Valor Local
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS

Especial Fogos
​Incêndios que futuro?

Ouvimos responsáveis e espeicalistas sobre o novo momento de reflexão nacional sobre a estatégia futura de combate e prevenção dos incêndios tendo em conta o ano de 2017 com duas catástrofes nunca antes vistas em que faleceram às mãos das chamas mais de 100 pessoas​
Sílvia Agostinho
05-11-2017 às 16:59
Imagem
Os últimos fogos no norte e centro do país que levaram a vida a 45 pessoas tornou o debate em torno deste tema: nacional. Na nossa região quisemos ficar também a conhecer as ideias e o que pensam sobre a necessária mudança de paradigma a operar junto de atuais e antigos elementos ligados às forças de socorro, responsáveis políticos, associações ligadas ao ambiente
​
Imagem
​António Galamba, antigo Governador Civil de Lisboa
O Estado tem um modelo estático de organização quando a realidade é dinâmica. Enquanto houver esse desfasamento entre a resposta e a realidade, num país que não é igual, enquanto não se interiorizar o risco nas nossas vidas e enquanto se persistir em não ligar aos sinais, em não existir sustentabilidade nas opções políticas e em não valorizar o interior será difícil responder aos desafios como o dos incêndios florestais, mas também o do risco sísmico ou das cheias. Portugal precisa de repensar o povoamento florestal e o povoamento do Interior. Apesar de ter sido anunciado desde 2015, não houve medidas sólidas de valorização do Interior, que invertam por exemplo, o despovoamento e o envelhecimento da população. Portugal precisa de respostas geograficamente diferenciadas de socorro e de emergência em função dos riscos existentes, de dispositivos com capacidade de ataque inicial e de soluções estáveis que não mudem com os governos, mas possam adaptar-se às exigências operacionais, correntes e excecionais. É preciso informação, rotinas e resiliência para os riscos. Portugal precisa de um trabalho sustentado de proteção civil porque os riscos são permanentes, as ocorrências não atendem à organização territorial e a exigência, até pelas alterações climáticas, é crescente. É preciso integração, coordenação e mobilização. Foi um disparate não preencher o cargo de Governador Civil que assegurava coordenação política, será um disparate prescindir ou menorizar a importância dos bombeiros voluntários e é ridículo replicar respostas em várias instituições, sem qualquer esforço de integração. É tempo agir, com os pés no chão, com meios e com sentido de futuro.

Imagem
​ Eifel Garcia, comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcoentre
Todos somos culpados, não se trata apenas do sistema, mas temos de falar também da sociedade civil em geral. As populações não estão sensibilizadas no que toca à prevenção, e não têm respeito pelo próximo nem sequer assumem as responsabilidades. O que todos sabemos fazer é imputar responsabilidades, pois é mais fácil do que assumi-las, daí dar no que deu. Fala-se em tanta coisa que já nem sei o que pensar. Sei que o sistema está caduco e tem que ser reestruturado, pois assim, como está não vamos lá! Os governos, quaisquer que sejam, têm que assumir de uma vez por todas as responsabilidades, e dou um exemplo: Quem é o principal agente de proteção civil a nível de socorro e combate aos incêndios? É a GNR? São os militares? Ou são os Bombeiros?. Os bombeiros asseguram 100 por cento das missões de proteção civil 24 horas por dia, 365 dias no ano sem descanso, de forma gratuita e voluntária, mas isso assim não chega! Nos bombeiros defendo que nos devem dar condições de sustentabilidade para que possamos ter uma primeira intervenção profissional com um número mínimo de bombeiros, sendo complementada com o voluntariado. Neste momento o Governo quer copiar o modelo espanhol de Proteção Civil que em Espanha não está a resultar, e por isso pergunto: Por que não se copia o modelo italiano? Analisem e tirem as diversas conclusões. Em conclusão, e conforme as exigências das estruturas militares, facultem também aos bombeiros recursos humanos, financeiros, materiais e assim garantidamente conseguiremos melhorar na capacidade de resposta. Deixo aqui um alerta, com a nova reestruturação do Governo, os militares assumem as funções dos sapadores florestais e dos bombeiros, podendo os bombeiros vir a ficar uma vez mais de fora da reestruturação que está em cima da mesa, e mesmo assim serem os bombeiros a assumir a responsabilidade e a dar respostas perante a sociedade.

Imagem
​Francisco Henriques
Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer
A Ministra da Administração Interna foi responsável pela nomeação de uma equipa ineficaz para liderar o combate aos fogos florestais, e teve se se demitir, mas, a negligência dos ministérios do Ambiente e da Agricultura na promoção de medidas preventivas é também muito evidente, como é evidente a negligência da generalidade das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia na execução dos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, de parte dos proprietários florestais, que não cortam o mato que cresce nas florestas, e de muitos moradores e proprietários de imóveis, que não limpam em torno das construções. É a negligência de alguns que acaba por deitar a perder o trabalho de todos os outros.
Sobre os Planos Municipais de Defesa da Floresta contra Incêndios, é de referir que se trata de documentos obrigatórios que todos os municípios têm de ter, mas, pelos vistos, depois de escritos, os papéis podem ser arquivados no fundo de qualquer gaveta e ignorados, como aconteceu em municípios com alto risco de incêndios florestais, que ninguém pede contas às Câmaras nem se interessa com isso. Como bem sabe quem acompanha a vida cívica, em Portugal existe uma enorme diferença entre aquilo que é dito e escrito, e aquilo que se faz.


Imagem
Armando Baptista, comandante dos Bombeiros Voluntários de Azambuja
 Muito se tem escrito sobre o atual modelo de combate aos incêndios. Parece-nos que tudo isto é uma falsa questão, ou seja não é uma questão de forma, mas antes de conteúdo. O modelo per si , é um modelo que tem "servido ", não obstante esta há muito anunciada e infelizmente repetida.
 A História dita-nos que todos os modelos serão falíveis a um determinado tempo. Contudo, na minha opinião, torna-se necessário um maior sistema de prevenção, uma maior capacidade de resposta e sobretudo um Comando único apoiado num corpo de bombeiros nacional. Parece que a resposta se encontra numa única frase do ex Presidente do Estados Unidos da América,  George Washington: "Estar Preparado para a guerra é dos meios mais eficazes de preservar a paz".
Parece me que continuamos "despreparados" para a guerra, ou seja não existe um modelo único no que concerne à cadeia de comando dos bombeiros. A hierarquia e por vezes a comunicação são um importantes na capacidade de resposta e mobilização. Sendo indispensáveis na gestão de operações, e sobretudo no seu Comando.
As operações de socorro não devem ser da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), mas dos Bombeiros. A ANPC deverá ser unicamente um órgão de coordenação e não de comando. Mas fará algum sentido a ANPC COORDENAR todos os agentes de Proteção Civil (PSP, GNR, Cruz Vermelha, ICNF, APAS ) e comandar também os Bombeiros
 Os bombeiros devem, e têm de ser uma força sustentada, profissional com a mais valia dos seus voluntários. Não podem nem devem ser uma força voluntária sustentada em homens e mulheres que para além de serem cidadãos iguais a qualquer outro,  doam abnegadamente o seu tempo e infelizmente as suas vidas, ao serviço da segurança de Portugal.
 Alguns académicos defendem o safety e o security, contudo e no que concerne à segurança num todo o modelo terá de ser Uno. Ou seja, se Portugal tem todas as forças de Segurity (segurança) profissionais, não admitindo sequer voluntários, porque é que o safety (salvo) terá de ser baseado no voluntariado ?
As associações de bombeiros não podem e sobretudo não devem ser substitutas do Estado nas suas responsabilidades.Portugal é um Estado de Direito, ou será que os incêndios florestais não são da responsabilidade do Estado ou não se tratarão de Segurança ?
Para refletir... urgente. Portugal e os Portugueses já sofreram demais.
 

Imagem
​David Lobato
Comandante dos Bombeiros Municipais do Cartaxo
Está à vista de todos o que correu mal com 104 mortos, zonas industriais e casas completamente destruídas mas penso que teremos que analisar uma série de variantes como o desordenamento da gestão florestal, com a floresta a entrar pela casa dentro das pessoas, passo a expressão. O combate acaba por ser sempre o mais focado, mas temos de passar a olhar para o pilar da prevenção. Face às condições meteorológicas verificadas acho que a coordenação no terreno fez o melhor que pôde. Não devemos apontar sempre para o final da linha. O combate é como o guarda-redes, mas antes dele há os defesas, os médios que também falharam ao permitir o golo do adversário. Não devemos basear a primeira intervenção nos voluntários. Devemos apostar na floresta autóctone para descontinuidade das grandes manchas de eucaliptal e pinhal e nas limpezas e sua fiscalização. Os bombeiros devem estar na linha da frente do combate sem prejuízo de outras forças especializadas que entrem em ação como o Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS’s) da GNR, por exemplo. O Governo acabou de anunciar no fim-de-semana um conjunto de medidas que me parecem bem. A intervenção da força aérea é uma delas, assim tenha gente capaz de o fazer. No que toca a outras equipas especializadas não me parece que se consiga muito mais. O problema tem de ser visto de uma forma mais ampla. Quem conhece as suas zonas são os bombeiros. Considero que um modelo de bombeiros municipais como acontece, por exemplo, no Cartaxo é o mais adequado.

Imagem
António Félix
Vereador com o pelouro da Proteção Civil na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

Em resposta à questão colocada e considerando que foram apresentadas muito recentemente novas medidas de combate e prevenção de fogos florestais por parte do Governo, não nos parece oportuna qualquer apreciação às referidas medidas, já que importa agora proceder à sua operacionalização. Sendo certo que o Município de Vila Franca de Xira, pelas suas características, não é dos Municípios mais suscetíveis de ser afetado pelos incêndios que tragicamente assolaram diversas regiões do nosso País, o alcance das medidas a implementar e o modelo a adotar no futuro será naturalmente objeto de cuidadosa análise por parte dos diversos agentes que integram a Proteção Civil no nosso Concelho.


Imagem
Luís de Sousa
Presidente da Câmara de Azambuja com o pelouro da Proteção Civil, antigo bombeiro e presidente da corporação de Alcoentre
Em primeiro lugar temos de apostar na palavra-chave que é prevenção. Como presidente de uma autarquia tenho tido a possibilidade verificar que é muito difícil conseguir com que os proprietários façam as suas limpezas, por vezes porque não entendem isso como prioridade. Quando não há normalização, a GNR fica incumbida de aplicar as coimas. Por outro lado temos o problema dos terrenos em que não se consegue perceber muito bem quem é o proprietário, e temos de recorrer à conservatória. Por outro lado, acredito que é necessário mais diálogo por parte das entidades superiores do Estado com os bombeiros e maior vigilância por parte dos militares como o Governo também quer. No caso do nosso município, seria interessante fazermos alguns protocolos com reclusos do estabelecimento prisional de Alcoentre para limpeza das matas. Para conseguirmos levar por diante algumas dessas possibilidades, o Governo deverá também canalizar meios financeiros para se obter melhores resultados. Não basta colocar doutores e engenheiros nos cargos mais altos e continuarmos a deitar as mãos à cabeça sempre que há fogos. Os bombeiros é que são sempre neste aspeto os mais sacrificados. 

Imagem
​Acácio Raimundo
Comandante dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos
Temos de começar pela prevenção e dar instrumentos à população sobre como se proteger e saber o que fazer. Neste concelho tentamos passar essa possibilidade e não estamos a falar apenas de dar umas mangueiras. Tem de haver, se calhar, mais conexão entre os bombeiros e as juntas de freguesia. Talvez dotá-las de algum equipamento de primeira intervenção. Conheço uma junta no país que há 14 anos possui uma carrinha com esse tipo de equipamento e que fez maravilhas com isso. Atuar na limpeza das florestas é importante, mas há que perceber bem que quando temos três ou quatro frentes de fogo a mão criminosa é bem visível. Quando temos ignições pela madrugada dentro há que ter bem a noção de que estamos perante um fenómeno criminoso a grande escala. Principalmente na noite de domingo (15) para segunda (16) coloco muitas dúvidas no que aconteceu. Não podemos estar só a falar de condições climatéricas. Outro dado: se a Autoridade Nacional Proteção Civil tinha informação sobre o aumento das temperaturas que iam ocorrer no país nesse fim-de-semana, essa comunicação apenas nos chegou no sábado à tarde. Só neste dia é que ficámos a saber que estaríamos em alerta vermelho. É claro que temos de estar sempre disponíveis para ir para o terreno, mas com a quantidade de ignições e a falta de limpeza das matas é difícil. Mesmo quem tenha as suas habitações em redor limpas, se as mesmas forem muito antigas o fogo pode entrar pelo telhado. Há sempre muitas variáveis em jogo. Pelo que ouvi das medidas penso que são positivas mas ainda está tudo muito fresco e carece de maior reflexão. Não tenho dúvidas de que o que se passou foi medonho e estou tristíssimo.

Imagem
​Nuno Antão, presidente da assembleia geral dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos
O momento convida a reflexão coletiva, porque o silêncio da solidão torna-se ensurdecedor. Mais de uma centena de mortes, meio milhão de hectares de área ardida, dezenas e dezenas de comunidades desestruturadas, famílias desorientadas, empresas destruídas, milhares de milhões de prejuízo, um país de luto. Falhámos ponto final, e assumido o falhanço outra coisa não esperam os portugueses a não ser que se encontrem soluções estruturais e conjunturais que minimizem as tragédias e os seus nefastos efeitos. Uma certeza tenho, sem gente no mundo rural não há alterações que tenham sucesso, precisamos de repovoar o país e equilibrar o confronto demográfico entre interior e litoral, entre o urbano e o rural. Não me compete a mim neste pequeno contributo encontrar culpados nem apresentar uma qualquer proposta que resolva de vez o problema, ele é complexo e obriga a procurar soluções integradas, no entanto não posso deixar de identificar um conjunto de constrangimentos que resolvidos podem acrescentar robustez a soluções de médio e longo prazo: Em primeiro lugar, reativar os Governos Civis, como entidades de representação política e de coordenação regional das áreas da proteção civil e segurança rodoviária, até que a Constituição da República Portuguesa seja efetivamente cumprida e a regionalização do continente seja uma realidade. Em segundo: efetivar em todo o território a implementação das Unidades Locais de Proteção Civil como órgão identificador e sinalizador do território, e quem melhor do que os representantes das freguesias para conhecer o território. Em terceiro: Introduzir na educação das nossas crianças formação e informação sobre proteção civil, nomeadamente as boas práticas de relação entre as pessoas e o ambiente que as rodeia e que comportamentos ter perante catástrofes. Em quarto: dotar os municípios (e futuramente as regiões) de poder efetivo de ordenamento de território que permita definir o mosaico urbano, rural e florestal. Por último, nacionalizar todas as propriedades rurais e florestais abandonadas. 

Imagem
​Miguel Cardia
Comandante dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia
Tenho necessariamente uma análise muito negativa do que aconteceu neste verão, e agora no mês de outubro em relação aos incêndios florestais, consequência de décadas de desordenamento florestal, erros de ordenamento do território, abandono gradual do interior do país e desertificação. Estes fatores aliados às alterações climáticas resultaram no que está à vista. Vejo com muita preocupação e pena com sentimento de que durante várias décadas os responsáveis do país também contribuíram para o que aconteceu. Na região onde os incêndios aconteceram com maior gravidade temos pequenos aglomerados urbanos completamente inseridos na floresta o que aumenta a gravidade, mas é a realidade existente e não a podemos apagar com uma borracha. Devíamos ter acautelado situações como a gestão das faixas de combustível nesses aglomerados. A nível municipal já vimos que em alguns casos isso não aconteceu. Não querendo ser juiz em causa própria ao que parece nestes incêndios de outubro houve descoordenação e falhas no comando e nas estratégias de combate a nível nacional. Relativamente às medidas do Governo considero-as corajosas e aguardo a sua implementação no terreno. Saúdo porque me parece que têm uma intenção estratégica. Vamos ver agora como serão materializadas e quanto tempo isso demorará. Houve uma boa interpretação por parte do Governo no que falta fazer para mudar o paradigma.

Imagem
​Nuno Santos
Comandante dos Bombeiros Voluntários da Merceana
A tragédia foi imensa a nível ambiental e de perda de vidas humanas. Temo-nos centrado muito no combate e em parte na prevenção, embora menos do que aquilo que seria desejável. Deveríamos procurar antes os culpados, os pirómanos que estão na origem dos focos de incêndio que são os principais responsáveis, independentemente dos seus problemas psíquicos e pessoais. Enquanto as penalizações para esses criminosos não aumentarem torna-se difícil. Uma pena bastante pesada pode ser a solução, porque não envolve só prejuízos materiais. É um dos piores crimes que existe. Pela minha experiência o pirómano é sempre alguém que gosta de ver movimentações de carros de bombeiros e muita ação no terreno. Tem essa adrenalina. Muitas vezes as televisões não ajudam com aquelas reportagens aparatosas. O pirómano não pode ser apresentado ao juiz e depois sair logo do tribunal sem sofrer grandes consequências. No nosso território local também sentimos dificuldades porque estamos numa zona predominantemente rural em que as casas ficam perto das manchas florestais em que temos de direcionar a nossa ação para a prevenção em primeiro lugar.

Comentários

Seja o primeiro a comentar...

    A sua opinião conta:

Submeter

Outras Notícias

Imagem
Atribuídos os pelouros no município de Azambuja 
Imagem
A longa espera da solidariedade
Imagem
Águas do Ribatejo galardoada com selo de qualidade exemplar da ERSAR
Imagem
Imagem

Leia também 

Picture

Guerra Colonial Revisitada

​Passaram 56 anos desde que os primeiros soldados portugueses rumaram à Guerra de África que hoje entrou quase no imaginário popular, mas há episódios bem vivos e que marcaram para sempre os homens com quem falámos

Picture

Dias Felizes para doentes de Alzheimer sempre que a música toca

A forma como se encara esta doença, as estratégias que vão sendo aplicadas pelas instituições, a resposta das entidades hospitalares nesta reportagem
Picture

A Saga das pecuárias poluidoras

Duas suiniculturas que laboram nas freguesias da Ventosa e de Abrigada permanecem a produzir quando já poderiam estar encerradas

Jornal Valor Local @ 2013


Telefone:

263048895

Email

valorlocal@valorlocal.pt
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS