Todos os anos, uma turma da Escola Secundária Damião de Goes, em Alenquer, concorre ao concurso de empreendedorismo nas escolas, que passa por uma etapa regional e depois nacional. O Valor Local foi conhecer os vários grupos que neste ano letivo constroem em contexto de sala de aula uma ideia de negócio, com a apresentação de produto, plano de investimentos, marketing e todos os conceitos ligados a uma empresa
Bruna Coimbra, Cristiana Sousa e Diogo Vicente do curso de Gestão idealizaram uns ténis especiais com íman, sem necessidade de se usar os atacadores. A empresa chama-se Crin, que é a “junção de criar e inovar”, explica Bruna, presidente nesta empresa fictícia. “O íman é aberto ao meio, quando se descalçar, basta levantar o pé que o sapato sai, para calçar basta unir os imans, não é preciso ter mais preocupações”, dá a conhecer o Diogo, responsável de marketing. “Este tipo de solução dá bastante jeito no calçado para crianças que têm mais dificuldades em usar os atacadores”. Os jovens fizeram pesquisa e não encontraram um produto semelhante, apenas uma empresa que ao invés dos atacadores comercializa o calçado com elásticos. Garantiram ainda que o íman vai adquirir a cor dos sapatos para ficar discreto. Estes jovens também criaram mapa de pessoal, atas das reuniões, sites, organigramas. Fazer desta ideia uma realidade seria o sonho destes jovens que pensam que o seu projeto tem pernas para andar.
Outro grupo de estudantes apostou na ecologia com uma espécie de sacos de tecido composto por formas com velcro, com divisões, para se colocar no banco do condutor para deposição de lixos, segundo as boas práticas da reciclagem. “É didático e diferente”, referiram. Joana Carvalho, a porta-voz do grupo, refere que já fizeram os títulos de participação com vista à captação de novos acionistas. Nesta sala de aula, outro grupo desenvolveu uma fita luminosa, “para os jovens pendurarem o telemóvel, os porta chaves, ou para as senhoras levarem dentro da mala para que seja mais fácil encontrarem o que desejam”, deu conta Denise Gandun. Há ainda uma sweat que carrega telemóveis, idealizada por outro grupo. Manuel Cabaço explica que dentro da camisola pode ser instalado o carregador previamente carregado em casa e depois basta utilizar um cabo USB para alimentar a bateria do telefone.
O grupo de João Florindo, Vera Mendes e Pedro Antunes idealizou uma t-shirt para crianças em que podem ser modificados os padrões e as imagens através do velcro. No futuro, gostariam todos de ter a sua própria empresa. O último grupo pensou num cartão de descontos para os alunos da escola para poder ser usado nos cafés e restaurantes do bairro. “O cartão vai oferecer descontos de cinco, dez por cento, depende. Ainda estamos a ver se vamos fazer o acordo apenas com um café ou mais, porque há muitos alunos que não comem na cantina, para depois irem comer pizzas ao Pingo Doce”. Os alunos referiram que cerca de metade da turma não almoça na escola. “Se este cartão fosse uma realidade, penso que não seria difícil captar o interesse dos comerciantes”, referiram. Este grupo ainda pensou em criar capas protetoras para ratos de computador, mas abandonou a ideia porque há demasiados modelos.
O professor de Gestão, Fernando Barata, referiu que esta é uma parceria com a Junior Achievement, associação que leva às escolas o conceito de empreendedorismo jovem. Para além deste projeto, está a ser desenvolvido um projeto no quarto ano com a Câmara de Alenquer e AIP, e ainda outro no 10º ano “a academia empreender jovem”, numa parceria com as mesmas entidades.
Sílvia Agostinho
21-11-2014
Bruna Coimbra, Cristiana Sousa e Diogo Vicente do curso de Gestão idealizaram uns ténis especiais com íman, sem necessidade de se usar os atacadores. A empresa chama-se Crin, que é a “junção de criar e inovar”, explica Bruna, presidente nesta empresa fictícia. “O íman é aberto ao meio, quando se descalçar, basta levantar o pé que o sapato sai, para calçar basta unir os imans, não é preciso ter mais preocupações”, dá a conhecer o Diogo, responsável de marketing. “Este tipo de solução dá bastante jeito no calçado para crianças que têm mais dificuldades em usar os atacadores”. Os jovens fizeram pesquisa e não encontraram um produto semelhante, apenas uma empresa que ao invés dos atacadores comercializa o calçado com elásticos. Garantiram ainda que o íman vai adquirir a cor dos sapatos para ficar discreto. Estes jovens também criaram mapa de pessoal, atas das reuniões, sites, organigramas. Fazer desta ideia uma realidade seria o sonho destes jovens que pensam que o seu projeto tem pernas para andar.
Outro grupo de estudantes apostou na ecologia com uma espécie de sacos de tecido composto por formas com velcro, com divisões, para se colocar no banco do condutor para deposição de lixos, segundo as boas práticas da reciclagem. “É didático e diferente”, referiram. Joana Carvalho, a porta-voz do grupo, refere que já fizeram os títulos de participação com vista à captação de novos acionistas. Nesta sala de aula, outro grupo desenvolveu uma fita luminosa, “para os jovens pendurarem o telemóvel, os porta chaves, ou para as senhoras levarem dentro da mala para que seja mais fácil encontrarem o que desejam”, deu conta Denise Gandun. Há ainda uma sweat que carrega telemóveis, idealizada por outro grupo. Manuel Cabaço explica que dentro da camisola pode ser instalado o carregador previamente carregado em casa e depois basta utilizar um cabo USB para alimentar a bateria do telefone.
O grupo de João Florindo, Vera Mendes e Pedro Antunes idealizou uma t-shirt para crianças em que podem ser modificados os padrões e as imagens através do velcro. No futuro, gostariam todos de ter a sua própria empresa. O último grupo pensou num cartão de descontos para os alunos da escola para poder ser usado nos cafés e restaurantes do bairro. “O cartão vai oferecer descontos de cinco, dez por cento, depende. Ainda estamos a ver se vamos fazer o acordo apenas com um café ou mais, porque há muitos alunos que não comem na cantina, para depois irem comer pizzas ao Pingo Doce”. Os alunos referiram que cerca de metade da turma não almoça na escola. “Se este cartão fosse uma realidade, penso que não seria difícil captar o interesse dos comerciantes”, referiram. Este grupo ainda pensou em criar capas protetoras para ratos de computador, mas abandonou a ideia porque há demasiados modelos.
O professor de Gestão, Fernando Barata, referiu que esta é uma parceria com a Junior Achievement, associação que leva às escolas o conceito de empreendedorismo jovem. Para além deste projeto, está a ser desenvolvido um projeto no quarto ano com a Câmara de Alenquer e AIP, e ainda outro no 10º ano “a academia empreender jovem”, numa parceria com as mesmas entidades.
Sílvia Agostinho
21-11-2014
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