
Na rota dos Lares de Idosos Ilegais na Região
Fizemos o périplo pela rota de uma realidade que se tem multiplicado em alguns concelhos da região, a dos lares ilegais. Muitos dirão que é a solução de último recurso de quem tem pouco dinheiro e magras reformas, mas de acordo com o que nos foi possível identificar, há locais alheios à Segurança Social a praticarem para a qualidade do serviço oferecido valores até bastante altos. As motivações destas estruturas de fim de linha, o que dizem as associações do setor, as responsabilidades da Segurança Social, e a cumplicidade dos profissionais de Saúde, bem como, as divisões no setor entre privados e misericórdias nesta reportagem.
Quem passa na estrada nacional entre Foros de Salvaterra e Coruche não consegue deixar de reparar na multiplicação de locais que anunciam serviços de apoio a idosos, vulgo lares. Grande parte deste tipo de negócios encontra-se em situação de irregularidade – não possuem alvará, não têm acordos com a Segurança Social, pelo que as condições deixam a desejar em algumas matérias.
A nossa reportagem esteve na vivenda de uma das “empresárias” mais conhecidas na terra. Segundo nos disseram terá mais do que uma casa de acolhimento, mas só na principal tem 22 idosos a residir. Os quartos são na sua maioria triplos, não havendo muito espaço entre as camas, que de resto são banais. (A portaria de Março de 2012 refere que no caso dos quartos triplos estes devem ter 20,5m2, e as camas têm de ser ortopédicas adaptadas aquele tipo de população). Por cada idoso, é cobrado neste lar clandestino o valor de 620 euros. A juntar a este preço, quem entra tem de pagar uma caução a rondar os 200 euros. Verba que a proprietária introduziu recentemente, dado ter apanhado “alguns escaldões com falta de pagamento das mensalidades por parte de alguns familiares”. A opção pelos quartos triplos também é fácil de explicar –“Só dessa forma, é que consigo fazer face às despesas que são muitas, de outra forma não conseguia”, queixa-se. Recibo para o cliente, “só se o mesmo quiser”, adianta. Consigo tem a trabalhar cerca de oito empregadas, mas à noite, é esta proprietária que tem a seu cargo os 22 utentes, separados por alas, segundo o sexo. “Há que ter um olho no burro e outro no cigano”. Mas nada “que um comprimido à noite não resolva”.
Não tem consigo funcionárias à noite: “Já viu se tivesse de meter mais uma empregada. Isto já está tão mau. Assim poupo um ordenado. Já há muitos anos que durmo aqui num dos quartos para ficar alerta se houver necessidade.” Também neste aspeto, a lei refere que determinada estrutura residencial deve dispor de pessoal que assegure a prestação dos serviços 24 horas por dia. Sendo que os rácios de pessoal devem aumentar sempre que se verifiquem casos de idosos com grande dependência. Neste caso, a proprietária contava também com acamados no local. Para além das camas não terem proteção, as campainhas de chamada tinham sido arrancadas, ou porventura nunca foram colocadas, permanecendo apenas os fios. Este lar ilegal tenta imitar da melhor forma que pode os que estão legais: dispõe de lavandaria, de salas de arrumos, sala para medicamentos, e de um escritório, que antes servia de “divisão para os idosos mais barulhentos”. A boa fama da proprietária chegou longe, e são os muitos os anexos que tem vindo a construir ao longo do tempo, para conseguir acomodar o máximo de idosos possível. A proprietária deu ainda a conhecer outra regra de ouro – “Durante o primeiro mês não venham constantemente visitar o familiar, porque ainda se está a habituar à casa e a nós, pelo que é natural que faça pressão para se ir embora”
Na localidade de Foros, e na vizinha freguesia de Marinhais este negócio clandestino dá de comer a várias pessoas que escolheram acolher idosos em casa como modo de vida. E por isso, Manuela, vamos chamar-lhe assim, sabe que tem concorrência – “Os ciclistas vestem a camisola amarela, eu fiz o mesmo, mas quem não gosta não a veste! Porque isto já não dá ganhos. É preciso fazer muitos malabarismos, porque há muita concorrência, e hoje as pessoas querem bom, bonito e barato”. Sobre os preços praticados no mercado legal, refere que são normais – “Para um idoso ter de pagar mais de 1000 euros, alguma coisa de especial devem ter. Mas no meu caso era incapaz de dar meia banana de comer a um idoso”, lança para se referir à ginástica económica que muitos lares regulares praticam. Na sua casa, os idosos comem o que entendem – “Não faço comida com muito sal, mas ao pequeno-almoço podem beber café, leite, sopas de café, chá. Estão à vontade”.
Quanto a casas de banho, são insuficientes face ao número de quartos. Também nesta componente, a lei é exigente, ao dizer que cada uma deve servir no máximo quatro residentes, mas Manuela não é de meias tintas – “Como a maioria dos utentes já está a fraldas…”. Nesta componente, refere que as muda cerca de três vezes por dia aos idosos, desde que os familiares as forneçam, numa despesa à parte da mensalidade. “Nalguns casos prefiro ser eu a comprá-las porque muitos familiares adquirem as mais ordinárias que não dão para absorver nada”, queixa-se. Quando necessita de dar banho aos idosos, no lugar da banheira existe um banco banal. Este é aliás um clássico neste tipo de lares clandestinos, onde não existe o conceito de banho geriátrico em que a banheira possui apoios, a par do lavatório. Nesta residência, a maioria dos utentes segundo o que nos foi dito não é na sua maioria do concelho de Salvaterra de Magos – “Santos da casa não fazem milagres!”, apressou-se a responder.
É ainda muito frequente este tipo de lares receberem a visita de médicos e de enfermeiros, por vezes do Serviço Nacional de Saúde, devidamente contratualizados pelos proprietários, numa autêntica rede de cumplicidades que trabalha à margem da lei. No caso desta mulher, é uma médica que tem casa de férias na localidade que dá assistência. Como as condições onde estão alojados os idosos não são as ideais face à fragilidade do seu estado de saúde, até porque muitos estão acamados, é dever do profissional não negar a assistência, mas também proceder à denúncia deste tipo de situações.
Numa resposta escrita enviada pelo Instituto de Segurança Social ao nosso jornal é nos dito que “é dever ético e deontológico dos profissionais efetuar essa referenciação (…) Salienta-se que o Instituto da Segurança Social tem efetuado um grande investimento na articulação com todas as entidades oficiais com competências e obrigações junto das populações idosas, como é o caso da Ordem dos Enfermeiros e da Ordem dos Médicos, alertando para a necessidade de denunciarem e reportarem as situações irregulares e de negligência de que tenham conhecimento”.
O Valor Local contatou a Ordem dos Médicos a pedir um parecer sobre este tipo de serviços prestado pelos seus profissionais, mas até à hora de fecho desta edição não recebemos resposta.
Ações de fiscalização de lares ilegais
De acordo com dados da Segurança Social, durante o ano de 2014, e até 15 de outubro, foram realizadas 1.346 ações de fiscalização a equipamentos sociais, sendo que 754 ações de fiscalização foram realizadas a respostas na área de idosos. Como resultado das ações de fiscalização a equipamentos sociais, foram encerrados 69 estabelecimentos, dos quais 60 respeitam à área dos idosos.
Especificamente na Região de Lisboa e Vale do Tejo, e até 15 de outubro, foram realizadas 204 ações de fiscalização a respostas sociais na área de idosos. Como resultados destas ações foram já encerrados 20 estabelecimentos encontrando-se quatro processos em fase de audiência prévia.
As ações de fiscalização, e em função do tipo e gravidade das irregularidades verificadas, podem ter como resultado processo de contraordenação, encerramento administrativo, encerramento urgente até processo-crime por indícios de maus-tratos ou de desobediência (caso haja reiteração da conduta).
Os motivos que levam ao encerramento destes lares prendem-se, em geral, com: alvará; instalações; certificado de condições de segurança do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil; certificado de vistoria higieno-sanitárias; licença de utilização das instalações; regulamento interno; diretor técnico; plano de atividades; livro de registo de admissão de utentes.
Procede-se ao encerramento urgente quando se verifica perigo iminente para os direitos dos idosos e para a sua qualidade de vida, suscetíveis de colocar em risco a sua integridade física e psíquica, sendo, nestes casos, recolhida prova para comunicação ao Ministério Público.
Em março deste ano, foram decretadas novas regras para o regime contraordenacional, em que as coimas subiram substancialmente face ao passado. Atualmente, os montantes das coimas relativas às irregularidades passíveis de contraordenação podem ser entre 20 mil e 40 mil euros para a infração muito grave. Quando em 2013, os prevaricadores podiam pagar no máximo entre 2 mil 493 euros e 9 mil 775 euros. Os infratores graves pagam agora entre 2500 a cinco mil euros, e no caso das infrações leves entre 500 a 1000 euros.
No universo total de ações de fiscalização a respostas sociais, de janeiro a início de outubro, o Instituto da Segurança Social identificou cerca de 2.695 infrações no país, num total de 344 autos de notícia, que representam um valor de coimas superior a 4 milhões de euros.
Também à DECO surgem queixas relacionadas com lares de idosos. Segundo, a DECO-Proteste em 2012, foram registadas como principais queixas, quer em ilegais ou legais, quartos interiores sem janelas ou tão apertados que as portas não fechavam, escadas com acessos impossíveis de transpor por idosos com dificuldades motoras, portas de quartos fechadas à chave para impedir a ida dos idosos ao quarto durante o dia, falta de higiene, desaparecimento de bens pessoais, negligência nos cuidados do dia-a-dia, ou mesmo desrespeito na toma de medicação, entre outras situações. Há ainda lares em que, muitas vezes, a única atividade oferecida é ver televisão ou jogar às cartas. Por outro lado há reclamações relacionadas com questões contratuais, como por exemplo, o pagamento de caução e sua devolução, custos inesperados, faturas incompletas ou pouco claras, aumento inesperado da mensalidade.
Associações pedem mais medidas
Quer a Associação de Apoio Domiciliário e Casa de Repouso de Idosos (ALI) quer a Associação de Apoio aos Amigos da Grande Idade desconfiam da possível ação coerciva e dissuasora do Governo junto dos lares ilegais, tendo em conta a nova lei. A ALI pela voz do seu presidente, João Ferreira Almeida, ao Valor Local defende que há que diferenciar “os encerramentos urgentes” das “ordens de encerramento” que na maioria dos casos coincidem com o fecho de uma casa num determinado local e a sua reabertura noutro.
Já Rui Fontes, da Associação de Apoio aos Amigos da Grande Idade, refere que “não é com coimas que vamos a algum lado”. “A penalização não traz qualquer vantagem, poi o problema é mais de formação do que outra coisa. Por outro lado, multam-se os lares, mas os médicos e enfermeiros que lá vão também têm responsabilidades sociais de alerta”.
A ALI também insiste que nem sempre o lar que se encontra ilegal é clandestino, carecendo apenas de uma autorização, mas observando as regras básicas de funcionamento. Sobre os preços praticados nos clandestinos, João Ferreira Almeida é perentório – “É impossível com esses valores de 500 ou 600 euros ou até menos conseguirmos dar o nível de qualidade exigível, porque se fizer as contas um lar que cobre 1200 euros por mês, isso significa 40 euros por dia com a obrigação de pagar a alimentação, a higiene pessoal, a higiene da casa, médico, enfermeiro, animador cultural e os outros empregados. Parece muito dinheiro mas não é caro."
Casa de acolhimento com ambiente caótico
Numa vivenda situada à beira de uma estrada onde poucos veículos passam numa localidade isolada no alto do concelho de Alenquer, a nossa reportagem deparou-se com um cenário caótico. O anúncio na internet despertou a nossa atenção, pois de todos os que consultámos era o que fazia o preço mais barato da região – apenas 450 euros.
Deslocámo-nos ao local, onde a mulher que colocara o anúncio tinha uma vaga disponível, e onde também morava com os familiares. Às quatro da tarde de um domingo recebeu-nos, através de marcação prévia, vestida com umas calças de pijama. As vagas situadas logo à entrada da casa, compreendiam um quarto duplo. Ao lado num quarto simples uma idosa estava deitada. O ar dentro da habitação era irrespirável tendo em conta o forte odor a tabaco, sendo que na cozinha era possível verificar que existia um tabuleiro com muito tabaco de enrolar e uma máquinazinha para o efeito.
Luísa, vamos chamá-la assim, não se cansou de dizer – “É uma casinha simples, mas aqui são bem tratados, têm carinho”. Disse que não precisava de levar mais do que os 450 euros – “Não quero enriquecer, basta o meu poucochinho para o dia-a-dia. Regra geral – “Há quem goste de cá estar, há quem não goste e se vá embora, mas deixo todos à vontade”.
Quando se fala em banho, também na casa desta senhora há um banco naquela divisão da casa, sendo que a higiene não tem caráter de obrigação – “As pessoas tomam banho quando querem, não obrigo a nada”, e prossegue neste aspeto – “Agora de inverno não dou banho todos os dias, quando têm chichi passo com um toalhete, se porventura fizerem cocó na fralda aí é que tem de ser”, elucidou com toda a naturalidade. Sobre o preço que pedem nos lares considera que são demasiado caros, “e há quem peça subsídio de férias e de natal como me chegaram a contar”.
Enquanto se percorre as pequenas divisões desta casa, há um cenário de desarrumação e até de penas de galinha pelo chão. Sabendo da visita de antemão, não houve um cuidado em tentar agradar a um possível novo cliente.
Quando lhe perguntamos pelas refeições, referiu que à noite é sempre sopa de carne – “É do que eles gostam!”.
Incrivelmente há elementos do Serviço Nacional de Saúde a prestar cuidados nesta casa. Foram adiantados nomes à nossa reportagem que comprovámos prestarem cuidados de saúde no concelho de Alenquer. O Valor Local expos o caso através de mail (foi o meio que nos pediram para utilizar) à delegada de saúde de Alenquer, Túlia Quinto, que nos fez chegar a seguinte resposta: “Cumpre-me informar que ultimamente não foi formalizada nenhuma queixa à Unidade de Saúde Pública do ACES Estuário do Tejo sobre lares de idosos ilegais, nem sobre casas de acolhimento de idosos situadas no concelho de Alenquer”. Apesar de referirmos a deteção de um caso específico,o ACES Estuário do Tejo não manifestou interese em saber mais tendo em vista uma possível atuação no terreno.
Alexandre Tomás, da Ordem dos Enfermeiros, contatado pelo nosso jornal também refere que embora os profissionais tenham o dever de prestarem cuidados de saúde, em casos em que a dignidade e as condições de higiene e de salubridade sejam postas em causa, tal não invalida que o caso seja reportado e comunicado junto da Segurança Social, sendo essa uma obrigação dos profissionais.
Segurança Social exclui responsabilidades
De acordo com a Segurança Social, só se considera como lar uma estrutura residencial que albergue quatro ou mais idosos. No caso das ditas casa de acolhimento não é legalmente viável a realização de uma ação de fiscalização, uma vez que a atividade de prestação de cuidados até três idosos não configura a existência de um lar, contudo poderá haver intervenção social se os idosos forem maltratado ou negligenciados.
No que se refere ao caso que demos a conhecer junto da segurança social, “quando haja uma queixa referindo que os idosos são maltratados ou que estão negligenciados, a Segurança Social intervém no âmbito da ação social, para aferir da eventual necessidade de apoiar os idosos. Salienta-se , sempre que alguém toma conhecimento de situações de negligência deve também participar o facto às autoridades competentes (PSP, Ministério Público).”
O Valor Local contatou ainda outras estruturas familiares de acolhimento. No concelho de Azambuja foi nos possível averiguar a existência de uma casa na zona de Aveiras de Cima, onde acolhiam um máximo de três idosos, pelo preço de 600 euros por mês. Este é aliás o preço que em média estas estruturas praticam, quase sempre sem recibo e com o tradicional fraldas e medicamentos à parte, tal como nos lares regulares. A maioria destas casas são geridas por pequenas famílias, ou por mulheres entre os 50 e 60 anos, que regra geral também só estão disponíveis para aceitar idosas. Em todos os casos que pudemos verificar há acordos com médicos e enfermeiros, que trabalham no Serviço Nacional de Saúde, e não há acordos com a Segurança Social.
Numa vivenda situada à beira de uma estrada onde poucos veículos passam numa localidade isolada no alto do concelho de Alenquer, a nossa reportagem deparou-se com um cenário caótico. O anúncio na internet despertou a nossa atenção, pois de todos os que consultámos era o que fazia o preço mais barato da região – apenas 450 euros.
Deslocámo-nos ao local, onde a mulher que colocara o anúncio tinha uma vaga disponível, e onde também morava com os familiares. Às quatro da tarde de um domingo recebeu-nos, através de marcação prévia, vestida com umas calças de pijama. As vagas situadas logo à entrada da casa, compreendiam um quarto duplo. Ao lado num quarto simples uma idosa estava deitada. O ar dentro da habitação era irrespirável tendo em conta o forte odor a tabaco, sendo que na cozinha era possível verificar que existia um tabuleiro com muito tabaco de enrolar e uma máquinazinha para o efeito.
Luísa, vamos chamá-la assim, não se cansou de dizer – “É uma casinha simples, mas aqui são bem tratados, têm carinho”. Disse que não precisava de levar mais do que os 450 euros – “Não quero enriquecer, basta o meu poucochinho para o dia-a-dia. Regra geral – “Há quem goste de cá estar, há quem não goste e se vá embora, mas deixo todos à vontade”.
Quando se fala em banho, também na casa desta senhora há um banco naquela divisão da casa, sendo que a higiene não tem caráter de obrigação – “As pessoas tomam banho quando querem, não obrigo a nada”, e prossegue neste aspeto – “Agora de inverno não dou banho todos os dias, quando têm chichi passo com um toalhete, se porventura fizerem cocó na fralda aí é que tem de ser”, elucidou com toda a naturalidade. Sobre o preço que pedem nos lares considera que são demasiado caros, “e há quem peça subsídio de férias e de natal como me chegaram a contar”.
Enquanto se percorre as pequenas divisões desta casa, há um cenário de desarrumação e até de penas de galinha pelo chão. Sabendo da visita de antemão, não houve um cuidado em tentar agradar a um possível novo cliente.
Quando lhe perguntamos pelas refeições, referiu que à noite é sempre sopa de carne – “É do que eles gostam!”.
Incrivelmente há elementos do Serviço Nacional de Saúde a prestar cuidados nesta casa. Foram adiantados nomes à nossa reportagem que comprovámos prestarem cuidados de saúde no concelho de Alenquer. O Valor Local expos o caso através de mail (foi o meio que nos pediram para utilizar) à delegada de saúde de Alenquer, Túlia Quinto, que nos fez chegar a seguinte resposta: “Cumpre-me informar que ultimamente não foi formalizada nenhuma queixa à Unidade de Saúde Pública do ACES Estuário do Tejo sobre lares de idosos ilegais, nem sobre casas de acolhimento de idosos situadas no concelho de Alenquer”. Apesar de referirmos a deteção de um caso específico,o ACES Estuário do Tejo não manifestou interese em saber mais tendo em vista uma possível atuação no terreno.
Alexandre Tomás, da Ordem dos Enfermeiros, contatado pelo nosso jornal também refere que embora os profissionais tenham o dever de prestarem cuidados de saúde, em casos em que a dignidade e as condições de higiene e de salubridade sejam postas em causa, tal não invalida que o caso seja reportado e comunicado junto da Segurança Social, sendo essa uma obrigação dos profissionais.
Segurança Social exclui responsabilidades
De acordo com a Segurança Social, só se considera como lar uma estrutura residencial que albergue quatro ou mais idosos. No caso das ditas casa de acolhimento não é legalmente viável a realização de uma ação de fiscalização, uma vez que a atividade de prestação de cuidados até três idosos não configura a existência de um lar, contudo poderá haver intervenção social se os idosos forem maltratado ou negligenciados.
No que se refere ao caso que demos a conhecer junto da segurança social, “quando haja uma queixa referindo que os idosos são maltratados ou que estão negligenciados, a Segurança Social intervém no âmbito da ação social, para aferir da eventual necessidade de apoiar os idosos. Salienta-se , sempre que alguém toma conhecimento de situações de negligência deve também participar o facto às autoridades competentes (PSP, Ministério Público).”
O Valor Local contatou ainda outras estruturas familiares de acolhimento. No concelho de Azambuja foi nos possível averiguar a existência de uma casa na zona de Aveiras de Cima, onde acolhiam um máximo de três idosos, pelo preço de 600 euros por mês. Este é aliás o preço que em média estas estruturas praticam, quase sempre sem recibo e com o tradicional fraldas e medicamentos à parte, tal como nos lares regulares. A maioria destas casas são geridas por pequenas famílias, ou por mulheres entre os 50 e 60 anos, que regra geral também só estão disponíveis para aceitar idosas. Em todos os casos que pudemos verificar há acordos com médicos e enfermeiros, que trabalham no Serviço Nacional de Saúde, e não há acordos com a Segurança Social.
Comentários
Sei de alguns sem as mínimas condições pra albergar 18 idosos e sem as mínimas condições de higiene até empregadas k só têm jeito pra tratar de animais e ñ de idosos...paga se um valor e no recibo vem outro valor muito mais baixo...enfim dava um bom filme...nos quartos 3 camas e roupa de utentes dentro de uma caixa debaixo da cama um cheiro a xixi k vê se ao longe k ñ têm a mínima higiene....uma coletânea de afins sem nexo
Maria Carvalho
04-03-2021 16:36
A minha mãe - faleceu num Lar Privado. Lar - deve ou não devolver verbas, nunca utilizadas, e retidas. Acordo, caducou quando faleceu. Agradeço informação. obrigado manuel veiga
Manuel Veiga
02-03-2021 10:02
Homem con73 Anos reformado saudavel sem problemas de moblidade estou a viver em Ermesinde com uma Brasileira e não temos uma boa relação,pretendo sair,porque sou educado gosto de respeitar para ser respeitado. As minhas desculpas pelo incomodo agradecia toda a informação possível o preço é a localização as minhas desculpas pelo incomodo obrigado Mesquita
José António Correia Mesquita
17-02-2020 05:03
Denuncia na RUA JOÃO DE DEUS N 11 Loulé 8100 ALGARVE SENHORA SILVIA GUERREIRO QUE RECOLHE IDOSOS POR 800 EUROS POR MES E DEICHA OS SOS EM CASA PORQUE FAZ OUTRO TRABALHO FORA DE SUA MORADA E COMO SE AINDA NÃO CHEGASSE UM CÃO A FAZER AS NECECIDADEZ EM CASA JUNTO DOS IDOSOS POBRES IDOSOS E TUDO ISTO ESCONDIDO DOS FAMILIARES QUE NÃO QUERE VISITAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! POR FAVOR FAçam QUALQUER COISA POR AQUELAS PESOAS QUE SÃO SERES HUMANOS E Não ANIMAIS DESDE jà o meu muito obrigado
Maria Mendonça
24-10-2016 08:25
Sei de alguns sem as mínimas condições pra albergar 18 idosos e sem as mínimas condições de higiene até empregadas k só têm jeito pra tratar de animais e ñ de idosos...paga se um valor e no recibo vem outro valor muito mais baixo...enfim dava um bom filme...nos quartos 3 camas e roupa de utentes dentro de uma caixa debaixo da cama um cheiro a xixi k vê se ao longe k ñ têm a mínima higiene....uma coletânea de afins sem nexo
Maria Carvalho
04-03-2021 16:36
A minha mãe - faleceu num Lar Privado. Lar - deve ou não devolver verbas, nunca utilizadas, e retidas. Acordo, caducou quando faleceu. Agradeço informação. obrigado manuel veiga
Manuel Veiga
02-03-2021 10:02
Homem con73 Anos reformado saudavel sem problemas de moblidade estou a viver em Ermesinde com uma Brasileira e não temos uma boa relação,pretendo sair,porque sou educado gosto de respeitar para ser respeitado. As minhas desculpas pelo incomodo agradecia toda a informação possível o preço é a localização as minhas desculpas pelo incomodo obrigado Mesquita
José António Correia Mesquita
17-02-2020 05:03
Denuncia na RUA JOÃO DE DEUS N 11 Loulé 8100 ALGARVE SENHORA SILVIA GUERREIRO QUE RECOLHE IDOSOS POR 800 EUROS POR MES E DEICHA OS SOS EM CASA PORQUE FAZ OUTRO TRABALHO FORA DE SUA MORADA E COMO SE AINDA NÃO CHEGASSE UM CÃO A FAZER AS NECECIDADEZ EM CASA JUNTO DOS IDOSOS POBRES IDOSOS E TUDO ISTO ESCONDIDO DOS FAMILIARES QUE NÃO QUERE VISITAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! POR FAVOR FAçam QUALQUER COISA POR AQUELAS PESOAS QUE SÃO SERES HUMANOS E Não ANIMAIS DESDE jà o meu muito obrigado
Maria Mendonça
24-10-2016 08:25
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