Jogos Perigosos nas redes sociais levam a automutilação em Aveiras de CimaAlunas da escola EB 2.3 de Aveiras de Cima têm-se automutilado. As alunas encontram motivação num jogo nas redes sociais e estão a preocupar docentes e encarregados de educação
Miguel António Rodrigues
17-03-2019 às 22:32 Há perto de uma dezena de crianças que se automutilaram em Aveiras de Cima. A informação foi assegurada ao Valor Local pelo diretor do agrupamento de escolas Vale Aveiras, António Pedro, que não confirma o número de casos que envolve as crianças que frequentam a Escola E.B 2.3 de Aveiras de Cima.
Ainda assim, o responsável salienta a preocupação da escola, e refere que os casos estão a ser acompanhados por psicólogos do agrupamento e também da Câmara Municipal de Azambuja, que também já confirmou a sua preocupação sobre a situação ao Valor Local. Segundo apurámos, trata-se um jogo de uma rede social que levou estas crianças a automutilarem-se. No entanto o diretor do agrupamento, refere que os casos são feitos com recurso a tampas de canetas e canetas, não confirmando a informação que o Valor Local dispõe, segundo a qual, algumas das crianças terão usado lâminas, compassos e x-atos. António Pedro salienta que esta situação “é reflexo da nossa sociedade” e vinca que os comportamentos destes jovens não obedecem a nenhum padrão familiar ou de extrato social. O professor, que vinca, já ter cortado o wi-fi aos alunos, refere que estes casos apenas têm em comum a escola, sendo que terão ocorrido fora de portas, e que terá pedido aos diretores de turma para estarem atentos aos comportamentos das crianças. Sem entrar em números, para não entrar em especulações, o docente refere que não “chegam aos dois dígitos” e que mal se soube das situações, os encarregados de educação “foram contatados pessoalmente” mantendo assim a privacidade das crianças e respetivas famílias. O Valor Local sabe que o assunto foi levantado no conselho geral da escola e que os primeiros casos remontam ao fim do mês de fevereiro. Neste caso, a autarquia presidida por Luís de Sousa, já teria, nesta altura, mantido contatos com a Direção Regional de Educação (DGEST) no sentido de apurar o assunto e de intervir junto das crianças, contudo o presidente da Câmara diz desconhecer o papel da DGEST nesta situação, confirmando o seu contacto com o diretor do agrupamento. Ainda sobre estes casos, António Pedro, referiu que não se circunscrevem apenas a Aveiras de Cima, e fala dos frequentes programas de televisão sobre o assunto, nomeando casos que ocorreram também em Azambuja, sendo que neste último caso, depois de confrontado com a situação, Luís de Sousa diz desconhecer. O docente reconhece que o assunto é delicado e diz compreender a posição de alguma impaciência dos encarregados de educação, já que o Valor Local tem conhecimento que nesta altura a GNR através da Escola Segura já está a avaliar caso a caso. António Pedro sublinha que a escola já promoveu sessões dedicadas aos alunos e encarregados de educação, sobre esta e outras matérias, mas lamenta a pouca adesão que as mesmas receberam, tendo inclusivamente sido realizadas em horário pós-laboral. O professor vinca “o papel importantíssimo” dos pais ao procurar sinais de alerta nas crianças, já que são “os encarregados de educação que estão com os seus educandos na hora do banho, de vestir ou de despir”, “e não propriamente os professores”, reiterando mais uma vez que os diretores de turma têm indicações para estarem atentos aos comportamentos dos alunos, sublinhando também o papel de uma enfermeira do Centro de Saúde de Azambuja na ajuda da identificação dos casos.
ComentáriosEstamos a assistir ao fim dos tempos, tempos Apocaliticos. está escrito, e cada vez me convenço mais que é verdade.
António Cunha Foros de Salvaterra 18/03/2019 21:39 Nota: O Valor Local não guarda nem cede a terceiros os dados constantes no formulário. Os mesmos são exibidos na respetiva página. Caso não aceite esta premissa contacte-nos para redacao@valorlocal.pt
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