Marcha Lenta pelas Vítimas da Estrada Nacional 3Iniciativa da Plataforma realizou-se no Dia Mundial das Vítimas das Estradas
Miguel A. Rodrigues
18-11-2018 às 20:19 O Dia Mundial das Vítimas das Estradas, 18 de novembro, foi aproveitado pela Plataforma EN3 para lembrar os que acabaram por falecer ou sofreram acidentes nesta estrada. O movimento cívico apelou à participação nos jornais e redes sociais e foram muitos os que não quiseram deixar de estar presentes numa marcha lenta que ligou Azambuja ao Carregado.
O ponto de encontro foi no parque de estacionamento norte de Azambuja e juntou mais de quatro dezenas de viaturas. O objetivo seria percorrer depois a estrada em direção ao Carregado numa velocidade constante de 10 quilómetros/hora. A GNR apenas acompanhou lateralmente. A marcha lenta não fez parar o trânsito, mas abrandou em muito a circulação, criando longas filas desde que saiu do ponto de encontro, até que chegou ao largo da Câmara cerca de uma hora depois. O movimento cívico pretende a melhoria das condições de circulação dos peões e ligeiros, já que esta via é muito frequentada por pesados de mercadorias que todos os dias saem dos armazéns de logística. Têm estado em curso negociações entre as Câmaras de Azambuja, Alenquer, e as Infraestruturas de Portugal, e das primeiras reuniões apenas saiu uma manifestação de preocupação por parte daquela estrutura governamental. Luís de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Azambuja, que não esteve presente devido a uma gripe, garantiu, entretanto, ao Valor Local a existência de uma reunião, no passado dia 16, com o ministério que tutela a IP. Sousa salienta que até ao fim do ano haverá acordo com aquela entidade e que o mesmo será assinado também como os municípios. O autarca está esperançado que em 2019 as obras na Estrada Nacional 3 sejam uma realidade. António José Matos, vereador da autarquia azambujense, vincou que a Câmara “não está fora daquilo que são as preocupações das pessoas e da segurança rodoviária”, lembrando as dezenas de mortes que ocorreram naquela via. André Salema, um dos rostos do movimento cívico, salientou por seu lado a adesão da população num dia particularmente agreste e muito chuvoso. Para o responsável esta adesão “superou as expetativas, e fizemos aqui alguns quilómetros de fila até ao Carregado”. “Muita gente que não se juntou ao protesto, não deixou de se solidarizar com esta nossa iniciativa”. A Plataforma quer rotundas e outras medidas de segurança na via, mas estas esbarram com o facto de as autarquias não quererem assumir o custo das obras que são da responsabilidade da IP.
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