Limpeza da Ribeira do Judeu parada porque o Estado não pago o que deve ao empreiteiroO concurso para a obra foi lançado em 2014, e a mesma foi iniciada naquele ano.
Sílvia Agostinho
02-01-2017 às 22:29 O presidente da União de Freguesias de Manique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa está desesperado com a circunstância de a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ainda não ter efetuado os pagamentos relativos à limpeza dos primeiros troços da Ribeira do Judeu também conhecida como Ribeira de Almoster cujo trajeto vai desde Alcoentre até Almoster em Santarém.
Depois de a Câmara de Azambuja, os agricultores e a junta terem agilizado no sentido de ali se proceder a uma limpeza que de certa forma libertasse o curso de água de vegetação, e com isso evitarem-se as cheias nos campos agrícolas, o ministério do Ambiente através da APA aprovou a limpeza em 2014. O concurso para a obra foi lançado em 2014, e a mesma foi iniciada naquele ano. O primeiros dois troços (seis quilómetros) foram limpos em 2015, “até à Ponte D. Maria I”, refere José Avelino Correia, presidente da união de freguesias. Faltavam mais cerca de cinco quilómetros na parte que vai até Vila Nova de São Pedro. Em Alcoentre, a limpeza é feita pelos proprietários da Torre Bela. “Fiz tudo o que podia fazer para recebermos os 46 mil euros para posteriormente os pagar à empresa. Coloquei o primeiro ofício em maio de 2015, e até hoje não recebemos um tostão”. Olhando para a situação do empreiteiro, a junta adiantou ao mesmo dos seus cofres 20 mil euros. “Achámos que não era justo para o empresário, que mesmo assim ainda nos desculpou os juros, porque o tempo passa e nunca mais recebemos esse dinheiro”. A própria junta ao vir-se desfalcada da verba, refere que tem insistido constantemente. Nos últimos meses, a APA refere que “já validou os papéis para o ministério das Finanças pagar mas já lá vão cinco meses...”. José Avelino Correia já contactou o gabinete do secretário de Estado do Orçamento, “mas até à data não me respondeu”. “Não sei se isto está a acontecer por causa do défice mas estamos a ser prejudicados”. Passado este tempo e com o tempo de paragem da obra, o presidente da junta concorda que o trabalho realizado “valeu de pouco porque se formos a analisar, o ideal seria que tivesse sido concretizado na extensão total, e não desta forma”. O Valor Local contactou a APA mas não obteve a resposta.
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