“Chemina” pode mesmo vir a ser um hotel pela mão de um grupo chinêsDois grupos estão interessados na aquisição do edifício
Miguel António Rodrigues
11-03-2019 às 17:27 A Câmara Municipal de Alenquer quer vender em hasta pública o edifício da Chemina, que outrora foi a sede da empresa Lanifícios Tejo. O imóvel que está na posse do município há vários anos, constitui um problema para a autarquia e para a vila de Alenquer, já que está completamente degradado e fica numa zona nobre da sede de concelho.
Há vários anos, que a autarquia tem mostrado interesse em recuperar o edifício, mas os custos são demasiado pesados para que, sem qualquer tipo de apoio europeu ou estatal, a autarquia consiga levar a sua ideia a bom porto. Nos últimos anos aventaram-se vários usos para aquele espaço que apenas serve de estacionamento gratuito de apoio aos serviços da vila. Para a área em causa já se falou quer na transferência de parte dos serviços municipais, quer na construção de um auditório e até ninho de empresas. Contudo a ideia que sempre esteve presente para aquele edifício foi a da construção de um hotel, já que a vila e a região carecem de alojamento, sobretudo às portas de Lisboa, podendo por isso ser uma mais-valia na pernoita de turistas, e na promoção de dos eventos da Vila Presépio, como são a Alma do Vinho ou da Feira da Ascensão. Mais recentemente, Pedro Folgado, ao perceber que os privados não mostravam muito interesse na aquisição e remodelação do espaço, colocou a hipótese de candidatar a fundos comunitários a antiga “Chemina”. O objetivo seria recuperar a fachada, fazer dali um equipamento com serviços municipais e a construção do tal auditório que já escasseia em Alenquer, já que o auditório Damião de Gois, está no limite da sua vida útil. Contudo o autarca, que refere que esse plano não foi abandonado pela autarquia, quer de novo tentar que um grupo privado se interesse pelo espaço e construa uma unidade hoteleira. Ao Valor Local, Pedro Folgado, confidenciou que tem conhecimento de dois grupos que já manifestaram interesse no espaço. O nosso jornal sabe que um dos grupos é de origem chinesa e que esta poderá ser a solução para o edifício cuja hasta pública irá agora ser retificada em assembleia municipal por um milhão e cem mil euros de valor base. Este é um valor bem abaixo do que a autarquia teria de gastar só com as obras, já que aí a despesa seria facilmente de quatro ou cinco milhões. Esta é por isso uma hipótese que agrada ao presidente da câmara, que vê a hasta pública e a consequente alienação do edifício como a melhor solução financeira para o problema. Ainda assim, o autarca esclarece que mantém como plano b, a revitalização do edifício com recurso a instrumentos financeiros, nomeadamente da União Europeia. A Companhia de Lanifícios Chemina foi fundada pelos irmãos José Joaquim e Salomão dos Santos Guerra.
ComentáriosSeja o primeiro a comentar...
Nota: O Valor Local não guarda nem cede a terceiros os dados constantes no formulário. Os mesmos são exibidos na respetiva página. Caso não aceite esta premissa contacte-nos para redacao@valorlocal.pt
|
Em Destaque |
Leia também
O Longo Caminho da Saúde Oral na RegiãoReportagem nos centros de saúde que acolheram o projeto piloto nos concelhos de Azambuja, Arruda dos Vinhos e Alenquer
|
Vítimas da Nacional 3O Relato Emocionante de quem perdeu amigos e familiares no troço entre Azambuja e Carregado
|
Bairros Sociais: A Luta pela InclusãoEstivemos no Bairro Quinta da Mina, Azambuja, da 3ª Idade em Salvaterra de Magos, mas também no Bairro Azul na Póvoa de Santa Iria e no Bairro de Povos em Vila Franca de Xira
|