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Lista concorrente à Cerci ameaça atual direção com tribunalA equipa liderada por Vasco Ramos considera existir falta de informação sobre o adiamento das eleições e fala num processo "travado" pela gestão de Carlos Neto
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A lista à direção da CERCI de Azambuja liderada por Vasco Ramos está a ponderar colocar a atual direção presidida por Carlos Neto em tribunal.
Em declarações exclusivas ao Valor Local, Vasco Ramos diz estar desiludido pela forma como foi anunciada a suspensão do ato eleitoral e revela que o processo de candidatura da sua lista, foi em alguns casos alegadamente “travada” por questões burocráticas que considera pouco claras. O candidato aponta o dedo à direção de Carlos Neto que “até ao momento não disse quais as verdadeiras razões pelas quais suspendeu o ato eleitoral”. Vasco Ramos diz que se a causa está na ausência dos originais das fichas dos novos cooperadores, essa situação poderia ter ficado imediatamente resolvida, podendo votar apenas quem estava em condições para isso, deixando de fora aqueles que estariam em situação irregular. Por outro lado, considera existir um conflito de interesses já que a sua lista não teve acesso aos cadernos eleitorais, algo que está apenas reservado à direção atualmente. Ao Valor Local lamenta que a lista adversária liderada por José Manuel Franco não esteja a concorrer em pé de igualdade com a sua, já que a mesma inclui um elemento que transita da direção de Carlos Neto e que por essa via tem acesso a todos os dados. Em causa está a integração de Isabel Silva que é atualmente vice-presidente da direção em funções, e que está incluída também na lista de José Manuel Franco na mesma posição, ou seja em número dois. Vasco Ramos considera por isso que este elemento que tem “participado em todas as reuniões da direção atual” tem acesso a “informação que nós não temos” e por isso conclui que a lista de José Manuel Franco é uma “lista de continuidade” e que tem informação privilegiada. Vasco Ramos refere que a sua lista fez cerca de 150 novos cooperadores. Todos foram aceites pela secretaria e todos pagaram já as quotas e a respetiva jóia. No entanto, tanto a entrega da lista, como as inscrições dos novos associados “foram feitas com tempo e dentro dos prazos legais”. “Por isso não entendemos por que motivo apenas no próprio dia da assembleia geral o ato eleitoral é desconvocado invocando irregularidades na nossa lista”. A lista de Vasco Ramos aguarda por “explicações mais convincentes” nos próximos dias, caso contrário garante que vai acionar os meios judiciais. O Valor Local contatou ontem Carlos Neto, atual presidente da Cerci que remeteu para o comunicado que está nas redes sociais, escusando-se a fazer mais declarações para já. Ao Valor Local, José Manuel Franco repudia as acusações de privilégio feitas pela lista de Vasco Ramos. Segundo Franco, a sua vice-presidente não teve contacto privilegiado com o processo das candidaturas e nega ter tido aceso aos cadernos eleitorais. José Manuel Franco refere que a decisão foi da presidente da Assembleia Geral e não da direcção presidida por Carlos Neto e também ele não tem conhecimento de todas as razões que levaram ao adiamento das eleições. As novas eleições devem ser marcadas para o início do mês que vem, tendo em conta o cumprimento dos prazos legais. A instituição conta com um universo de 600 cooperantes. |
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