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Hugo Sampaio lança novo álbum de homenagensMúsico do concelho de Azambuja musicou poema escrito pelo malogrado António Feio
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Miguel António Rodrigues
07-11-2019 às 18:23 |
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O cantor Hugo Sampaio compôs uma música para o único poema escrito pelo ator António Feio. O poema - “Dez linhas” - dá nome ao novo trabalho do músico, que desta forma presta também homenagem ao ator desaparecido em 2010. O poema está publicado num prefácio de um livro de poesia escrito pelo irmão, Carlos Peres Feio, a quem António Feio dedicou estas palavras já pressentindo que estaria próximo do fim.
Durante um espetáculo de homenagem ao ator, Carlos Peres Feio mostrou o poema ao músico, Hugo Sampaio, que decidiu prestar o seu tributo musicando essa mesma letra. “Fiquei em silêncio a olhar o poema e surgiu-me a base melódica. Meia hora depois, em palco, cantei-o”, menciona. Hugo Sampaio revela admiração pela forma como António Feio viveu a sua vida, e exemplifica “Quantas vezes saímos de casa e nos esquecemos de dizer o quanto gostamos da nossa família e amigos, que fazem parte das nossas linhas da vida?”. Neste trabalho o cantor, músico, e compositor apresenta-se com um novo estilo musical que tem por base não só a guitarra portuguesa, mas também a guitarra clássica e folk. O piano, o contrabaixo, baixo, acordeão e percussões completam o cardápio instrumental. “Dez Linhas” que é o título de um trabalho que tem dez temas, surge da paixão de Hugo Sampaio pelas palavras e melodias e junta múltiplos tributos. Hugo Sampaio presta também homenagem a António Botto, poeta, dramaturgo e contista português, que nasceu em Abrantes, cidade a que se ligou por questões profissionais. Na sequência de um trabalho de dança de homenagem a António Botto obteve autorização da família para musicar o poema. Este é um álbum de homenagens, sendo que o cantor homenageia também a sua antiga professora Eugénia Lima. Hugo Sampaio dá voz ao tema “Minha vida, meu sonho”, um tema com letra e música da sua professora, que ainda em vida mostrou vontade que a música pudesse ser gravada. Hugo Sampaio é até ao momento o primeiro cantor a interpretar e a gravar este tema, que já se escuta em diversas rádios. Hugo Sampaio diz ao Valor Local que pretende passar por diversas salas de espetáculos do nosso país com um espetáculo acústico e com a participação de atores para que estes possam contar pedaços de histórias de vida. "Dez Linhas" conta com participação do produtor e músico Marcus Levy, e tem uma das letras assinadas pela professora de Português e Diretora do Agrupamento de Escolas de Azambuja, Madalena Tavares. O poeta popular alentejano Manuel Pereira Trindade, que Hugo Sampaio conheceu por intermédio do seu trabalho de musicoterapia, que desenvolve junto de seniores, é co-autor de outro dos temas como “O meu acordeão”. Segundo o cantor do concelho de Azambuja, “devemos viver a vida sempre com veracidade, construir laços de amizade com a vida e a sociedade que nos rodeia. Fazer o bem, pelo bem da compaixão e bondade que a música nos faz sentir”. O tema “Olhos nos olhos”, com letra e música de Hugo Sampaio, é exemplo da concretização de um sonho que já vem desde 2007: gravar um trabalho acústico com baladas que o mesmo reconhece “ser o seu amor de composição”. |
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Ao nosso jornal, Sampaio refere que se sente “mais maduro”, na forma de escrever e compor. “Quem sente, quer fazer sentir. Quem recebe, quer retribuir e abrir o seu coração para a partilha de felicidade".
Sampaio não esconde a dedicação pela sua aldeia "Quebradas", pelas raízes transmitidas pela sua mãe e irmãos. Recentemente no espetáculo de apresentação no Cineteatro de Rio Maior, quem assistiu pôde escutar pequenas histórias da vida do músico contadas por duas atrizes do grupo de Teatro Palha de Abrantes, “a Sónia e a Conceição”. Ao seu lado teve músicos e amigos: Hugo Manuel (guitarra), Cláudio Duarte (piano) e a” jovem Clarisse”. Chamou o seu amigo Tojó de 85 anos para interpretar um tema que ambos apresentaram no programa Olhó Baião. Ainda houve espaço para elementos do Rancho folclórico de Quebradas, com a encenação de Carolina Carvalho (sua afilhada), um momento de recriação cultural. |
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