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José Carlos Morais: 
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“Já era expectável o aparecimento de uma doença a esta escala”

Para o biólogo, a covid não é fruto de uma arma biológica produzida em laboratório, porque a vida é fruto de mutações
Sílvia Agostinho
09-05-2020 às 16:05


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Para José Carlos Morais, biólogo ouvido pelo Valor Local, que apresenta no seu site em “jcmorais. Com” um trabalho de pesquisa sobre a biologia da Covid-19, a pandemia que agora estamos a viver era expectável . O mundo selvagem possui mais de 1 milhão e meio de vírus e nunca se sabe quando um deles vai passar a ter um efeito escala e ser transmitido ao homem.

Nos últimos anos a comunidade científica previa o aparecimento de novos coronavírus e exatamente através de morcegos como foi o caso do que aconteceu com o SARS -COV-2 que se expandiu de Wuhan para o mundo. Já antes e em 2003 tivemos o SARS COV reportada também no extremo oriente.  
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Embora não relacionada diretamente com a questão do coronavírus, certo é que os vírus e as bactérias, segundo o biólogo, estão sujeitos a “uma pressão seletiva muito grande” muito por culpa da ação da criação de antibióticos, vacinas e de componentes biológicos e químicos que exercem sobre os agentes patogénicos essa ação que faz com que “muitas populações de vírus e bactérias morram, mas há um ou outro mutante dessa população que consegue sobreviver”. Só assim se explica “termos vírus e bactérias multirresistentes”. Este é um desafio porque é também “a natureza do planeta que nos vai ensinando a lidar com ele”. “Não vale a pena pensarmos que o covid é fruto de uma arma biológica em laboratório, porque a vida é fruto de mutações”.
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O conceito de imunidade de grupo que é visto como uma das próximas batalhas a ganhar no contexto da Covid-19 é algo “difícil de conseguir alcançar”. “Basta pensarmos que para quebrarmos a cadeia de transmissão num grupo de 10 pessoas, quatro têm de estar imunes, e isto não é igual para todos os vírus e também depende da forma como as comunidades vivem, porque nos países com mais densidade populacional vai ser necessário tirar mais peças dessa cadeia”. Fazendo as contas e multiplicando esta ordem de ideias pela população mundial, o caminho ainda é longo, e quando a vacina não está ainda ao virar da esquina. No caso de Portugal “os valores da imunidade de grupo serão diferentes de uma população tailandesa ou chinesa”. A imunidade também se traduz quando o vírus ataca a mesma pessoa pela segunda vez mas o organismo já reconhece o vírus e cria uma resposta mais imediata e eficaz.
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A pressão seletiva e a criação de um ambiente muito agressivo vem dar azo a este tipo de realidade. “Deveríamos mudar a nossa atitude e a forma como vivemos. Possivelmente nunca pensámos que seria possível o teletrabalho”, e com isso diminuir a pegada ecológica. Por outro lado, “tudo isto vem-nos alertar para a importância da investigação científica a todos os níveis”. A vacina ainda está longe mas o mundo “demorou mais de 30 anos a ter testes na farmácia para testar a presença do HIV”, traça a comparação, acreditando que como há um esforço da comunidade científica internacional na procura de uma cura, o caminho pode ser mais facilitado.
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Muito bom .linguagem simples e fácil compreensão. há que perceber os fatos e saber interpreta los antes de criar teorias da conspiração
Maria Caiola
Alenquer
10/05/2020 15:50

Gostei muito de ler este artigo do biólogo , colega e amigo Zé Carlos Morais e concordo plenamente com ele.Mudar a nossa atitude, é fundamental e criar hábitos de vida saudável , diminuindo a pegada ecológica, é tão benéfico para o ambiente. O teletrabalho na educação, por exemplo, que é a minha área, é uma nova aprendizagem, quer para os alunos, quer para os professores e também para as famílias.Parabéns Zé Carlos, pela partilha dos teus artigos.
Isabel Alqueidão
Carregado
10/05/2020 14:38

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