Início da vacinação nos bombeiros de Alenquer e Arruda considerado “um dia histórico”
Profissionais que estão na linha da frente falam em dias muito difíceis no socorro à população
|02 Mar 2021 16:22
Sílvia Agostinho Dia 12 de fevereiro marcou o início da vacinação nos quartéis de bombeiros da região. A primeira toma deu-se nesse dia para os bombeiros de Alenquer e de Arruda dos Vinhos, embora apenas para 50 por cento do número de efetivos. Entretanto o ministério da Saúde face à escassez de vacinas determinou para data incerta a vacinação dos restantes efetivos e voluntários das corporações do nosso país numa decisão que está a causar celeuma. O Valor Local acompanhou a vacinação no quartel de bombeiros de Alenquer onde se juntaram também elementos das corporações de Arruda e de Merceana.
Para Valter Machado dos bombeiros de Alenquer este era um dia “há muito aguardado”. “Andamos na linha da frente há demasiado tempo e ainda não tínhamos sido vacinados”. É tripulante de socorro na corporação na ambulância de INEM e não tem dúvidas em constatar que face aos riscos no transporte de doentes Covid “já andava desesperado”. “Foram muitos meses a colocar a nossa saúde em risco embora sempre com muitas precauções”. Rodolfo Batista, comandante dos bombeiros de Alenquer, considera este “um marco importante e um dia histórico” e apenas lamenta que não tenha ocorrido mais cedo, mas “mais vale tarde que nunca”. No dia da nossa reportagem 44 bombeiros da corporação alenquerense foram vacinados. “Deviam ser todos porque não há bombeiros de primeira ou segunda, mas é o que temos”. Os critérios de escolha basearam-se em diversos aspetos. “Foram considerados os bombeiros profissionais, em primeiro lugar, porque são os que passam cá mais tempo, no nosso caso estamos a falar de 30 operacionais. Sobraram 14 para os voluntários, e aí o critério seguido foi o da antiguidade e o da graduação”. OUÇA O ÁUDIO
Rita Pereira, dos Bombeiros de Arruda dos Vinhos, considerou o arranque de vacinação como algo “importante dado que todos os dias estamos na linha da frente a transportar doentes Covid”. A terceira vaga da pandemia fica associada às imagens de ambulâncias à porta dos hospitais e no seu caso, relata que “foram dias difíceis”.
José Pereira, voluntário há seis anos, nos Bombeiros de Merceana, conta que um dos episódios que mais o marcou na pandemia foi ter de socorrer uma pessoa sua conhecida que “estava bastante mal” com a Covid-19 tendo levado o doente ao hospital de Vila Franca de Xira. “Hoje em particular é um dia bem-vindo porque fazemos emergência médica e temos de estar seguros. Não custou nada e incentivo todos a tomarem a vacina. Sendo bombeiro voluntário “estas causas também se fazem de voluntários e tentamos cativar cada vez mais os nossos jovens a inscreverem-se neste caso na corporação de Merceana”. |
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