dia e às mãos dos alemães, milhares de soldados portugueses morreram no campo de batalha. Numa das fotos vê-se o grupo 9 de abril, criado em Vila Franca e Alenquer, no pós guerra, de homenagem aos que faleceram na batalha de má memória. Numa foto estão junto à extinta fábrica do arroz em Vila Franca de Xira. Sepultados em La Lys ainda estão 1831 combatentes de acordo com o presidente do núcleo. Noutra foto vê-se  a partida de um combatente para a Grande Guerra. O espólio presente é oficial e encontra-se online no que respeita às capas de revista.

Quanto aos objetos patentes, Maria do Céu Duarte, da Casa do Albardeiro, reuniu o espólio fornecido por quem respondeu à chamada. Um postal enviado de França, um pequeno dicionário de português francês, uma caderneta militar, uma capa de um livro, uns binóculos usados na guerra, uma telha e balas vindas do campo de batalha estão entre o espólio. Em novembro assinala-se o armistício que significa o fim da guerra e até lá espera-se reunir mais documentação, nomeadamente, sobre a participação em África, onde também se desenrolou este conflito. “Não se fala muito porque dava mais jeito à época falar-se do que acontecia na Europa, até porque havia territórios africanos que eram portugueses. Mas houve mais mortes, a maioria por doenças tropicais”, refere Armindo Silva. Muitos jovens dos concelhos de Alenquer ou de Vila Franca de Xira, à época, e que viviam bastante isolados foram convocados para uma guerra lá fora, quando muitos “nem conheciam Lisboa”, “outros nem sabiam escrever e pediam a colegas mais letrados para terem essa incumbência quando queriam enviar uma carta aos familiares.

​“O que se nota é que as famílias que descendem desses soldados sentem orgulho pela participação dos seus antepassados porque honraram a pátria”, diz o presidente do Núcleo. Para o núcleo, e para os antigos combatentes, há “um carinho” por estes homens e pela sua jornada numa guerra distante mas tão presente ao mesmo tempo.
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