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Kenpo conquista cada vez mais praticantes na regiãoTorneio Inter-Estilos em Azambuja foi o mote para uma entrevista com dois mestres da modalidade
Miguel António Rodrigues
27-03-2020 às 16:39 |
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Chegado a Portugal nos anos 90, o Kenpo quase que imediatamente conquistou os portugueses. Pedro Porém, que é o responsável por várias escolas, mas também é sensei e presidente da Federação Portuguesa das Artes Marciais Havaianas, é o rosto mais visível desta “modalidade” que tem vindo a ganhar mais impulso nos últimos anos, e com o qual falámos no âmbito de um torneio “inter-estilos” decorrido em Azambuja.
O Kenpo tem as suas origens no mesmo passado profundo que outros sistemas de luta de “mãos vazias”. Kenpo é a pronunciação japonesa dos ideogramas chineses que representam o Chuan – Fa ou “Lei do Punho”. As origens deste sistema datam à volta do ano 525 D.C., quando de acordo com a lenda, um monge indiano chamado Bodidharma ou ( Daruma – em japonês) viajou da Índia para a China para expandir ou desenvolver o budismo. Hoje em dia movimenta milhares de pessoas das mais variadas profissões e extratos sociais, que encontram nesta arte marcial, um escape à rotina do dia a dia. Pedro Porém trouxe esta arte para Portugal em 1991. Primeiro em Arruda dos Vinhos, depois em Alhandra, seguiu-se a Póvoa de Santa Iria, e mais recentemente, há perto de 7 anos, para Azambuja. O sensei revela que é também responsável por algumas escolas em Inglaterra, Irlanda e São Tomé e Príncipe de onde regressou recentemente. Em São Tomé, o Kenpo tem uma missão especial: “Temos lá um projeto que se chama Kenpo Solidário” revela o sensei ao Valor Local. O objetivo é ajudar as crianças através das artes marciais, mas acrescenta que esta iniciativa tem também um cariz mais humanitário. “Levamos roupas, material escolar, e outros materiais”, revela Pedro Porém que destaca este projeto como muito importante para a comunidade local santomense. No entanto, a modalidade não parece dar sinais de abrandar. O sensei revela que o Kenpo tem atraído muitas pessoas de várias idades e por isso fez sentido criar um projeto paralelo como é o caso do “Kenpo Sénior” dirigido aos mais velhos. Neste caso, trata-se de um projeto “com jovens já na casa dos oitenta anos” e que está para a decorrer em Arruda dos Vinhos, refere Pedro Porém, que enfatiza a crescente adesão a este projeto. O Kenpo tem sido de resto uma “arma” essencial no combate ao sedentarismo e acaba por ser também um veículo de promoção intersocial. Pedro Porém lamenta o crescente isolamento em que vivem as crianças hoje em dia, com a ausência de outro tipo de valores e ironiza que atualmente “até é radical subir a uma árvore” algo que há alguns anos atrás “seria perfeitamente normal em gerações sem gadgets virtuais e eletrónicos.” Para o sensei, os vídeojogos e outro tipo de distrações, têm uma influencia negativa na juventude de hoje, e é por isso que o Kenpo ajuda à concentração e à disciplina dos mais novos. Já nos mais velhos ajuda a libertar as energias acumuladas num dia de trabalho, evitando assim também o stress. Torneio Inter estilos em Azambuja A vila de Azambuja recebeu no passado dia 7 de março mais uma edição do “Torneio Inter-Estilos”. Esta iniciativa que congrega várias aulas de artes marciais, tem como objetivo mostrar os mais variados pontos em comum das diversas disciplinas. “Gosto de desafiar os meus alunos a praticar as mais variadas artes marciais para perceberem as diferenças”, refere Pedro Porém, que vinca esta iniciativa como uma mais valia para retirar os seus alunos da zona de conforto, algo que o sensei aponta como vital para o crescimento dentro da modalidade. Nuno Gaspar, professor da escola de Kenpo de Azambuja, um dos responsáveis por esta iniciativa, salientou que o Kenpo de Azambuja, cuja sede se encontra nos bombeiros voluntários, foi bem recebido desde a primeira hora. Nuno Gaspar começou em Arruda dos Vinhos e há cerca de dez anos quando regressou para trabalhar em Azambuja decidiu então dar o primeiro impulso para a escola. O professor considerou a abertura da escola importante. “Há alguns anos que trabalho com crianças e jovens e pensei que seria importante ter na minha terra o Kenpo”. O projeto deu frutos e por isso revela mesmo - “Temos aqui pais e filhos a treinar e os avós vão lá ver também, o que é importante” salienta. Em Azambuja, treinam cerca de quarenta jovens e adultos. Um número que tem vindo a crescer. Segundo Nuno Gaspar, não tem sido difícil encontrar adeptos em Azambuja, “porque já cá existia um historial de 40 anos com o Grupo Desportivo de Azambuja” a dar o pontapé de saída. À época o Karaté e o Judo eram as artes marciais mais em relevo, tendo o GDA, conquistado diversos troféus. |
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Sou praticante dar arte, desde sempre com o Mentor e pioneiro da Arte em Portugal. Na minha profissão a arte de defesa pessoal tem sido uma extraordinária ferramenta. Na realidade a arte de KENPO trazida pelo PROFESSOR PEDRO PORÉM, é uma mais valia, no.mundo marcial, de salientar que o Prof. Pedro Porém E os seus alunos, têm provas dadas a nivel Nacional, Iberio e Mundial, dignas de RESPEITO e RECONHECIMENTO, pela sua capacidade verdadeira e honesta no.mundo das artes marciais !
PARABÉNS ao Valor Local pela sua real e honesta prestação em prol da verdade local !
João Romaneiro
Alhandra
27/03/2020 17:48
PARABÉNS ao Valor Local pela sua real e honesta prestação em prol da verdade local !
João Romaneiro
Alhandra
27/03/2020 17:48
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