“A Tauromaquia …”
Crónica de um Jovem Aficionado
Por Gonçalo Mesquita Ferreira
Sem dúvida alguma que hoje em dia a Tauromaquia é considerada um dos temas mais fracturantes no seio da sociedade Portuguesa. Se para alguns (e segundo dados oficiais da Eurosondagem), os 11% que se assumem anti taurinos, representa o mero sacrifício de um animal em prol do divertimento de algumas ociosas pessoas, para outros, os restantes 81,6% que são a favor da Liberdade de se ir aos toiros, a Tauromaquia representa em si, a Arte de lidar e enfrentar toiros bravos. Mas partindo então desta premissa dicotómica, qual será a génese da arte tauromáquica? Quais os motivos para se ser tão aficionado por algo que é tão criticado por uma certa parte da sociedade?
Podemos na realidade adjectivar a arte Tauromáquica, como uma arte suis generis, o seu código genético encontra-se umbilicalmente ligado à bravura do toiro e à forma como o Homem através das suas inatas capacidades consegue dominar as suas investidas, ensaiando inúmeras vezes a própria abstracção do seu corpo e o despoletar em si da Arte e da Emoção. Onde se expõe ao iminente risco, ao perigo instantâneo, com o exclusivo intuito de atingir tal desígnio artístico onde toiro e forcado, toiro e toureiro, se transformam num só, dando assim forma a uma Arte que é capaz de por plateias de pé comovidas de emoção.
Encontramos ainda na tauromaquia o próprio retracto paradoxal da existência Humana, onde, a Glória e Tragédia, a Bravura e Cobardia, o Medo e Valentia, andam de braço dado e lutam de parte a parte, muitas vezes ate ao limiar da própria morte. Afinal, a tourada ou corrida de touros é apenas uma forma de tauromaquia sendo em si mesmo um espectáculo cultural, uma arte performativa, onde um artista lida touros bravos, arriscando a sua vida para criar a Arte.
Desenganem-se também aqueles que pensam que lidar toiros é uma mera execução performativa e instantânea de um toureiro face a um toiro e que poderá, dependendo da fortuna de ambos, correr bem ou mal. A lide do toiro é muito mais do que isso, a arte de lidar toiros é tudo aquilo que se faz de uma maneira artística e de acordo com a Ética e regras da tauromaquia, com um toiro na Arena, desde a sua entrada até à sua morte.
Perguntamos então… Mas o que para alguns é um simples ato de barbárie, envolve afinal regras e ética?
De facto, a ética está iminentemente ligada à festa brava, não só pelos motivos referidos anteriormente e que se reflectem dentro da própria Arena e no espectáculo tauromáquico propriamente dito, mas por toda a envolvente externa à festa brava. Será que é do conhecimento geral que cerca de 90% das Praças de Touros são propriedade de Santas Casas da Misericórdia? Será que é também do conhecimento geral e sobretudo daquele que questionam os valores Morais e Éticos dos aficionados, quantas corridas são feitas anualmente e onde as receitas revertem a favor de causas sociais? Será que é do conhecimento geral que os que se dizem “pró-vida” defendem uma posição que levaria ao paradoxo da extinção da espécie que “defendem”?
Na realidade, os valores da Aficion estão bem e legitimamente alicerçados em tantas distintas causas como as anteriormente referidas e que de facto se subsumem à mera maledicência infundamentada, ao simples vandalismo de praças de touros ou ao mero insulto do “Seu assassino” com que muitas das vezes quem opta pela Liberdade de ir aos toiros é confrontado.
Crónica de um Jovem Aficionado
Por Gonçalo Mesquita Ferreira
Sem dúvida alguma que hoje em dia a Tauromaquia é considerada um dos temas mais fracturantes no seio da sociedade Portuguesa. Se para alguns (e segundo dados oficiais da Eurosondagem), os 11% que se assumem anti taurinos, representa o mero sacrifício de um animal em prol do divertimento de algumas ociosas pessoas, para outros, os restantes 81,6% que são a favor da Liberdade de se ir aos toiros, a Tauromaquia representa em si, a Arte de lidar e enfrentar toiros bravos. Mas partindo então desta premissa dicotómica, qual será a génese da arte tauromáquica? Quais os motivos para se ser tão aficionado por algo que é tão criticado por uma certa parte da sociedade?
Podemos na realidade adjectivar a arte Tauromáquica, como uma arte suis generis, o seu código genético encontra-se umbilicalmente ligado à bravura do toiro e à forma como o Homem através das suas inatas capacidades consegue dominar as suas investidas, ensaiando inúmeras vezes a própria abstracção do seu corpo e o despoletar em si da Arte e da Emoção. Onde se expõe ao iminente risco, ao perigo instantâneo, com o exclusivo intuito de atingir tal desígnio artístico onde toiro e forcado, toiro e toureiro, se transformam num só, dando assim forma a uma Arte que é capaz de por plateias de pé comovidas de emoção.
Encontramos ainda na tauromaquia o próprio retracto paradoxal da existência Humana, onde, a Glória e Tragédia, a Bravura e Cobardia, o Medo e Valentia, andam de braço dado e lutam de parte a parte, muitas vezes ate ao limiar da própria morte. Afinal, a tourada ou corrida de touros é apenas uma forma de tauromaquia sendo em si mesmo um espectáculo cultural, uma arte performativa, onde um artista lida touros bravos, arriscando a sua vida para criar a Arte.
Desenganem-se também aqueles que pensam que lidar toiros é uma mera execução performativa e instantânea de um toureiro face a um toiro e que poderá, dependendo da fortuna de ambos, correr bem ou mal. A lide do toiro é muito mais do que isso, a arte de lidar toiros é tudo aquilo que se faz de uma maneira artística e de acordo com a Ética e regras da tauromaquia, com um toiro na Arena, desde a sua entrada até à sua morte.
Perguntamos então… Mas o que para alguns é um simples ato de barbárie, envolve afinal regras e ética?
De facto, a ética está iminentemente ligada à festa brava, não só pelos motivos referidos anteriormente e que se reflectem dentro da própria Arena e no espectáculo tauromáquico propriamente dito, mas por toda a envolvente externa à festa brava. Será que é do conhecimento geral que cerca de 90% das Praças de Touros são propriedade de Santas Casas da Misericórdia? Será que é também do conhecimento geral e sobretudo daquele que questionam os valores Morais e Éticos dos aficionados, quantas corridas são feitas anualmente e onde as receitas revertem a favor de causas sociais? Será que é do conhecimento geral que os que se dizem “pró-vida” defendem uma posição que levaria ao paradoxo da extinção da espécie que “defendem”?
Na realidade, os valores da Aficion estão bem e legitimamente alicerçados em tantas distintas causas como as anteriormente referidas e que de facto se subsumem à mera maledicência infundamentada, ao simples vandalismo de praças de touros ou ao mero insulto do “Seu assassino” com que muitas das vezes quem opta pela Liberdade de ir aos toiros é confrontado.
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