Herculano Valada vira o tabuleiro e impede junta de Azambuja de receber 54 mil eurosSustentou que o seu voto contra se devia ao facto de a Câmara não estar a observar o mesmo tipo de ressarcimento por exemplo para a União de Freguesias de Manique do Intendente, Maçussa e Vila Nova de São Pedro
Sílvia Agostinho
29-09-2017 às 09:06 A junta de freguesia de Azambuja deu um passo atrás quanto ao recebimento da verba de 53 mil euros devida, segundo a presidente daquela autarquia, Inês Louro, como compensação pelo facto de a Câmara de Azambuja não ter feito chegar os dois funcionários adstritos a esta componente dos contratos de execução nos últimos quatro anos. Depois de muitas polémicas à mistura, a Câmara e a junta chegaram a entendimento respaldado, segundo a autarca ,“num parecer positivo por parte da equipa de advogados da Câmara”. Mas numas das últimas reuniões do executivo, o que parecia estar bem encaminhado acabou por ir por água abaixo quando o vereador da CDU, Herculano Valada, que tem votado sempre ao lado do PS, qual canto do cisne, anunciou a sua decisão de não votar favoravelmente a proposta que visava a transferência de verbas da Câmara para a junta a partir de janeiro próximo.
Herculano Valada sustentou que o seu voto contra se devia ao facto de a Câmara não estar a observar o mesmo tipo de ressarcimento por exemplo para a União de Freguesias de Manique do Intendente, Maçussa e Vila Nova de São Pedro que segundo o mesmo trata dos jardins de Manique sem que para o efeito tenha recebido qualquer tipo de contrapartidas. De acordo com a Câmara, o mesmo não foi integrado num acordo de execução logo não podia ser abrangido da mesma forma. A proposta acabou por ser retirada, antes da votação, tendo em conta o voto contra já previsível da restante vereação e do baralhar de contas por parte de Valada. Recorde-se que o valor em causa reportava-se aos vencimentos desses possíveis dois funcionários. Esta foi uma área de gestão da freguesia amplamente criticada pela população, sendo que a presidente de junta concordou com esse sentimento dos fregueses. Inês Louro tem destacado ao longo dos anos que nem sempre há pessoas disponíveis para limparem as ruas de Azambuja, nem mesmo através do IEFP, por outro lado parte da maquinaria existente há quatro anos também se encontrava obsoleta. Os desempregados do IEFP têm pecado por ficar um curto espaço de tempo na função. Foi também contratada uma empresa de limpeza a dada altura, que mesmo assim não tem deixado completamente satisfeitos os fregueses, a que se soma a incúria também de muitas pessoas que não preservam em condições o espaço público. Em declarações ao Valor Local, Inês Louro, repudia a atitude de Herculano Valada “Foi preciso o vereador das freguesias chegar à última deliberação para fazer a figura que fez, quando durante o mandato inteiro votou ao lado do PS”. A autarca fica agora na expetativa para o que se seguirá após o dia um de outubro, esperando naturalmente que o seu partido ganhe com maioria absoluta na Câmara para não depender de terceiros, isto tendo em conta que a mesma consegue a reeleição para a junta. “O dinheiro é nos devido. Sendo uma forma de nos compensar”. Para a autarca, a melhoria na limpeza das ruas é desde já evidente tendo em linha de atenção a rapidez de meios e da execução dos trabalhos quer durante a última feira de maio quer nas últimas festas da freguesia. Embora tenha referido que a verba em causa se destinaria a investimento em material de limpeza e ecológico para a freguesia, sublinha tendo em conta o estado de banho-maria em causa que não deixará de “investir neste aspeto”. “Esse objetivo não fica comprometido”, refere sublinhando que foi adquirida recentemente uma máquina térmica a vapor para corte de vegetação sem que se recorra a produtos fitofarmacêuticos. ComentáriosSeja o primeiro a comentar...
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