IMT da Central de Cervejas
CDU de Vila Franca quer Estado português em tribunal Em causa um “perdão de dívida de um empréstimo” relativo ao Imposto Municipal
|08 Dez 2021 18:24
Silvia Carvalho d'Almeida O vereador Nuno Libório, da CDU, na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira entende que a autarquia deve colocar o Estado português em tribunal, e deixou isso expresso na última reunião do executivo.
Em causa um “perdão de dívida de um empréstimo” relativo ao Imposto Municipal sobre as Transações no valor de 3,7 milhões imputados à Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, com sede em Vialonga. Este foi emitido pela Direção Geral do Tesouro em 2006, e esta situação já dura há 15 anos. Segundo o vereador da CDU, o montante da dívida acrescida de juros, neste período de incumprimento, pode chegar aos 5 milhões de euros. Se a Câmara conseguir reaver esse montante, tal poderia ajudar a sanar alguns problemas de liquidez da autarquia para “os próximos meses”, preocupação que segundo Nuno Libório tem sido expressa pelo presidente da Câmara Fernando Paulo Ferreira, e à qual a CDU “não ficou indiferente”. Para o vereador, a Câmara Municipal tem “a responsabilidade que por direito próprio lhe cabe de reivindicar e exigir, no sentido da devolução de dinheiro que lhe pertence” já que o valor em causa “é devido à Câmara Municipal”. Nuno Libório mostrou-se incomodado com a atual situação, dizendo que são já “15 anos de incumprimento”. Esclarece que “ao abrigo da Lei das Finanças Locais está muito por fazer ou cumprir relativamente a este município” e que este é um exemplo de como se poderia começar a “resolver problemas respeitantes à Câmara Municipal”, que está prestes a “aprovar um novo plano e orçamento com dotações financeiras garantidas, e estes 3,7 milhões de euros farão falta para os cofres do município”. O autarca quis assegurar-se se “este assunto teve o devido encaminhamento, se a Câmara teve em conta as preocupações reiteradamente levantadas pela CDU, e se no âmbito do orçamento há a hipótese de vir a contar com mais 3,7 milhões de euros, que somados a juros de mora poderão ser um pouco mais de 5 milhões.” A estas questões, Fernando Paulo Ferreira respondeu que “o processo está colocado e corre termos no Tribunal Tributário de Lisboa, que vem a todas as assembleias municipais, e que consta de todas as informações escritas do presidente da Câmara Municipal.” Reitera ainda que este tem sido um problema que é uma preocupação do PS, e que se não está resolvido “não é seguramente por falta de vontade da Câmara, mas sim pela falta de rapidez do sistema de justiça”. Assegura que está a “acompanhar esse assunto com todo o interesse uma vez que é uma verba que faz sempre falta à Câmara Municipal e que achamos que lhe é devida.” Um processo que já tem “barbas” Segundo uma notícia do jornal Público de 4 de maio de 2009, este processo esteve em tribunais administrativos, mas o processo foi rejeitado, uma vez que estes se “consideraram incompetentes”. A Câmara recorreu assim à justiça tributária numa tentativa de resolver o problema. Segundo a mesma publicação, a autarquia não teria aceitado “a forma como o Governo decidiu isentar a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas do pagamento deste montante de Imposto Municipal de Transmissões (IMT) sem que ao mesmo tempo tenha inscrito no Orçamento do Estado as correspondentes verbas para compensar a AUTARQUIA.” O artigo 4.º da Lei das Finanças Locais previa na altura que “o Governo teria de consultar os municípios antes de conceder este tipo de isenção - o que não terá ocorrido - e tem de prever compensações a inscrever no Orçamento do Estado.” |
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