Infraestruturas de Portugal diz que não tem dinheiro para mandar arranjar estradas do concelho de BenaventeInstituto alega que não possui verba
Sílvia Agostinho
17-12-2017 às 11:50 Numa resposta ao vereador do PS no município, Pedro Pereira, o presidente da Câmara de Benavente transmitiu, numa das últimas reuniões do executivo, que a Infraestruturas de Portugal (IP) não vai intervir nas vias rodoviárias do concelho que aguardam obras, porque não tem verbas para o fazer. Este tipo de resposta serviu para a questão da construção das rotundas previstas mas também no que se refere à repavimentação do troço urbano da Estrada Nacional 118 em Samora Correia, “que está degradado e que no caso de chuva pode dificultar as condições de circulação rodoviária”.
Numa das últimas reuniões com a Infraestruturas de Portugal, a autarquia aludiu ainda à necessidade de pintura de passadeiras e de sinalização horizontal no troço urbano da Estrada Nacional 118 que atravessa todo o município de Benavente, alegando mais uma vez aquele instituto, que não tem verba para desenvolver as intervenções de reparação dos pavimentos. Carlos Coutinho disse que em 2016 a Câmara Municipal conseguiu que fosse feita a reparação do troço urbano de Benavente (que estava numa situação um pouco pior do que a atual, em Samora Correia). Contudo, atualmente, “não há condições financeiras para que essa intervenção aconteça.” A par dessa requalificação fica ainda pendente a questão das rotundas essenciais para ligar a parte antiga e a mais nova de Benavente. Para piorar o estado de coisas, o projeto de requalificação de toda a Estrada Nacional 118 foi iniciado mas o gabinete técnico que estava a desenvolver esse trabalho entrou em insolvência. A IP diz que ainda não há condições para se voltar a lançar o concurso, porquanto não existem verbas para tal. De acordo com o plano rodoviário nacional em 2018 aquela obra de requalificação deveria estar terminada, sendo que a intervenção de recurso que, entretanto, teve lugar no troço entre Alcochete e Porto Alto, era, apenas, para salvaguardar as condições desse troço num período de dois a três anos, porque não foi feita uma intervenção de fundo, como estava previsto. A Câmara Municipal já se disponibilizou para suportar o investimento da requalificação do troço compreendido entre a rotunda do Belo Jardim e a rotunda junto aos Arados, desde que protocolizado o devido encaixe financeiro, tendo em conta as dificuldades alegadas pelo organismo governamental. A IP demorou um ano para aprovar o projeto de execução dessa rotunda. E agora a Câmara tem de saber novamente do interesse das empresas Modelo, Frusantos, Mota-Engil e POAO em o financiarem. Numa primeira fase mostraram disponibilidade. A autarquia já realizou a infraestruturação da Estrada da Samorena, orçada em cerca de duzentos mil euros. Salvaterra também acusa IP de adiar intervenções Recentemente o município de Salvaterra de Magos deu conta, igualmente, do seu desagrado face a idêntico tipo de resposta por parte da Infraestruturas de Portugal. Em comunicado o presidente da autarquia dava conta das solicitações a respeito do estado do betuminoso na Nacional 367, próximo de Glória do Ribatejo, estado das bermas e valetas da Nacional 114-3; necessidade de repintura de passadeiras e de outras marcas rodoviárias; a não implantação de “caixas de viragem” na EN118, junto à Estrada do Furo e à Rua do Cartaxeiro no acesso a Marinhais e também junto à Zona Industrial de Vale de Lobos, e no acesso à Ponte D. Amélia, em Muge. Nos últimos dias, a IP face às críticas iniciou no dia 20 de novembro os , trabalhos de repavimentação do troço mais afetado da EN 367, junto a Glória do Ribatejo. Não se sabendo se vai ou não intervir nas restantes zonas críticas. PUB
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