Gripe não levou a aumento do número de consultas nos centros de saúde na regiãoEste ano houve quem recorresse mais à vacinação evitando idas às urgências
Sílvia Agostinho
28-02-2018 às 12:29 Nos últimos meses do ano passado, os portugueses foram alertados para a necessidade de se prevenirem contra a gripe dada a prevalência de uma estirpe mais aguda da doença. Até inícios de dezembro de 2017 já tinham sido administradas 1,2 milhões de vacinas em Portugal. Segundo o Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo (ACES) que engloba os concelhos de Azambuja, Vila Franca de Xira, Benavente, Alenquer e Arruda dos Vinhos, e a diretora executiva do mesmo, Maria do Céu Canhão, as queixas mais frequentes desde novembro de 2017 a janeiro de 2018 – nas idas aos centros de saúde por parte da população da região – reportam-se sobretudo a episódios de febre e tosse, mas especialmente os de infeção aguda do aparelho respiratório.
Houve no período presente mais casos por exemplo de pneumonia do que em novembro, dezembro de 2016 e janeiro de 2017: 231 contra 216 registados no ano passado. Contudo em 2016/2017 houve mais casos de infeções agudas respiratórias: 4460 contra 3493 (ver quadro). A síndrome gripal também teve mais incidência no ano passado com 1150 casos contra 676. Por isso, Maria José Canhão refere que a vaga de gripe deste ano “não teve uma maior preponderância de que em anos anteriores”. “Registou-se um pico mais tardio na evolução da gripe mas não houve um maior número de diagnósticos”, acrescenta. Também no ano passado houve mais população a dirigir-se ao atendimento complementar dos centros de saúde: 5879 em 2016/2017. Neste ano foram contabilizados 5734. Por outro lado, e mais recentemente assistiu-se ao rebentar pelas costuras do hospital de referência no que às urgências diz respeito. A diretora do ACES considera que também houve mais gente a prevenir-se neste inverno com a toma da vacina, mas o número deveria ter sido mais ambicioso tendo em conta o número de idosos com mais de 65 anos e os grupos de risco. “Na ARSLVT foi este ano administrado o maior número de vacinas alguma vez registado, tanto ao nível dos CSP como das farmácias”, conclui. ComentáriosSeja o primeiro a comentar...
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